
Bloqueio não?
A Oi nos últimos anos foi a operadora que levantou a bandeira da "liberdade", da "livre escolha" e dos celulares desbloqueados. Ao menos, até que essa decisão tenha começado a mexer negativamente no bolso da companhia, lembrando-os de que antes de tudo, as empresas sempre levantam a bandeira do lucro.
Em breve, a operadora deverá voltar a vender aparelhos de celular, com preços subsidiados e atrelados a planos de dados e voz. A motivação para a mudança drástica na estratégia da Oi é muito simples: a demanda por smartphones e tablets cresceu muito mais do que eles previam, segundo afirmou o diretor do segmento de varejo, Maxim Medvedovsky, ao
Valor Econômico.
“Quando a Oi saiu do subsídio e da venda de aparelhos, não se vislumbrava o advento dos smartphones. Agora, a coisa mudou de figura”, disse o Maxim.
A Oi é hoje a quarta maior operadora do país, atrás de Vivo, TIM e Claro. No último trimestre, a operadora contabilizou 42,8 milhões de assinantes, ou 18,84% do total de linhas telefônica móveis do país. Ainda assim, sua participação no mercado caiu em 2010 e 2011, obrigando o novo CEO, Francisco Valim, a adotar novas medidas.
Há alguns anos, a Oi não negociava as compras dos celulares junto às fabricantes e atuava apenas como distribuidora, vendendo os produtos a preço cheio e desbloqueados. Contudo, a empresa percebeu que a oferta de smartphones e tablets era o principal diferencial no momento da escolha da operadora para os clientes. Com o aumento da demanda para estes produtos e para serviços de dados, vincular um serviço ao outro oferecendo vantagens tornou-se uma opção comercial bem melhor.
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