
07 Maio 2025
O realme C65 chega ao mercado como mais uma aposta da marca no segmento de entrada, focando em design elegante e recursos que vão além do básico. Apesar de não ter 5G nesta versão, traz tela de 90 Hz, bateria grande com carregamento rápido e sistema com alguns truques. Equipado com o chipset Helio G85, promete desempenho estável no dia a dia. Será que esses atrativos bastam para enfrentar rivais da Samsung e Motorola? Vamos conferir.
O realme C65 vem em embalagem amarela com o nome do modelo na tampa. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
A realme buscou diferenciar o design do C65 entre as duas versões. Enquanto este modelo 4G tem um visual parecido com o Galaxy S22, a versão 5G traz um módulo circular mais centralizado na traseira, alinhando-se à tendência atual dos celulares chineses.
Ele tem corpo fino feito em plástico fosco, tanto nas laterais planas quanto na parte traseira. Testamos a opção mais escura, com tom puxado para o cinza, enquanto a outra versão é em um tom claro de roxo. Em ambas, a fabricante adota um acabamento brilhante inspirado no brilho das estrelas, ficando ainda mais evidente no modelo mais claro.
Ele é mais fino e leve do que muitos celulares básicos, tornando o C65 um aparelho agradável de segurar. Seu acabamento é simples, porém refinado o suficiente para passar uma sensação de superioridade em comparação ao visual comum neste segmento. As laterais têm aspecto metalizado, e o bloco das câmeras remete ao design de celulares mais avançados.
Não espere nenhuma resistência superior contra água e poeira. A realme adotou a certificação IP54, padrão em muitos intermediários, que garante alguma proteção mesmo caso o celular pegue chuva. Um ponto positivo é que o sensor de toque da tela continua funcionando mesmo se seus dedos estiverem molhados.
A moldura ao redor da tela não é das mais finas, especialmente a borda inferior, que tem o dobro da espessura das demais. A câmera de selfie fica em um furo no topo, enquanto o leitor biométrico está integrado ao botão de energia. Por ser fino, será preciso acertar o dedo com precisão para que o desbloqueio funcione de primeira.
A gaveta conta com triplo slot, permitindo usar dois chips e ainda expandir o armazenamento com cartão microSD de até 2 TB. Na parte inferior, encontramos a entrada padrão para fones de ouvido.
Esta versão do realme C65 fica devendo conectividade 5G, mas vem com Wi-Fi padrão AC para redes de 5 GHz, Bluetooth 5.0, NFC para pagamentos e rádio FM.
A realme adotou uma tela IPS LCD de 6,67 polegadas no C65, com resolução HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. A fabricante promete brilho máximo de 625 nits, mas em nossos testes chegamos a apenas metade dessa marca. Isso faz com que o C65 não seja indicado para uso intenso em ambientes externos.
A tela exibe cores saturadas por padrão, com a possibilidade de selecionar um perfil mais natural e calibrar a tonalidade do branco. O painel tem ângulo de visão decente e nível de contraste aceitável para a categoria, embora não alcance a qualidade de alguns rivais com tela AMOLED. Pelo menos há certificação de baixa emissão de luz azul, oferecendo maior conforto visual.
A taxa de atualização vem configurada no modo automático por padrão, reduzindo para 60 Hz em conteúdo estático e na exibição de vídeos, ajudando a economizar bateria. O usuário também pode travar a taxa na velocidade mínima ou máxima.
O C65 conta com apenas um alto-falante na parte inferior, limitando a experiência multimídia a áudio mono. A potência agrada, mas a qualidade sonora poderia ser melhor. Os agudos são acentuados e apresentam distorção no volume máximo; os graves têm pouca presença, e os médios acabam ofuscados.
Há um modo UltraBoom que aumenta o volume em até 200%, segundo a realme, para ajudar em locais muito barulhentos. Claro que, para isso, o celular sacrifica outras frequências e força os agudos na tentativa de deixar o som mais potente, comprometendo ainda mais a qualidade.
O C65 vem equipado com o chipset Helio G85 da MediaTek. Ele traz processador octa-core com dois núcleos de alto desempenho Cortex-A75 e seis núcleos de baixo consumo A55. A GPU é a Mali-G52. O modelo pode ser encontrado em versões com 6 ou 8 GB de RAM.
A realme normalmente manda bem no gerenciamento de memória, mas o C65 ainda recarrega apps com certa frequência, mesmo na versão com 8 GB de RAM. Ainda assim, foi mais ágil que modelos básicos de outras marcas em nosso teste de velocidade.
Não espere números impressionantes em benchmarks. No AnTuTu, ficamos abaixo dos 300 mil pontos. E nos jogos? Testamos Call of Duty Mobile na qualidade Média, com recursos extras desativados para garantir uma experiência satisfatória. No PUBG, é possível arriscar na qualidade HD com taxa de quadros no Alto, mas sem recursos adicionais.
Outro ponto em que a realme costuma mandar bem é na duração de bateria. No caso do C65, temos uma capacidade padrão de 5.000 mAh, suficiente para quem não exige muito do aparelho.
Em nossos testes com vários apps populares — incluindo redes sociais, vídeos, navegação e alguns jogos —, alcançamos uma autonomia média de 25 horas. Esse tempo pode não ser surpreendente para os padrões atuais, mas é suficiente para quem faz uso mais básico.
A boa notícia é que o carregador de 45W que acompanha o aparelho leva pouco mais de 1 hora para encher totalmente a bateria, praticamente a metade do tempo da maioria dos celulares básicos. Com 15 minutos na tomada, recuperamos 32% da carga, chegando à metade com cerca de 30 minutos.
O conjunto fotográfico do realme C65 é bastante simples: temos um sensor principal de 50 MP, responsável por todas as capturas. A lente secundária serve apenas para ajudar no desfoque de cenários, enquanto o terceiro aro é meramente decorativo.
A qualidade fotográfica é decente e pode render boas imagens dependendo do local e da iluminação. O C65 sofre um pouco para fotografar ao entardecer, podendo deixar a pessoa ofuscada pelo sol de fundo. Forçar o HDR ajuda a contornar o problema.
O sensor principal faz fotos em 12,5 MP por padrão, por meio da compressão de quatro pixels em um. É possível usar a resolução máxima, mas isso compromete ainda mais a faixa dinâmica, que já é limitada.
O desfoque feito com a ajuda do sensor secundário apresenta falhas frequentes na separação entre planos. Ele também limita a atuação do HDR, deixando o fundo das fotos com luz estourada.
O zoom é puramente digital e já apresenta perda de nitidez ao usar 2x. Ir além disso compromete bastante a qualidade, especialmente em locais com iluminação precária. A câmera principal também não é indicada para macros e sofre para registrar pequenos detalhes.
Para quem costuma fotografar mais à noite, é melhor não criar expectativas com o C65. As fotos saem mais escuras do que em outros modelos da categoria e apresentam bastante granulação. Além disso, é preciso manter a mão firme para evitar imagens borradas.
A câmera frontal conta com um sensor simples de 8 MP, que consegue capturar selfies decentes em boas condições de luz, mas sem muitos detalhes devido à baixa resolução. As selfies noturnas, por outro lado, sofrem com queda acentuada de nitidez e ruídos excessivos. O modo retrato apresenta um bom desfoque com poucos erros.
A filmadora grava em Full HD com as câmeras traseira e frontal. A qualidade dos vídeos agrada e não ficam muito escuros à noite. O C65, porém, carece de estabilização para lidar com tremidos e seu foco não é dos mais ágeis. A captação de áudio é estéreo, com qualidade superior à de muitos celulares básicos.
O realme C65 vem com Android 14, modificado pela interface realme UI 5.0. Não espere atualizações rápidas nos celulares básicos da marca. No momento da análise, ele estava com o pacote de segurança alguns meses atrasado.
O recurso Minicápsula está presente e tenta imitar a Ilha Dinâmica dos iPhones, exibindo informações ao redor do furo no topo da tela, como status da bateria, música tocando, clima e uso de dados. Há também alguns recursos simples de Inteligência Artificial voltados para a câmera e para o agrupamento dos apps mais usados na barra lateral.
A realme continua investindo em recursos que outras fabricantes já abandonaram, como o controle por gestos usando a câmera frontal. É possível, por exemplo, passar para o próximo vídeo e interagir com outras mídias nas redes sociais apenas fazendo um gesto na frente do celular.
O botão de energia também funciona como atalho para diversas funções, como ligar a lanterna, ativar o modo silencioso, abrir o app da câmera ou o seu aplicativo favorito de música com apenas um toque.
O realme C65 é um celular básico melhor que o Galaxy A16? O rival da Samsung ainda adota o antigo entalhe em formato de gota, mas tem bordas um pouco mais finas. O modelo da Samsung se destaca com a tela Super AMOLED de brilho superior e cores mais vivas. Por outro lado, perde em desempenho, embora compense com melhor duração de bateria. O realme recarrega mais rápido, mas entrega câmeras mais limitadas que o rival.
O Moto G15 traz uma tela um pouco maior, mas com fluidez prejudicada pelo painel de 60 Hz. Em compensação, o Motorola oferece áudio estéreo para maior imersão em vídeos e jogos. Seu desempenho no multitarefas é bem inferior, porém a bateria dura mais. O G15 também é um pouco superior nas fotos, especialmente em cenários com pouca luz.
Pode não ser a melhor compra da categoria, mas ainda entrega um bom conjunto pelo preço
Caixa traz capinha de silicone e carregador de apenas 45W
O realme C65 é um celular grande e escorregadio, mas vem com capinha na caixa
Interface traz alguns recursos de IA, suporte a controle por gestos e botão de energia customizável
Tela tem brilho apenas decente, enquanto parte sonora realmente decepciona em potência e qualidade
O realme C65 é um bom celular básico para quem busca desempenho e recarga rápida
Onde Comprar
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