
24 Abril 2025
Após testarmos a versão 4G do Redmi Note 14, chegou o momento de descobrir o que a variante 5G tem a oferecer, além da conectividade mais avançada. Será que esse modelo oferece o melhor custo-benefício entre as duas versões ou é mais vantajoso optar pela opção mais barata? Confira a análise completa do TudoCelular e descubra todos os pontos positivos e negativos do Redmi Note 14 5G.
O Redmi Note 14 5G vem em caixa colorida sem ilustração do aparelho. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
O Redmi Note 14 5G apresenta um design atualizado, com elementos mais arredondados e uma paleta de cores renovada. A tela conta com vidro Gorilla Glass 5, uma geração já meio antiga, mas que ainda se mostra resistente a arranhões, mesmo não sendo tão à prova de quedas. O restante do corpo do aparelho é feito de plástico.
A moldura lateral é quase que completamente plana com acabamento fosco, o que se repete na parte traseira, que também possui uma curva sutil nas bordas. O módulo da câmera continua quadrado, mas com cantos arredondados, e tem um acabamento brilhante.
Em termos de usabilidade, o intermediário chinês proporciona uma agradável experiência de manuseio, com uma pegada segura. Sua construção é sólida e bem pensada, com todos os elementos foscos, o que confere um equilíbrio ao segurar o aparelho. Além disso, a estrutura é resistente a impressões digitais.
A Xiaomi afirma que a durabilidade do seu celular intermediário foi significativamente aprimorada em comparação com os modelos anteriores. O aparelho agora possui certificação IP64, que oferece resistência a poeira e respingos de água, enquanto o antecessor traz certificação IP54. Além disso, o sensor de toque responde mesmo que seus dedos estejam molhados.
Além disso, o telefone usa um composto de alumínio de alta resistência e espuma absorvente de impacto no interior, com os quatro cantos reforçados e a espessura da placa-mãe aumentada. Embora isso não torne o celular resistente a quedas, certamente o torna mais robusto e aumenta as chances de sobrevivência em caso de acidente.
Em relação à versão 4G, este modelo apresenta bordas mais finas e um tamanho ligeiramente mais compacto. O sensor de impressão digital, que está sob a tela, é rápido e confiável, substituindo o leitor de digitais lateral presente na versão anterior. Ele tem como extra o sensor de batimentos cardíacos.
A Xiaomi ainda manteve o conector padrão para fones de ouvido, encontrado na parte superior próximo ao emissor infravermelho, que permite usar o celular como controle remoto. Na parte inferior, há a gaveta para dois chips, sendo do tipo híbrida, o que permite trocar a segunda linha por um cartão microSD. Infelizmente, o modelo não oferece suporte a eSIM.
A parte de conectividade segue sem novidades e temos Wi-Fi padrão AC, Bluetooth 5.3, NFC e 5G.
A tela do Redmi Note 14 é bastante semelhante à do modelo anterior, mantendo as 6,67 polegadas, resolução Full HD+, painel AMOLED e taxa de atualização de 120 Hz. No entanto, não se trata exatamente do mesmo display de antes, pois houve dois importantes aprimoramentos.
O primeiro upgrade é o nível máximo de brilho, que a Xiaomi promete alcançar até 2.100 nits em conteúdo HDR. Em nossos testes, conseguimos chegar perto dos 2.000 nits com o brilho no modo automático, e metade disso no modo manual. Esse é um excelente resultado para um aparelho dessa categoria e garante uma boa experiência de uso ao ar livre.
A segunda melhoria é o suporte ao HDR10+, compatível com plataformas como YouTube e Netflix para reprodução de vídeos em Full HD. A taxa de atualização varia automaticamente e pode cair para até 30 Hz quando o recurso Tela Sempre Ativa está em uso. Para conteúdo estático, a taxa se mantém em 60 Hz, ajudando a economizar bateria. O sensor de toque responde até 2160 Hz, garantindo uma interação rápida, especialmente em jogos.
Além disso, a tela traz certificações que visam melhorar o conforto ocular, com baixa emissão de luz azul e uma calibração de cores mais quentes, o que reduz o cansaço visual durante a leitura.
No quesito áudio, o dispositivo conta com alto-falantes estéreo e suporte à tecnologia Dolby Atmos, ativada por padrão, proporcionando uma experiência sonora mais imersiva e envolvente. O alto-falante superior, embora mais suave e com menor intensidade nos graves, mantém um bom equilíbrio sonoro.
A potência sonora também se destaca, superando muitos concorrentes do segmento sem apresentar distorções. Isso ocorre porque os alto-falantes são projetados para entregar o melhor desempenho nas frequências mais altas, com alguns tons médios e praticamente sem graves destacados. O equalizador oferece diversos perfis para ajustar o som conforme a sua preferência.
O desempenho fica por conta do chipset Dimensity 7025 Ultra da MediaTek, uma versão otimizada do Dimensity 7020, que oferece um pequeno aumento na velocidade máxima do processador. Ele conta com uma configuração de dois núcleos da série A78 combinados com seis núcleos A55, além da GPU IMG BXM-8-256.
Testamos a versão mais básica, com 6 GB de RAM, e, como era de se esperar em um celular da Xiaomi com essa quantidade de memória, o desempenho no teste multitarefas ficou abaixo do ideal, especialmente ao tentar manter muitos apps abertos simultaneamente. Para quem prioriza uma experiência multitarefas mais fluida, talvez seja mais interessante investir nas versões com 8 ou 12 GB de RAM.
Nos benchmarks, os números não ficaram muito acima do modelo anterior, mas ainda superaram alguns concorrentes. No AnTuTu, alcançamos perto de 500 mil pontos. E nos jogos? Call of Duty Mobile apresentou bom desempenho na qualidade Alta, enquanto PUBG rodou de forma satisfatória na opção HD com taxa de quadros no Alto, embora ambos tenham ficado com recursos extras desativados.
Nesta geração, a bateria recebeu um pequeno aprimoramento, passando a ter uma capacidade de 5.110 mAh. Embora a diferença em relação aos 5.000 mAh anteriores possa parecer discreta, qualquer ganho é bem-vindo.
A boa notícia é que, além do aumento no tamanho da bateria e da troca do chipset, o dispositivo agora oferece uma duração consideravelmente maior. São 5 horas extras de uso, alcançando até 29 horas de autonomia em um uso moderado, com aplicativos populares e alguns jogos.
Outra evolução importante está no carregador incluso na caixa, que agora tem potência máxima de 45W. Ele é significativamente mais rápido, sendo capaz de recarregar toda a bateria em pouco mais de uma hora. Em apenas 15 minutos de carga, é possível obter cerca de 30% de bateria, e em 30 minutos, quase 60%.
O conjunto fotográfico é quase o mesmo da geração anterior. Temos um sensor de 108 MP (modelo indiano traz sensor de 50 MP) e um de 8 MP com lente ultra-wide. A novidade fica para a substituição da câmera de 2 MP para desfoque de cenários por uma com mesma resolução e lente macro.
A câmera principal faz fotos bastante decentes durante o dia, com cores vivas e um bom nível de detalhes. O alcance dinâmico não é particularmente amplo, mas isso é esperado para este segmento de preço. O sistema tenta, obviamente, aumentar a nitidez das imagens e, por vezes, exagera, criando resultados artificiais em pontos distantes.
A câmera ultra-wide é um pouco decepcionante, mas está dentro das expectativas para um smartphone dessa faixa de preço. As fotos tiradas com essa câmera têm uma saturação de cores um pouco baixa, são geralmente suaves e apresentam um alcance dinâmico mais limitado em comparação com a câmera principal.
O app da câmera oferece um atalho de zoom de 3x, que realiza um corte da câmera principal. As fotos frequentemente saem mais suaves, com alcance dinâmico limitado e falta de detalhes finos. A macro é a mais simples do conjunto e não registra muitos detalhes de pequenos objetos.
Com o modo Noturno automático ativado, a câmera principal faz um bom trabalho ao tirar fotos à noite. As imagens geralmente ficam limpas, com nitidez razoável e detalhes visíveis nas sombras. O alcance dinâmico é suficientemente amplo para equilibrar as sombras e as fontes de luz. As fotos tiradas com a câmera ultra-wide à noite ficam borradas, ruidosas, com destaques estourados e cores desbotadas.
A câmera frontal foi atualizada para um sensor de 20 MP, que faz selfies aceitáveis, mas esperávamos mais. As imagens saem muito suaves, mesmo em boas condições de iluminação, e a câmera tem dificuldade em manter um alcance dinâmico adequado. Por outro lado, as cores são razoavelmente precisas e o nível de detalhes é bom, sem perda considerável de qualidade à noite.
A filmadora grava em Full HD com a câmera traseira e frontal. A qualidade dos vídeos agrada e não saem muito escuros à noite. Há estabilização do tipo óptica auxiliada por eletrônica que lida bem com tremidos. O foco poderia ser mais ágil, mas não chega a atrapalhar. A captura de áudio é estéreo e tem boa qualidade.
O Redmi Note 14 vem com o Android 14, customizado pela nova interface HyperOS, ainda em sua versão anterior. A marca garante suporte de dois anos para atualizações de sistema e pacotes de segurança, assegurando que o dispositivo se mantenha seguro e funcional por um bom período.
No que diz respeito à interface, o HyperOS não apresenta grandes inovações exclusivas para o Redmi Note 14, trazendo muitos recursos que já estão presentes em outros lançamentos recentes da marca.
Entre os principais destaques estão as funcionalidades baseadas em Inteligência Artificial, tanto desenvolvidas pela Xiaomi quanto integradas do Google, como o assistente pessoal Gemini, que oferece comandos de voz e interações mais naturais, facilitando o uso diário do dispositivo.
Dentro das funcionalidades aprimoradas pela IA, um recurso interessante é a "borracha", que permite remover objetos indesejados das fotos. Embora útil, o desempenho do Note 14 não seja tão preciso quanto em modelos mais avançados, devido ao hardware mais simples.
Para os entusiastas da edição de fotos, a IA também oferece opções interessantes. Uma das mais chamativas é a possibilidade de mudar a cor do céu nas imagens, utilizando diferentes efeitos e filtros, permitindo uma personalização mais detalhada das fotos.
O Redmi Note 14 se apresenta como uma opção mais interessante do que o Moto G55? Ambos têm tamanho similar, mas o dispositivo da Xiaomi oferece uma tela maior devido às bordas mais finas. O Redmi se destaca no brilho da tela e na potência do som. Por outro lado, o Moto G55 leva a melhor quando o assunto é desempenho multitarefas e autonomia de bateria. Em termos fotográficos, ambos entregam bons resultados, mas o modelo da Xiaomi se sobressai nas selfies à noite.
O Galaxy A35, por sua vez, se destaca por seu design mais premium e proteção superior contra água. Porém, ele perde em brilho máximo da tela e potência sonora em comparação ao concorrente. No quesito desempenho, o Galaxy A35 supera o modelo chinês, com autonomia de bateria próxima. Quando o assunto é fotografia, o conjunto de câmeras do Galaxy A35 se destaca, entregando imagens e vídeos de qualidade superior.
Seu custo-benefício é mais interessante do que a versão 4G do Redmi Note 14
Embalagem vem com capinha de silicone e carregador com boa potência
É um celular grande e escorregadio, mas pelo menos vem capinha na caixa
Ele vem com a primeira geração do HyperOS com Android 14 e deve receber duas atualizações do sistema
Tela impressiona para a categoria com brilho forte e ótima reprodução de cores; som estéreo agrada em potência
O Redmi Note 14 5G é uma opção interessante de celular intermediário acessível
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