
04 Fevereiro 2025
Temos mais um celular básico da Xiaomi em mãos para análise. Desta vez é o Redmi 13C que vamos conferir, um modelo que tem muito em comum com seu irmão quase gêmeo, o Poco C65. Veremos se a experiência é similar e se este é uma melhor compra que o outro.
O Redmi 13C vem em caixa diferente nas cores vermelhas e brancas sem a ilustração do aparelho. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:
Começamos pelo design, um dos poucos pontos em que o Redmi 13C é diferente do Poco, ou quase isso. O que muda é que este não vem com o logo gigante da Poco estampado na traseira e com isso o seu design é mais limpo e vai agradar mais pessoas.
O Redmi 13C é um celular feito de plástico com curvas suaves. Na parte frontal há entalhe em formato de gota com bordas um pouco largas, especialmente a inferior que possui o dobro da espessura das demais. O conjunto fotográfico é distribuído em dois aros com o segundo abrigando duas lentes.
O acabamento da traseira é fosco em sua maior parte e espelhado próximo das câmeras. Além do modelo em azul que testamos, também encontrará o Redmi nas cores pretas, branca e verde.
Há entrada padrão para fones de ouvido no topo e leitor biométrico incorporado ao botão de energia que funciona bem para um aparelho deste segmento. A gaveta é do tipo tripla e permite ter duas linhas e um cartão microSD de até 1 TB ao mesmo tempo.
A Xiaomi não menciona se há alguma proteção contra respingos, então evite qualquer contato com água. Em conectividade temos Wi-Fi de quinta geração com suporte a redes mais rápidas de 5 GHz e Bluetooth 5.3. Este modelo não possui suporte a redes 5G.
Há tela de 6,74 polegadas com painel LCD com resolução HD+ e taxa de atualização de 90 Hz. O nível máximo de brilho da tela é decente e vai garantir boa visibilidade em locais abertos, mas não diretamente sob luz solar direta.
Como é padrão em celulares Xiaomi, a tela tende para tons mais frios deixando o branco azulado, mas você pode mudar a calibração ao escolher outros perfis na configuração ou mesmo alterar a temperatura das cores.
Há taxa de atualização dinâmica que regula a velocidade a depender do uso, o que alia boa fluidez sem comprometer tanto a bateria. É possível travar a tela em 60 ou 90 Hz, caso você queira fluidez máxima a todo momento ou priorizar a duração de bateria.
O 13C conta com apenas uma saída de som na parte inferior e com isso ficamos limitados a áudio mono. A potência máxima não chega a ser um destaque para o segmento, mas dá conta do recado.
A qualidade sonora também não vai impressionar. Ele carece de médios e reproduz graves abafados, mas não decepciona nos agudos. Pelo menos há entrada padrão para fones que ajuda a contornar facilmente essas limitações.
O Redmi 13C vem com o chipset Helio G85, um modelo já um pouco antigo da MediaTek. Ele é formado por processador octa-core com dois núcleos da série A75 focados em desempenho e seis focados em economia de energia da série A55. A GPU é a Mali-G52 com dois núcleos gráficos.
Esse que testamos conta com 6 GB de RAM e conseguiu segurar todos os apps abertos em segundo plano em nosso teste de velocidade, o que é algo raro entre os celulares básicos da Xiaomi. Em benchmarks não temos números impressionantes por conta do hardware antigo e ficamos abaixo dos 300 mil pontos no AnTuTu.
E nos jogos? Call of Duty rodou até razoável na qualidade média com extras gráficos desativados. No PUBG foi bem na opção HD com taxa de quadros no Alto e demais recursos habilitados.
O 13C vem com os mesmos 5.000 mAh do Poco C65 e mesmo que ambos tragam chipset e resolução de tela idênticos, vimos uma melhor autonomia no Redmi.
Ele chegou a durar 25 horas em nosso teste que simula uso moderado, o que é suficiente para a grande maioria passar um dia todo sem precisar de uma segunda carga.
O que poderia ser melhor é o tempo de recarga. A Xiaomi manda um carregador de apenas 10W na caixa que demora quase 3 horas para encher a bateria. Uma carga rápida de 15 minutos recupera apenas 12% e chega a 22% com meia hora na tomada.
O conjunto fotográfico é formado por câmera de 50 MP, uma secundária de 2 MP com lente para macros e uma terceira lente que a Xiaomi chama de auxiliar e deve ajudar a gerar um maior campo de profundidade para desfoque de cenários.
Por ser um celular básico, não espere por fotos exemplares. O sensor de 50 MP comprime quatro pixels em um e resulta em imagens com boa qualidade e cores neutras próximas da realidade.
Há a opção de registrar fotos na resolução máxima de 50 MP. Como a compressão via software é desativada, temos fotos mais nítidas com mais detalhes registrados. O ponto positivo é que os arquivos não ocupam tanto espaço e acabam compensando no ganho extra.
O zoom é puramente digital e feito via software sem qualquer técnica especial para reduzir a perda de qualidade. Ao usar o zoom em 2x ainda terá imagens nítidas, que degradam bastante à medida que tentar fotografar algo ainda mais distante. A macro é simples e dificulta fazer fotos nítidas por conta do sensor de baixa resolução, mas há boas cores e contraste.
O desfoque poderia ser melhor. Em dias ensolarados temos fundo estourado por conta da faixa dinâmica mais limitada e o HDR que não ajuda a compensar o excesso de luz. À noite temos fotos decentes, desde que não fique muito longe de uma fonte de luz. O Redmi traz um modo dedicado que prolonga a exposição deixando as fotos granuladas e com defeitos mais aparentes.
A câmera frontal de 8 MP faz selfies bacanas em dias ensolarados com tom de pele perto do ideal e cores agradáveis. As selfies noturnas perdem um pouco da saturação das cores e tem contraste mais limitado, mas são claras e com poucos ruídos aparentes. O modo retrato apresenta mais falhas em locais com pouca luz.
A filmadora é capaz de gravar vídeos na resolução Full HD com a câmera traseira e a frontal. A qualidade dos vídeos é decente, mas fica devendo estabilização. O foco não chega a ser lento e a captura de som decepciona por ser mono e bastante abafada. Os vídeos noturnos saem bastante escuros, como é comum em modelos de entrada.
O Redmi 13C sai da caixa com Android 13 modificado pela MIUI 14. No momento em que testamos, ele estava com pacote de segurança não muito antigo. É bom lembrar que esse modelo está na lista que receberá o HyperOS com Android 14 e a atualização vem sendo liberada de forma gradual para os usuários.
O software flui bem apesar do hardware básico e reserva 2 GB do armazenamento para expandir a RAM, podendo ir até 6 GB neste que testamos. Temos os já conhecidos recursos presentes em outros modelos da marca com o suporte a gestos, loja completa de temas e suporte a equalizador de áudio.
O Redmi 13C é a melhor compra ou temos opções 4G melhores no segmento?
O Galaxy A15 é uma alternativa mais compacta que também tem entalhe em formato de gota, mas tem visual traseiro mais discreto. Sua tela é menor, porém vem com painel Super AMOLED com brilho superior que também entrega taxa de atualização de 90 Hz. A parte sonora também não empolga por ser mono. O desempenho fica abaixo do Redmi, enquanto a bateria dura mais e recarrega mais rápido. Em câmera temos vantagem para o A15.
Se você busca uma alternativa com tela grande, então o realme Note 50 é uma boa opção. Ele tem design mais elegante, apesar de também vir com entalhe em formato de gota. Sua tela também é LCD e não chega a empolgar em brilho, mas temos taxa de atualização de 90 Hz. O som é igualmente mono e tem qualidade similar. O desempenho é mais lento, enquanto a bateria dura mais. O Redmi tem câmera traseira um pouco melhor e o realme ganha em selfies.
Seu custo-benefício é decente, mas pode haver opções melhores na mesma faixa de preço
Embalagem traz apenas o básico e vem com carregador de apenas 10W
O Redmi 13C é um celular grande, mas tem traseira com textura que o torna menos escorregadio
O Redmi 13C tem bom desempenho multitarefas e já conta com atualização para o HyperOS
A tela tem brilho decente e boas cores, enquanto o som é mono e não empolga na qualidade sonora
O Redmi 13C pode ser um bom celular básico para quem não é exigente
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Redmi 13C