O Poco M7 Pro foi lançado no final de 2024, junto com o C75, para ampliar ainda mais as opções da Xiaomi no segmento de intermediários. O TudoCelular analisou a novidade para reunir seus pontos positivos e negativos, ajudando a entender se ele realmente se destaca entre os diversos smartphones da fabricante chinesa. Confira a nossa análise completa.

O Poco M7 Pro 5G vem em embalagem amarela tradicional da Xiaomi. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

• Carregador com 45W de potência
• Cabo USB padrão C
• Chavinha da gaveta do SIM Card
• Capinha de silicone
• Guia do usuário

O M7 Pro apresenta um design exclusivo, com um padrão inspirado na areia do deserto na parte traseira. O relevo da câmera, ao contrário de outros modelos, não se destaca de forma exagerada, conferindo ao dispositivo uma aparência mais sofisticada.

Testamos a novidade num tom de cinza claro, mas o intermediário chinês também pode ser encontrado nas cores lilás e verde. Ele tem uma construção em plástico, com pintura em dois tons. No entanto, o acabamento brilhante faz com que ele seja um pouco escorregadio. Pelo menos vem uma capinha de silicone na caixa.

A Xiaomi afirma que a resistência do seu celular intermediário foi consideravelmente melhorada em relação aos modelos anteriores. O dispositivo agora possui certificação IP64, que garante proteção contra poeira e respingos de água, enquanto o modelo anterior contava com a certificação IP53. Além disso, o sensor de toque funciona mesmo quando seus dedos estão molhados.

Enquanto a traseira apresenta uma suave curvatura, a parte frontal é plana com bordas finas, o que resulta em um bom aproveitamento de tela. A câmera frontal fica em um pequeno furo na parte superior, enquanto o vidro frontal recebeu melhorias na resistência com a adição do Gorilla Glass 5 para maior proteção contra riscos e impactos.

O sensor de impressão digital vem posicionado sob a tela e responde de forma ágil e confiável. Ele também inclui um sensor de batimentos cardíacos, que pode ser um extra interessante para alguns usuários.

A Xiaomi manteve o conector tradicional para fones de ouvido, localizado na parte superior do aparelho, próximo ao emissor infravermelho, que permite usar o celular como controle remoto. Na parte inferior, há a gaveta para dois chips, sendo do tipo híbrida, o que possibilita substituir o segundo chip por um cartão microSD.

No que diz respeito à conectividade, o dispositivo segue com Wi-Fi AC, enquanto o Bluetooth agora é na versão 5.3, além de ter suporte a 5G.

A tela do Poco M7 Pro evoluiu bastante comparada a do modelo anterior, e temos agora 6,67 polegadas, resolução Full HD+, painel AMOLED e taxa de atualização de 120 Hz. Muitos devem ficar felizes com a troca do painel LCD mais simples.

Outro avanço fica para o brilho máximo, que a Xiaomi afirma atingir até 2.100 nits em conteúdos HDR. Nos nossos testes, conseguimos alcançar perto de 2.000 nits no modo automático, e metade disso no modo manual. O nível de brilho é ótimo para um dispositivo dessa categoria, garantindo uma boa visibilidade ao ar livre.

Agora há suporte ao HDR10+, para uma melhor experiência em alguns serviços de streaming. A taxa de atualização é ajustada automaticamente e reduz para 60 Hz em conteúdos estáticos, contribuindo para a economia de bateria. O sensor de toque, por sua vez, responde até 2160 Hz, oferecendo uma interação rápida, principalmente em jogos.

Além disso, a tela possui certificações que buscam proporcionar maior conforto ocular, com menor emissão de luz azul e uma calibração de cores mais quentes, reduzindo a fadiga ocular durante a leitura.

No quesito áudio, o dispositivo vem com alto-falantes estéreo e suporte à tecnologia Dolby Atmos, que já está ativada por padrão, oferecendo uma experiência sonora mais envolvente. O alto-falante superior, embora com menor intensidade nos graves, mantém um bom equilíbrio sonoro.

A potência sonora também se destaca, superando muitos concorrentes da mesma faixa de preço sem distorções. Isso ocorre porque os alto-falantes são projetados para entregar um bom desempenho nas frequências mais altas, com alguns tons médios e quase nenhum grave destacado.

Ainda há um modo que turbina o volume em até 300%, de acordo com a Xiaomi, mas aqui já apresenta distorção e perda de qualidade. De qualquer forma, esse modo será útil em locais ruidosos onde o volume importa mais.

O desempenho do Poco M7 Pro é garantido pelo chipset Dimensity 7025 Ultra da MediaTek, uma versão otimizada do Dimensity 7020, que traz um pequeno incremento na velocidade máxima do processador. Ele é composto por dois núcleos da série A78 e seis núcleos A55, além de contar com a GPU IMG BXM-8-256.

Testamos a versão de 6 GB de RAM, e, como era de se esperar em um dispositivo da Xiaomi com essa quantidade de memória, o desempenho no teste de multitarefas ficou abaixo do esperado ao recarregar os apps abertos em segundo plano e até perde para seu antecessor. Para quem busca uma experiência multitarefa mais fluida, pode ser uma boa ideia considerar a versão com mais RAM.

Nos benchmarks, os resultados ficam próximos ao modelo anterior. No AnTuTu, o dispositivo alcançou quase 500 mil pontos. Entre os jogos testados, temos Call of Duty Mobile com um bom desempenho na configuração Alta, enquanto PUBG rodou de forma satisfatória na qualidade HD com a taxa de quadros ajustada para Alta, embora ambos tenham sido executados com recursos adicionais desativados.

Nesta nova versão, a bateria passou por uma leve melhoria, agora com capacidade de 5.110 mAh. Embora a diferença em relação aos 5.000 mAh da versão anterior seja pequena, qualquer aumento deve proporcionar um ganho de autonomia.

Na prática não tivemos um avanço tão considerável, com o Poco M7 Pro rendendo 29 horas de uso moderado com apps populares e alguns jogos. Ele fica um pouco acima do antecessor, o que ainda é um tempo bastante respeitável.

O maior avanço fica para o carregador que vem na caixa, agora com potência de 45W. Ele é bem mais rápido, sendo capaz de carregar a bateria completamente em uma hora. Com apenas 15 minutos de carga, é possível obter cerca de 30% de bateria, e em 30 minutos, quase 60%.

O conjunto fotográfico do Poco M7 Pro segue sem grandes novidades, mantendo as duas câmeras, com o sensor principal de 50 MP e uma secundária de 2 MP. A grande melhoria, no entanto, é a estabilização óptica, que contribui para fotos mais estáveis.

O sensor principal captura imagens de 12,5 MP por padrão, com boa nitidez e cores vibrantes. O contraste é agradável, e a faixa dinâmica é ampla o suficiente para evitar fotos excessivamente escuras ao final da tarde. O HDR faz um bom trabalho ao equilibrar o brilho, especialmente em situações de contraluz.

A principal limitação é o zoom digital, que causa estouros de luz no fundo das fotos, especialmente quando o sol está presente. O efeito de desfoque também sofre com esse problema, o que prejudica o controle do HDR. Embora seja possível fotografar na resolução máxima, o pequeno ganho em nitidez não justifica o grande consumo de armazenamento.

Zoom

O zoom digital oferece boas imagens em distâncias curtas, mas ao atingir o zoom máximo, a qualidade das fotos cai significativamente. Não espere grande desempenho em fotos macro, e o desfoque de cenários tende a apresentar falhas em ambientes mais complexos, como áreas com muita vegetação.

As fotos noturnas são razoáveis, desde que não se faça ampliação, pois a falta de detalhes e o excesso de granulação ficam evidentes. O zoom digital é ainda mais limitado em ambientes com pouca luz. Existe um modo noturno dedicado que melhora as cores e o contraste, proporcionando fotos com uma tonalidade mais equilibrada.

Noturno

A câmera frontal agora traz um novo sensor de 20 MP, garantindo selfies mais nítidas, com melhores cores e contraste. O efeito retrato oferece um bom desfoque de fundo, com poucos erros. As selfies noturnas ainda deixam a desejar, com fotos suavizadas e com poucos detalhes, mesmo com a maior resolução.

Selfies

Quanto à filmadora, ela grava em Full HD tanto com a câmera traseira quanto com a frontal. A qualidade dos vídeos é semelhante à das fotos, mas a câmera frontal tende a produzir vídeos mais escuros à noite. A estabilização da câmera principal é eficaz para minimizar os tremidos, e o foco é rápido. A captura de som é estéreo, com boa qualidade e pouca interferência de ruído do vento.

O Poco M7 Pro vem com o Android 14, modificado pela primeira geração da interface HyperOS da Xiaomi. A fabricante chinesa promete duas atualizações do sistema operacional, o que garante que o dispositivo será compatível até o Android 16, além de oferecer até quatro anos de atualizações de segurança.

Os recursos são similares aos encontrados em outros modelos intermediários da Xiaomi, com suporte a gestos que facilitam o acesso rápido aos recursos favoritos do usuário, além da possibilidade de personalização da interface por meio de temas.

No entanto, não espere por uma suíte recheada de recursos de Inteligência Artificial, como é tendência no mercado atualmente. A Xiaomi menciona que alguns recursos de edição utilizam IA para entregar resultados aprimorados, mas são limitados a funções simples, como remoção de objetos ou ajuste de cores nas fotos.

O Poco M7 Pro é uma opção mais vantajosa do que o Galaxy M35? Embora ambos tenham o mesmo tamanho, o modelo da Xiaomi oferece uma tela um pouco maior, devido às bordas mais finas. Além disso, se destaca no brilho da tela e na qualidade sonora. Por outro lado, o Galaxy M35 leva vantagem no desempenho multitarefas e na duração da bateria, embora precise do dobro de tempo para recarregar. Seu conjunto fotográfico é mais completo e consegue capturar imagens de melhor qualidade.

O Moto G55 também é uma alternativa no mesmo tamanho, mas com bordas mais largas, o que resulta em uma tela menor. Em contrapartida, o modelo da Motorola se mostra mais ágil no uso de múltiplos aplicativos e tem uma bateria que dura um pouco mais. Seu conjunto fotográfico inclui uma câmera ultra-wide, ideal para fotos mais amplas, mas a qualidade das imagens e vídeos não supera o que é oferecido pelo Poco M7 Pro.

Pontos fortes

• Design diferenciado
• Tela com brilho forte e HDR
• Boa autonomia de bateria
• Recarga rápida

Pontos fracos

• Desempenho multitarefas
• Fotos noturnas decepcionam
• Sem muitos recursos de IA