
15 Julho 2025
O Motorola Edge 60 Fusion chega ao mercado intermediário com foco em sofisticação, autonomia e recursos de inteligência artificial. Com visual refinado, acabamento premium e promessa de boa experiência multimídia, o aparelho aposta em uma tela de alta resolução, som potente, bateria duradoura e câmeras equilibradas. Será que ele entrega o melhor custo-benefício da categoria? Vamos conferir.
O Motorola Edge 60 Fusion vem em caixa clara com o nome do aparelho em cor prateada. Você encontra os seguintes acessórios:
O Edge 60 Fusion aposta em um visual sofisticado com acabamento caprichado e construção reforçada. No Brasil, o modelo está disponível nas cores cinza e rosa, mas faz parte de uma coleção internacional com tonalidades escolhidas em parceria com a Pantone, referência global em tendências de cores. A proposta é oferecer opções que combinam com diferentes estilos pessoais.
A traseira é feita de couro vegano, aplicada sobre uma base de quatro camadas ultrafinas de fibra de vidro fundidas sob alta pressão, garantindo visual premium e resistência extra. A moldura lateral é de plástico com acabamento metálico discreto, e a parte frontal é protegida por vidro Gorilla Glass 7i.
O conjunto de câmeras mantém o visual minimalista, com um módulo levemente ampliado para incluir um sensor de luz dedicado. O flash de LED agora se integra ao conjunto de lentes, mantendo a simetria do design. Mesmo com tela grande, o aparelho se destaca pela leveza e ergonomia, com laterais curvas que facilitam o uso com uma mão.
O aparelho também se destaca pela resistência. Ele atende ao padrão militar MIL-STD-810H, que inclui testes contra quedas acidentais, vibrações, temperaturas extremas, umidade, poeira e até exposição à radiação solar.
Além disso, conta com certificação IP68/IP69, garantindo proteção contra poeira e imersão em água doce de até 1,5 metro por 30 minutos, além de suportar jatos de alta pressão.
O leitor biométrico é do tipo óptico e vem integrado ao display, ficando próximo da borda inferior. Apesar de não ser das posições mais confortáveis, ele responde rápido ao reconhecimento da digital. A gaveta acomoda um chip físico e um slot para cartão microSD para expansão de memória. Também é possível usar uma segunda linha via eSIM.
Em conectividade, o aparelho vem equipado com suporte a Wi-Fi 6, Bluetooth 5.4, NFC e 5G.
O novo Fusion traz um novo painel pOLED de 6,7 polegadas com resolução de 1220p, superior à média da categoria. Essa evolução representa um salto considerável frente à geração anterior e posiciona o aparelho com uma das telas mais nítidas em seu segmento.
O display oferece suporte a HDR10+ e exibe cores com profundidade de 10 bits, garantindo maior fidelidade nas transições de tons. Além disso, a tecnologia implementada evita distorções de contraste ou tonalidade em diferentes ângulos de visão, mantendo a qualidade da imagem sob qualquer perspectiva.
Apesar da Motorola anunciar pico de brilho de 4.500 nits, em nossos testes o painel alcançou cerca de 1.700 nits com o brilho automático ativado — ainda assim, um valor alto o suficiente para garantir boa visibilidade sob luz solar direta.
A taxa de atualização é de 120 Hz, com três modos disponíveis: 60 Hz, 120 Hz e Automático. Neste último, o sistema alterna entre 60 e 120 Hz conforme o conteúdo, embora apps do Google, como o Chrome, fiquem limitados a 90 Hz. Em vídeos, como no YouTube, o painel costuma operar a 60 Hz.
A tela também traz recursos adicionais, como o modo de toque com dedos molhados, que evita acionamentos acidentais, e tecnologia de escurecimento por corrente contínua, pensada para quem é sensível ao cintilamento invisível de telas OLED.
No som, o Edge 60 Fusion conta com sistema estéreo híbrido, com alto-falante superior que também funciona como saída de chamadas. Há suporte a Dolby Atmos que vem ativo por padrão em modo inteligente que equaliza o áudio de acordo com o tipo de conteúdo e também oferece alguns perfis para músicas, filmes e jogos, além de áudio espacial.
A qualidade sonora surpreende. O volume é alto e o som tem perfil mais encorpado que o comum para a faixa de preço, com graves discretos, mas presentes, e vocais bem definidos. É, possivelmente, um dos modelos com som mais equilibrado da sua categoria.
O Edge 60 Fusion foi lançado com duas versões de chipset. Enquanto alguns mercados receberam o Dimensity 7400, o Brasil ficou com a versão menos potente equipada com o Dimensity 7300. A principal diferença está na velocidade dos núcleos Cortex-A78, já que os núcleos A55 e a GPU Mali-G615 são idênticos nos dois modelos.
A versão nacional conta com 8 GB de RAM, além do recurso RAM Boost, que utiliza inteligência artificial para alocar memória extra conforme a demanda. O usuário também pode configurar manualmente entre 2 e 16 GB de RAM virtual. O armazenamento interno possui única versão com 256 GB.
Apesar da boa quantidade de memória e da promessa de otimização com IA, o Edge 60 Fusion apresentou retrocesso no nosso teste de velocidade multitarefa, recarregando alguns apps ao alternar entre eles. Isso é decepcionante, considerando que muitos concorrentes mantêm desempenho mais estável nesse cenário.
Nos benchmarks, o desempenho também foi modesto. O aparelho alcançou em média 650 mil pontos no AnTuTu, número que o posiciona atrás de outros modelos com variações do mesmo chipset da MediaTek.
Em jogos, o Edge 60 Fusion teve bom desempenho. Call of Duty Mobile rodou com qualidade gráfica em Muito Alta e taxa de quadros também em Muito Alta, com anti-aliasing e demais efeitos ativados. Já em PUBG Mobile, foi possível jogar com gráficos em HDR e taxa de quadros em Ultra, embora sem opções extras como filtros ou suavização de serrilhado.
A Motorola foi mais generosa na capacidade de bateria nesta geração. O Edge 60 Fusion traz uma célula de 5.200 mAh, que, embora não chegue aos níveis de alguns modelos mais básicos da marca, garante autonomia confortável para mais de um dia de uso com facilidade.
Em nossos testes práticos, que incluíram uso de redes sociais, navegação na internet, vídeos, músicas e jogos casuais, o aparelho alcançou média de 38 horas longe da tomada. Esse resultado representa um avanço considerável em relação ao antecessor e coloca o modelo acima da média da categoria.
O carregador TurboPower de 68W acompanha o aparelho e mantém o bom desempenho da geração anterior em tempo de recarga. A carga completa leva menos de 50 minutos, o que é ótimo considerando a bateria de maior capacidade.
Em apenas 15 minutos na tomada, o Edge 60 Fusion recupera cerca de 39% da carga. Com 30 minutos, já chega a aproximadamente 76%, o que garante várias horas de uso moderado sem preocupação.
O conjunto de câmeras segue o mesmo da geração anterior. Temos um sensor principal de 50 MP com estabilização óptica e uma ultra-wide de 13 MP com foco automático, que também serve para fotos macro. A Motorola incluiu ainda um sensor de cintilação, que ajuda a reduzir distorções sob luz artificial, com calibração feita em parceria com a Pantone.
As fotos da câmera principal apresentam cores vibrantes, bom nível de nitidez e contraste um pouco mais elevado. Há um toque de nitidez artificial no pós-processamento, mas o resultado geral agrada. É possível escolher entre dois estilos de imagem: Natural e Aprimorado.
O modo de 50 MP parece apenas fazer um upscale da imagem, com artefatos visíveis. Por isso, o ideal é manter o modo padrão. Já o zoom de 2x, feito por recorte digital, apresenta perda de qualidade. Algumas imagens saem borradas e com artefatos visíveis, especialmente em vegetações e áreas de fundo.
A lente ultra-wide entrega um bom equilíbrio entre cor, contraste e nível de detalhe, embora com alcance dinâmico mais limitado que o sensor principal. Ainda assim, está entre as melhores do segmento. Há algumas áreas suavizadas e excesso de nitidez em alguns pontos, mas o foco automático ajuda a obter boas capturas tanto em cenários amplos quanto em modo macro.
À noite, as fotos da câmera principal mantêm boa nitidez e nível de detalhes, mesmo com sombras um pouco claras e cores ligeiramente saturadas. Já a ultra-wide entrega imagens decentes, com cores discretas, bom contraste e alcance dinâmico adequado. A temperatura de cor pode variar, mas, no geral, o desempenho noturno é satisfatório para a categoria, mesmo sem grandes avanços em relação à geração anterior.
A câmera frontal de 32 MP faz boas selfies. O sensor mantém as cores naturais, com amplo alcance dinâmico e bom nível de detalhes. O uso de nitidez artificial é perceptível e pode realçar imperfeições, especialmente em ambientes com luz mais limitada, mas, no geral, o desempenho agrada.
A filmadora grava em 4K a 30 fps com a câmera traseira e frontal. A qualidade agrada, apesar de perder bastante da nitidez em locais com luz mais precária. A estabilização funciona bem ao entregar vídeos estáveis. O foco automático é ágil e a captura de som estéreo tem boa qualidade.
O Edge 60 Fusion sai de fábrica com o Android 15 sob a interface Hello UI. Para quem já usou celulares da Motorola, a navegação será familiar, com a promessa de 3 atualizações de sistema e 4 anos de pacotes de segurança.
A interface não traz grandes mudanças visuais em relação ao Android 14 ou à versão anterior da Hello UI, mas agora inclui novos recursos baseados em inteligência artificial.
Além da integração com o Gemini do Google, a Motorola também oferece o Moto AI, um assistente próprio acessível de qualquer lugar do sistema. É possível ativá-lo com dois toques na traseira do aparelho, pelo botão de energia ou usá-lo pela barra de atalhos sempre visível na gaveta de apps.
O Moto AI pode resumir notificações, gravar, transcrever e resumir conteúdos da tela, salvar imagens, anotações e criar imagens do zero. Ele também responde a comandos relacionados ao uso do aparelho, como ajustes rápidos ou buscas.
O destaque fica para o Smart Connect, conjunto de funções que permite espelhar, transferir arquivos e controlar outros dispositivos da Lenovo e Motorola, além de PCs com Windows 11. É possível usar o celular como trackpad, teclado ou até projetar jogos e apps em TVs ou monitores.
Com o Android 15, o Smart Connect ganhou integração por comandos de voz, permitindo ações como espelhar a tela, buscar arquivos em todos os dispositivos conectados ou estender o conteúdo do celular para o PC apenas com a voz.
Também há o recurso Acesso Rápido, ativado com dois toques na traseira. Ele pode ser configurado para abrir um app, controlar músicas, alternar entre telas ou Moto AI. Os clássicos gestos da Motorola continuam, como o movimento de sacudir para ativar a lanterna e o giro de pulso para abrir a câmera.
O Edge 60 Fusion é um dos melhores intermediários com chip Dimensity 7300, mas enfrenta rivais fortes. O Poco X7 tem tela mais brilhante com Dolby Vision, desempenho multitarefa superior e fotos mais vibrantes, enquanto o Edge entrega melhor autonomia, recarga mais rápida e selfies superiores.
O realme 13 Plus aposta no design marmorizado, mas tem proteção contra água inferior. Sua tela alcança brilho semelhante, enquanto o som é menos potente. Ele oferece desempenho mais ágil e recarga rápida, embora com autonomia menor. O conjunto de câmeras é mais simples, mas também garante boas selfies.
Seu custo-benefício é interessante, apesar do pouco avanço entre gerações
Embalagem traz apenas o básico e incluiu um carregador com potência de 68W
O Edge 60 Fusion é um celular grande com traseira com textura e bordas curvas que ajudam na pegada
Vem com a nova interface mais organizada que traz animações sobre os recursos e melhorias por IA
Tela tem ótimo brilho e cores, com suporte a HDR10+; som entrega boa potência e qualidade
O Edge 60 Fusion traz poucos avanços, mas ainda continua sendo um bom celular intermediário premium
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