06 Julho 2022
O Moto G 5G Plus chamou a atenção dos brasileiros por contar com conjunto completo e estar preparado para a nova geração da internet móvel sem cobrar uma fortuna. Meses depois de seu lançamento, eis que temos a versão mais simples que deixa de lado algumas câmeras, traz chip menos potente e abandona a tela de 90 Hz. Será que o Moto G 5G também é um celular bacana ou a Motorola capou demais tornando o aparelho pouco interessante? Vamos descobrir.
De cara já se percebe que o Moto G 5G é um celular mais simples. Ele não tem dupla câmera de selfies e seu único furo fica centralizado, sendo um pouco mais compacto que a variante Plus, porém é mais largo e pesado.
O leitor biométrico segue o padrão mais tradicional da Motorola e fica na traseira onde está localizado o logo da marca. Aquele flash gigante da versão Plus foi trocado por um convencional e menos potente que rouba o lugar da quarta câmera.
Seu corpo é feito todo em plástico com acabamento brilhante e pode ser encontrado nas opções preta ou prata. Ele tende a riscar com facilidade, mas a Motorola manda uma capinha de brinde na caixa.
O design do Moto G 5G não impressiona. Suas bordas são mais largas que alguns intermediários de outras marcas e o furo grande da câmera pode causar distração. Pelo menos ele não deixa tecnologias importantes de lado e temos NFC e tudo o que se espera de um aparelho desse porte.
O Moto G 5G vem em embalagem escura com o nome do aparelho grafado em verde. Além do celular você encontrará:
- Carregador TurboPower de 20W de potência
- Cabo USB no padrão C
- Fone de ouvido
- Capinha de silicone
- Chavinha para abrir gaveta do SIM
- Guia do usuário
De cara já se percebe que o Moto G 5G é um celular mais simples. Ele não tem dupla câmera de selfies e seu único furo fica centralizado, sendo um pouco mais compacto que a variante Plus, porém é mais largo e pesado.
O leitor biométrico segue o padrão mais tradicional da Motorola e fica na traseira onde está localizado o logo da marca. Aquele flash gigante da versão Plus foi trocado por um convencional e menos potente que rouba o lugar da quarta câmera.
Seu corpo é feito todo em plástico com acabamento brilhante e pode ser encontrado nas opções preta ou prata. Ele tende a riscar com facilidade, mas a Motorola manda uma capinha de brinde na caixa.
O design do Moto G 5G não impressiona. Suas bordas são mais largas que alguns intermediários de outras marcas e o furo grande da câmera pode causar distração. Pelo menos ele não deixa tecnologias importantes de lado e temos NFC e tudo o que se espera de um aparelho desse porte.
Sua tela tem o mesmo tamanho do Moto G 5G Plus. A tecnologia é a mesma IPS LCD com suporte a HDR10. A diferença está na taxa de atualização, sendo apenas 60 Hz no mais barato. O brilho máximo não chega ao nível da variante Plus, mas o contraste não decepciona e a tela do Moto G 5G consegue reproduzir cores vívidas e bom nível de preto.
O HDR é limitado e funciona apenas com vídeos no YouTube, então não espere muito da experiência multimídia com este aparelho. E como esperado pela Motorola, a calibração padrão tende muito para tons frios, mas isso pode ser minimizado ao optar pelo perfil Natural nas configurações de tela.
A variante Plus decepciona em som e o mesmo se aplica ao Moto G 5G. Seu único alto-falante na parte inferior entrega potência mediana e carece de graves e médios. Pelo menos terá som limpo com vozes sem distorção ao assistir vídeos. O fone que vem na caixa é o mesmo dos demais intermediários da Motorola e entrega bom conforto e qualidade decente de áudio.
Agora é que vem a primeira surpresa: o Moto G 5G acabou superando a variante Plus em nosso teste de desempenho, mesmo que tenha um processador mais lento e quantidade inferior de RAM. Como isso é possível? Não é de hoje que a Motorola vem pecando no gerenciamento de RAM e vários da marca acabam encerrando os apps em segundo plano, o que não foi o caso deste.
Isso também se repetiu em benchmarks e o Moto G 5G conquistou pontuação superior no AnTuTu chegando a 10% de diferença. Em testes gráficos vimos a versão Plus ficar um pouco à frente devido à GPU mais potente. Isso também se reflete em jogos?
Todos os games que testamos rodaram suave no Moto G 5G. No PUBG é possível jogar na resolução HD Alta, no Asphalt 9 não tivemos congelamentos como vem acontecendo com diversos celulares e Call of Duty chegou próximo dos 60 fps. A vantagem da variante Plus está na tela de 90 Hz que permite rodar alguns jogos acima de 60 fps.
O que perdemos em câmera? Na traseira foi removida a câmera dedicada para desfoque, que honestamente não faz a menor falta. A macro foi mantida, porém a resolução caiu para apenas 2 MP, pelo menos o foco continua automático. Já na frontal sai a secundária com lente ultra-wide. Está é bem mais útil, mas a qualidade não era lá essas coisas no Moto G 5G Plus.
Como a principal é a mesma do modelo mais caro, a qualidade fotográfica acaba sendo similar e vemos até as mesmas limitações com um pouco de ruídos nas sombras e falta de nitidez nas bordas das fotos. Ainda assim, o Moto G 5G registra ótimas fotos e não decepciona diante os rivais na mesma faixa de preço, especialmente à noite quando o seu eficiente modo noturno entra em ação.
Modo noturno
O mesmo podemos dizer da ultra-wide que entrega mesma qualidade fotográfica entre os dois aparelhos. Você consegue registrar mais dos cenários com perda aceitável de nitidez, mas mantendo as cores vibrante e o contraste dentro da média. O problema dessa câmera é que ela sofre bem mais em locais escuros e não possui suporte ao modo noturno para ajudar a salvar as fotos da escuridão.
Principal | Ultra-wide
A câmera macro permite chegar bastante perto do que deseja fotografar, graças ao foco automático. É uma pena que a Motorola tenha reduzido a resolução pois acabou comprometendo o nível de detalhes, mas ainda assim é possível registrar boas fotos.
Macro
As selfies apresentam um pouco de suavização, o que indica que o pós-processamento está mais agressivo do que deveria, mas as fotos apresentam tom natural de pele e boa iluminação mesmo ao tirar fotos de costas para uma janela. A frontal do Moto G 5G não sofre tanto à noite quando há uma boa fonte de luz por perto, mas em locais mais escuros perde bastante nitidez. Pelo menos o modo noturno ajuda bastante nestes casos. O modo retrato apresenta erros consideráveis e já vimos melhores neste segmento.
Selfies
A filmadora grava em 4K com a principal, Full HD com ultra-wide e apenas HD com a macro. A qualidade das filmagens é boa com cores próximas das que temos nas fotos. O foco é um pouco lerdo, mas a estabilização eletrônica lida bem com os tremidos. A captura de áudio é limpa e reduz bastante os ruídos do ambiente.
A bateria de 5.000 mAh do Moto G 5G dura muito e você precisará recarregá-la apenas a cada dois dias. Ela tem o mesmo tamanho do outro modelo, mas como a tela não é de 90 Hz, o consumo acaba sendo menor a autonomia fica entre as melhores de todos que testamos.
Já o tempo de recarga não empolga tanto e é preciso esperar mais de 2 horas para ter a bateria recarregada. Pelo menos com 1 hora de carga terá 74% para usar, o que é suficiente para um dia inteiro. Uma carga rápida de 15 minutos recupera 21% de bateria.
A parte de software é idêntica ao Moto G 5G Plus. Este também sai da caixa com Android 10 com poucas modificações por parte da Motorola. Há os gestos de ativar a câmera ao girar o aparelho ou ligar a lanterna ao sacudi-lo.
Motorola inclui também alguns controles voltados para jogos, mas nada importante que turbine a jogatina ou ajude a medir o fps. Apenas temos algumas opções para bloquear notificações e reduzir distrações ao jogar.
É possível controlar suas músicas usando o botão de volume quando a tela está apagada. Ao apenas apertar o volume pulará para a próxima faixa e ao segurá-lo avançará na mesma faixa.
Vale investir na variante Plus ou o Moto G 5G tem melhor custo-benefício? Você economiza em média R$ 300 e não perderá nada relevante, exceto pela tela de 90 Hz. Pelo menos em troca terá bateria que dura mais e desempenho mais ágil no multitarefas. Sem falar que os dois entregam mesma qualidade em fotos e vídeos.
E contra o M51? O intermediário da Samsung custa quase o mesmo preço e entrega melhor tela, bateria que dura mais e recarrega mais rápido, além de corpo mais compacto com bordas mais finas. Ele também fica um pouco à frente em câmera, especialmente em cenários mais escuros.
Mas se você busca uma alternativa que também tenha 5G, há o Mi 10 Lite da Xiaomi. O problema é que a MIUI carece ainda mais de otimização e o intermediário chinês come poeira no multitarefas. A bateria do Mi 10 Lite rende menos, porém leva quase metade do tempo para recarregar. Em câmera temos qualidade similar entre os dois.
Pontos fortes
- Boa tela IPS LCD
- Bom desempenho
- Bateria dura muito
- Boas câmeras com modo noturno eficiente
Pontos fracos
- Qualidade sonora
- Tempo de recarga
- Foco poderia ser mais ágil
Custo-benefício atrativo apenas para quem prioriza ter celular 5G agora
Embalagem traz capinha e fone de ouvido
É um celular grande e escorregadio; pelo menos vem capinha na caixa
É o mesmo Android quase puro com alguns truques e customização limitada
Tela tem brilho decente, mas experiência sonora poderia ser melhor
O Moto G 5G é uma boa opção para quem busca um celular 5G acessível, mas perde para rivais 4G
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Motorola Moto G 2020