
24 Outubro 2016
Enfim, este é o primeiro smartphone que nasceu da união entre Google e Motorola. Um celular que não é o mais parrudo do mercado, mas que conseguiu uma atenção bastante grande para sua produção, principalmente para a forma como ele é vendido - por enquanto, apenas nos Estados Unidos. Escolher cada detalhe do aparelho, é incrível. E ele também é, por si só. Dentro, temos um processador Snapdragon S4 Pro de dois núcleos rodando a 1.7 GHz, sendo que há mais processadores para funções específicas, como o comando de voz - ao total são oito núcleos, sendo dois para o CPU, quatro para a GPU e mais dois para sensores. A memória RAM é de 2 GB e há 16 GB de espaço interno.
A caixa é bastante minimalista e apresenta uma nova cara da Motorola. Não há foto do aparelho e nem muitas informações. Só o nome do modelo, logo da empresa e mais nada. Ao abrir a embalagem, encontramos uma espécie de cama segurando o celular e ligeiramente acima das bordas, uma embalagem menor com manual de instrução, cabo de dados microUSB, fone de ouvido muito simples e de qualidade baixa (quando levamos em conta o valor do smartphone), chave para abertura da gaveta do nano-SIM e um carregador de tomada com duas portas USB (!!!!!).
É a primeira vez que vemos algo do tipo. É o tipo de acessório que salva a vida, já que é possível carregar o Moto X e outro aparelho ao mesmo tempo, na mesma tomada. Nota 10 Motorola, mas nem tanto, pois o fone de ouvido poderia ser melhor.
Diferente do que a própria Motorola seguiu durante a linha Razr de smartphones, este gadget conta com curvas e nenhum ângulo reto. Ele encaixa bem nas mãos e tem uma cara que lembra - bastante - o Nexus 4, só que com bordas menores nas laterais da tela e sem o LED de notificações na parte inferior do vidro. A tela é de 4,7 polegadas em um corpo que é pouquíssima coisa maior que um iPhone 5 - o que deixa claro o ótimo aproveitamento de tela utilizado pela Motorola. A resolução é de 1280 x 720 pixels com densidade de 312 pixels por polegada. Ainda na frente, encontramos sensores diversos e uma câmera frontal de 2 megapixels que filma em Full HD.
Na lateral esquerda temos somente a bandeja para o cartão nano-SIM.
Do outro lado, botões para volume e para ligar e desligar o dispositivo e sua tela.
Abaixo, temos apenas uma entrada microUSB.
Acima, o microfone secundário e uma entrada para fones de ouvido no padrão 3,5 milímetros.
A parte traseira entrega uma textura bastante confortável e plástico que não passa a impressão de que o aparelho é de baixa qualidade. Ele é rígido e firme. No mesmo local encontramos um LED para flash e a câmera de 10 megapixels que filma em Full HD. A bateria não é removível, sua capacidade é de 2200mAh que promete o uso durante um dia inteiro e um pouco mais, graças a melhorias no Android e alguns ajustes - como a tela AMOLED, que ajudam na economia de energia.
O Active Display é uma destas formas de economia de energia. A tela apenas exite informações necessárias e na menor quantidade possível de detalhes. Como a tela é de AMOLED, apenas o local onde o texto está inscrito é iluminado. O resultado é uma tela de bloqueio belíssima e que ajuda na economia de energia.
O aparelho conta com curvaturas bastante confortáveis, que fazem o smartphone encaixar perfeitamente nas mãos. O plástico que está na parte traseira é fosco e sem brilho, o que aumenta a aderência nas mãos e impede qualquer sensação de que o gadget vai cair. Por conta da curvatura natural, ele não fica firme em uma superfície lisa - não vai cair e nem escorregar, mas não vai ficar parado.
Suas dimensões são: 129 milímetros de altura, por 65,3 milímetros de largura e 10,4 milímetros de espessura. Tudo isso está junto de 130 gramas. É bastante leve e fino para ficar confortável e não marcar bolsos de calças jeans, até das mais apertadas. O aproveitamento de tela é tão grande, que mesmo com um display de quase 5 polegadas, a operação de toda a parte frontal pode ser feita apenas com uma mão.
Assim como já estava acontecendo com a Motorola nos últimos lançamentos da marca, o Android por aqui é o mais puro que você pode encontrar, que não é um modelo Nexus. Há duas grandes razões para a felicidade nesta constatação: o sistema operacional roda melhor (pois tem menor quantidade de processos para pensar, de ferramentas para fazer funcionar ao mesmo tempo) e há um consumo menor de energia (o processador não precisa pensar em mil coisas, entende?). A tela inicial é basicamente a mesma que você encontrará em um Nexus, com a diferença em alguns widgets que a própria Motorola criou - e eles são menores e mais simples do que os anteriores, do ano passado.
Ao todo são cinco telas iniciais que não podem ser removidas, ou crescer em número. O Android está tão limpo por aqui, que não há modificações nem na barra de notificações, que exibe apenas notificações e não entrega nenhum atalho especial. Para os atalhos, é só puxar com dois dedos a mesma barra - assim como acontece nos Nexus.
As adições da Motorola ficam por conta de sensores e de processadores que entendem o português. Um deles faz com que o assistente de voz do aparelho fique ligado o tempo todo, respondendo algumas questões.
Infelizmente ele apenas pode acionar alguns comandos em nosso idioma, como ajustar o GPS para um endereço específico, ou ler uma mensagem enquanto estiver dirigindo. Além disso, é possível perguntar a previsão de tempo, ligar para alguém ou então verificar as chamadas perdidas e que ficaram com mensagens no correio de voz. Mais nada, nada de abrir app ou responder - com voz alta - quem é o presidente do Brasil. Estas respostas são exatamente as mesmas que qualquer Google Now entrega em iOS e Android. Tudo em texto, nada em voz.
De fábrica a Motorola apenas trouxe três aplicativos. Um deles permite a migração de mensagens de texto, histórico de ligações, contatos, músicas e configurações de um Android para o outro. O app é chamado Migração Motorola e funciona em qualquer Android. Basta ler o código QR gerado por um e o sistema faz toda a transição de informações.
O outro app é o QuickOffice completo. Ele permite a criação e edição de documentos do Word, planilhas do Excel, apresentações do PowerPoint e também textos e imagens em PDF. Há acesso direto ao Google Drive, o que facilita na hora de compartilhar algum documento salvo.
Por fim, o terceiro app é chamado de Assist. Este app substitui o Smart Actions, mas entrega menos recursos. Ele faz com que o aparelho fique no modo silencioso durante seu sono, ou que ative o viva voz, leia mensagens de texto e reproduza uma música escolhida enquanto estiver dirigindo, ou então silencia o dispositivo automaticamente e envia uma mensagem de texto enquanto uma reunião estiver marcada na agenda do Google. Tudo automático.
O navegador padrão por aqui é o Chrome, que traz todas as funcionalidades que estão em outros dispositivos, mesmo em iOS. Ele permite a sincronia de abas, histórico e outros dados entre aparelhos. Permite navegação em abas e o desempenho do carregamento das páginas é bastante satisfatório, com a renderização da página em muito menos de que um segundo.
A placa gráfica que está neste dispositivo é a mesma que está no Galaxy S4, com a diferença de dois núcleos para o processamento e não quatro. Este detalhe não baixa a qualidade gráfica do gadget, já que o que conta para games é mesmo a GPU e não tanto assim para a CPU - com a vantagem da Motorola consumir muito menos energia, pois dois núcleos gastam menos do que quatro. A GPU é uma Adreno 320, capaz de rodar games pesados sem reclamar e sem engasgar.
O player de música é o do próprio Google, sem qualquer adição. A vantagem dele é o acesso ao Google Music, que ainda não está disponível no Brasil. Se você tem uma conta, é só registrar o aparelho e realizar o stream das canções diretamente no dispositivo.
O tocador de vídeos é capaz de reproduzir arquivos em até 1080p, sem qualquer problema. O único porém é que não há player de vídeo, sendo que esta função é exercida pela galeria de fotos do Android. Testamos o vídeo nele, em Full HD e a reprodução aconteceu sem qualquer interrupção.
O sensor de imagens o Moto X é bem bacana, mas não é o melhor do mercado. Ele ainda fica atrás de alguns modelos da Sony e do iPhone 5, por exemplo. As fotos contam com até 10 megapixels de resolução, que podem contar com ajuda do HDR para melhorar o resultado final da imagem. Infelizmente não é possível tocar para focar, sem tirar uma foto. Os controles são bem simples de entender e estão localizados no canto esquerdo do display. Basta puxar para o lado oposto e eles são exibidos.
A qualidade geral de imagens é ótima quando há muita luz, mas em ambientes mais escuros a quantidade de granulado na foto é grande - mesmo com o HDR ligado. Os vídeos podem ser filmados com até 60 quadros por segundo em resolução de 720p e 30 quadros por segundo em 1080p. Os 60 quadros por segundo garantem vídeos quatro vezes mais lentos do que o tradicional do smartphone, um recurso muito bom para imagens mais artísticas. A qualidade final das imagens é semelhante ao que encontramos nas fotos. Boas em boas condições de luz e não tão bacana em baixa quantidade de luz.
Um dos recursos de movimento e gestos do Moto X está presente aqui. para acionar a câmera, basta agitar o smartphone e imagens podem ser capturadas. Nada de entrar no menu, ou apertar botões. Basta agitar.
Pontos fortes
Pontos fracos
Desempenho de um top de linha, com custo de um degrau abaixo.
Carregador com duas entradas USB, tudo organizado. Poderia trazer um fone de ouvido de melhor qualidade
Confortável nas mãos e anatômico.
Falta de customização deixa a experiência um pouco complicada para novatos.
Faltou um player de vídeo.
Esta é a melhor opção em sem valor. É o primeiro smartphone que nasce da Motorola com o Google e é uma ótima pedida.
Onde Comprar
As melhoras ofertas para o Motorola Moto X 2013