O realme 11 Pro Plus é o modelo mais avançado da fabricante chinesa a chegar ao mercado nacional em 2023. A novidade estreou por aqui no meio do ano com a proposta de bater de frente com os mais avançados em câmera, mas cobrando menos por isso. Como destaque temos um poderoso sensor de 200 MP com grande foco em zoom. Será que ele se destaca no segmento? Vamos conferir o que o realme 11 Pro Plus tem a oferecer.

O realme 11 Pro Plus vem em embalagem amarela com o nome do modelo na tampa, mas sem ilustração do aparelho. Além do celular, você recebe os seguintes acessórios:

• Carregador de 100W
• Cabo USB no padrão C
• Chavinha para a gaveta do cartão SIM
• Capinha de silicone
• Guia do usuário

Um dos maiores pontos de destaque do realme 11 Pro Plus é o seu design. Enquanto o mercado está saturado de celulares retos com corpo de plástico ou traseira em vidro, o modelo chinês vem com visual sofisticado desenhado por Matteo Menotto, ex-designer da Gucci que busca incorporar a estética da moda urbana de Milão.

Temos duas opções de cores: a mais clara com tom dourado que busca representar o nascer do sol em contraste com os edifícios da cidade. Já este que testamos, que recebe o nome Oasis Green, tem a proposta de representar a harmonia entre a cidade e a natureza. O realme 11 Pro Plus também foi lançado em modelo mais simples na cor preta.

Enquanto o modelo preto tem traseira lisa feita em plástico, as outras duas cores apostam em acabamento estilo couro vegano com textura no centro que imita um zipper. Isso alinhado com a aparência de costura nas bordas e ao redor da câmera, passa a elegante sensação de inspiração na moda urbana.

O conjunto fotográfico fica agrupado em aro gigante que lembra alguns celulares da Huawei. Temos três sensores alinhados horizontalmente, enquanto o flash fica no topo. O bloco saltado é preto na parte das câmeras e traz um aro menor metalizado com tom similar às laterais do aparelho. E claro que a realme não deixaria de estampar na traseira que seu celular traz um sensor de 200 MP.

Por mais que o realme 11 Pro Plus exale requinte, o seu corpo ainda é feito em plástico nas laterais, mas vem com pintura metálica para casar com a sensação premium que todo o conjunto tenta passar. As bordas são curvas na traseira e frontal, passando bom conforto ao manusear o celular.

As bordas são finas com bom aproveitamento frontal. A câmera de selfies fica em furo centralizado no topo. O sensor biométrico vem incorporado à tela e responde bem e de forma ágil. Na parte inferior encontramos a gaveta que permite usar dois chips, mas nada de slot microSD. Também fica devendo uma entrada padrão para fones de ouvido.

Em conectividade temos Wi-Fi de sexta geração, Bluetooth 5.2, NFC e 5G.

O realme 11 Pro Plus vem com tela de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz. O painel AMOLED adotado é capaz de reproduzir mais de 1 bilhão de cores, tem sensor de toque que responde a 360 Hz para menor latência e a oscilação de brilho é menor que outros do segmento, o que resulta em menor fadiga visual.

O nível máximo de brilho está a par de muito celular topo de linha, garantindo boa visibilidade mesmo em dias ensolarados. Há suporte a HDR10+ para curtir filmes e séries nos serviços de streaming, mas ficou devendo Dolby Vision como temos em alguns intermediários premium chineses.

Há quatro perfis para escolher a calibração de cores com o Vívido e Brilhante sendo os mais saturados, enquanto o Cinemática e o Natural trazem uma calibração mais próxima do ideal. A taxa de atualização vem no modo automático que analisa cada app usado para saber a frequência ideal, enquanto na opção Alta terá fluidez superior a todo momento.

Há um alto-falante na parte superior do aparelho, mas ele também usa o alto-falante de chamadas como canal secundário. A terceira saída de som fica na parte inferior para complementar a experiência estéreo. A potência máxima não chega a ser um destaque e fica até um pouco abaixo de outros da linha.

Pelo menos temos áudio de ótima qualidade com bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. Os graves saem bastante nítidos sem ofuscar os vocais como acontece em celulares com alto-falantes pequenos.

O realme 11 Pro Plus vem equipado com Dimensity 7050, um novo chip da MediaTek que na verdade é o Dimensity 1080 renomeado e que vem com especificações um pouco melhores que o modelo 920 da mesma linha. Neste modelo temos 12 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento.

O novo alcançou o mesmo desempenho do antecessor em nosso teste de velocidade, o que já era esperado considerando que o antigo vem com hardware similar. Apesar disso, até que ele alcançou pontuações maiores em alguns benchmarks comparado a outros com Dimensity 1080, como no caso do AnTuTu que tivemos 460 mil pontos registrados.

A GPU é a Mali-G68 com quatro núcleos gráficos que garantem bom desempenho em jogos. No Call of Duty na qualidade alta com tudo ativado não vimos problema de lentidão. No PUBG é possível jogar com boa fluidez em HDR e taxa de quadros no ultra.

A bateria traz 5.000 mAh, um tamanho padrão para o segmento, mas será que rende bem nesse hardware renomeado da MediaTek? Tivemos rendimento de 25 horas em nosso teste padronizado que simula uso moderado com apps populares e alguns jogos.

Essa é uma boa autonomia e apesar de não se destacar no segmento, fica acima de alguns rivais. Em uso mais leve sem jogos deverá ter bateria para mais de um dia tranquilamente, o que é mais que suficiente para muitos.

Na caixa temos um carregador SuperVooc de 100W que enche totalmente a bateria em 50 minutos. Pela potência poderia ser um pouco mais rápido, mas temos 22% recuperados em 15 minutos e quase 60% com meia hora na tomada, o que já garante mais de 10 horas de uso.

O contraste é um pouco exagerado e acaba matando os pequenos detalhes das sombras. A faixa dinâmica poderia ser mais ampla e com o HDR pouco eficiente temos fotos escuras quando há excesso de luz de fundo.

Vale a pena fotografar na resolução máxima de 200 MP? Você terá imagens mais nítidas em troca de arquivos que podem chegar a ser até 20 vezes maiores comparado ao modo padrão que comprime 16 pixels em um. Também é possível registrar fotos em 50 MP, mas em todas as opções temos cores e contraste similares.

Padrão | 200 MP

Não há uma câmera teleobjetiva para zoom óptico, mas a realme promove o 11 Pro Plus com grande capacidade para fotografar o que está distante. Com o zoom digital em 2x é feita uma captura com recorte central que garante uma imagem nítida. Com o zoom em 4x é usada a resolução máxima de 200 MP antes do recorte ser feito, mas aqui já vemos uma queda maior no resultado final.

Zoom 2x | Zoom 4x

O desfoque de cenários é feito via software usando a câmera principal. O resultado final é bom em cenários mais simples e apresenta erros mais constantes em locais mais complexos. A câmera macro é a mais fraca do conjunto; não espere por fotos nítidas diante o sensor de baixa resolução.

Desfoque

Macro

A ultra-wide é uma bela surpresa. Apesar de ter sensor simples, ela registra boas fotos e não sofre em locais com iluminação precária. As cores e contraste ficam a par da câmera principal e há suporte a modo noturno para fugir de ruídos e texturas de má qualidade. Claro que a principal ainda é melhor para fotografar à noite, mas o conjunto manda bem neste ponto.

Noturno

Na parte frontal temos uma câmera de 32 MP com sensor IMX 615 da Sony, mas diferente de outros com sensor de mesma resolução, este aqui não comprime quatro pixels em um por padrão.

A boa notícia é que cada selfie não ocupa muito espaço do armazenamento, já que o software exagera no pós-processamento e acaba matando pequenos detalhes, além de entregar imagens com contraste abaixo da média. As fotos noturnas não sofrem com ruídos e temos boas selfies para a categoria.

Selfies

A filmadora grava em 4K com a traseira e Full HD com a frontal. A qualidade dos vídeos é ótima mesmo à noite. Há estabilização óptica na principal e eletrônica nas demais. Também há uma versão mais avançada, mas que limita as filmagens a no máximo Full HD com a câmera de 200 MP. Em todas temos bons resultados com foco ágil e captura de som estéreo de boa qualidade.

O software é baseado no Android 13 e modificado pela interface Realme UI 4.0. A fabricante normalmente promete duas atualizações do robozinho e até três anos de updates de segurança para esta linha.

O sistema flui bem e por padrão usa 4 GB do armazenamento para expandir a RAM, sendo possível roubar até 12 GB da memória interna para ter 24 GB no geral para usar muitos apps e jogos ao mesmo tempo.

Há medidor de batimentos cardíacos integrado ao leitor de digitais. Você pode adicionar atalhos para seus apps mais usados que aparecem ao lado do leitor biométrico quando desbloquear a tela. Há também a barra lateral inteligente para ter mais atalhos dos que usa com frequência e acessá-los de qualquer tela.

O realme 11 Pro Plus é melhor do que o Redmi 12 Pro Plus que também vem com câmera de 200 MP? O realme se destaca em nitidez e modo noturno, já o da Xiaomi leva a vantagem em cores e contraste. Há uma boa disputa com o Redmi vencendo em tela e o rival ganhando em som. O mesmo acontece entre desempenho e bateria com o 11 Pro Plus se destacando no multitarefas e perdendo por pouco em bateria e tempo de recarga.

E o Edge 40 Neo, vale mais a pena? Ele também tem design caprichado e vem com certificação IP68 para proteção contra água. Sua tela de 144 Hz alcança maior fluidez e a parte sonora não decepciona perante o rival. O realme ganha em desempenho e bateria, enquanto o da Motorola se destaca em câmera ao fazer melhores fotos em alguns cenários, além de filmar em 4K com a frontal.

Pontos fortes

• Design elegante e diferente
• Boa tela AMOLED com brilho forte
• Som estéreo potente
• Faz boas fotos

Pontos fracos

• Poderia ter resistência à água
• Desempenho igual ao antecessor
• Bateria rende menos nessa geração
• Sensor de 200 MP é limitado pelo hardware