O Galaxy A73 é o intermediário mais avançado da Samsung a chegar ao Brasil na primeira metade de 2022. Visualmente, ele é muito parecido com o seu antecessor, mas por dentro traz novidades como uma tela com taxa de atualização superior, processador mais potente, câmera de 108 MP e suporte a 5G. Será que essas novidades são suficientes para deixar o lançamento atrativo? Vamos conferir.

O Galaxy A73 vem em embalagem similar à do A72. Ela é na cor branca feita de papel cartão. Além do celular você recebe:

• Carregador de 15W
• Cabo USB no padrão C nas duas pontas
• Manuais
• Chavinha para abrir gaveta do cartão SIM e microSD

Não foi dessa vez que a Samsung decidiu dar um tapa no visual e o A73 herda o mesmo design do seu antecessor. Na traseira temos uma parte mais elevada que abriga suas quatro câmeras e o flash em LED. O acabamento ainda é de plástico e agora vem em novas opções de cores como cinza e verde, enquanto mantém a branca de antes.

A Samsung reduziu o tamanho do seu novo intermediário premium sem comprometer a tela, graças às bordas que estão mais finas. O acabamento pode não ser tão premium como o de alguns modelos chineses na mesma faixa de preço, mas o plástico adotado é de boa qualidade e tem textura fosca que reduz o acúmulo de marcas de dedos, mas ainda deixa o celular escorregadio.

A má notícia é que a Samsung removeu a entrada padrão para fones de ouvido. Isso vai acabar irritando alguns interessados na novidade, mas por outro lado ajudou a deixar o celular mais fino sem comprometer a bateria. A certificação IP67 continua presente para oferecer proteção contra água e poeira.

Na parte inferior há apenas a entrada USB-C, o alto-falante e o microfone de chamadas. No topo temos o segundo microfone e a gaveta híbrida para dois chips e microSD. Do lado direito encontramos os botões de energia e volume, enquanto o leitor biométrico continua sob o painel, sendo o mesmo óptico da geração anterior. Ele responde bem e raramente falha.

Na parte de conectividade temos de novidade o Wi-Fi que agora é de sexta geração e o suporte a redes 5G. O Bluetooth continua 5.0 e o NFC segue presente.

A tela do A73 tem as mesmas 6,7 polegadas do antecessor, assim como a resolução Full HD que foi mantida. A novidade este ano fica para a taxa de atualização que subiu para 120 Hz e garante fluidez extra com as animações e até jogos mais leves rodando a até 120 fps.

O painel Super AMOLED adotado pela Samsung entrega brilho forte, cores vibrantes e amplo ângulo de visão. Pode não chegar perto do que é oferecido na linha S22, mas mostra um bom avanço comparado ao Galaxy A72.

O som estéreo é potente e possui boa qualidade sonora, apesar dos agudos ficarem estridentes quando o volume está no máximo e os médios passarem despercebidos. Se não abusar do volume terá uma boa experiência com filmes e jogos. Só é uma pena que a entrada padrão para fones tenha sido removida.

O hardware evoluiu do Snapdragon 720G para o Snapdragon 778G, o mesmo que equipa o Galaxy A52s. A memória é a mesma de antes, mas os 8 GB estão em melhor uso aqui no A73 que apresentou resultado muito melhor em nosso teste de velocidade focado no multitarefas.

Os números em benchmarks também cresceram significativamente e no AnTuTu temos o dobro da pontuação. Nos jogos também não há o que reclamar e o Galaxy A73 conseguiu rodar Call of Duty e PUBG na qualidade máxima com filtros ativados e entregando boa fluidez.

A bateria de 5.000 mAh é a mesma de antes e continua entregando boa autonomia, apesar de ter durado menos em nosso teste padronizado. A culpa está no painel de 120 Hz que consome mais energia para entregar fluidez superior. Caso você prefira ter mais bateria, só travar a tela em 60 Hz nas configurações.

A Samsung começou a remover o carregador da caixa de seus intermediários em alguns países, mas aqui no Brasil ainda temos o adaptador de 15W presente na embalagem e ele leva duas horas para recarregar completamente a bateria.

Uma carga rápida de 15 minutos recupera 16% da bateria e com 30 minutos é possível ter 31% de carga. O Galaxy A73 possui suporte a carregador de 25W e com o modelo mais potente terá uma redução média de 30 minutos no tempo de recarga total.

O Galaxy A73 é o primeiro intermediário da Samsung com uma câmera de 108 MP, mas não espere a mesma qualidade fotográfica do Galaxy S22 Ultra. A Samsung decidiu matar a câmera teleobjetiva e agora temos ultra-wide, macro e profundidade fechando o quarteto na traseira. A frontal é a mesma de 32 MP de antes.

A adoção de um sensor de maior resolução garante que mais detalhes sejam registrados, porém não é usado todo o potencial devido ao limite do Snapdragon 778G. Ainda assim temos ótimas fotos em detalhes, cores, contraste e nitidez. É notável ver que o software tenta reduzir ao máximo os ruídos sem matar tanto as partes mais escuras das fotos.

Principal | Ultra-wide

O A73 também é capaz de registrar boas fotos à noite, apesar de seu modo noturno não ser tão avançado quanto o da linha Galaxy S22. Aqui apenas temos um aumento no tempo de exposição para uma maior entrada de luz no sensor, o que resulta em fotos mais claras, mas que deixam as falhas mais evidentes.

Noturno

A ultra-wide mantém as cores da câmera principal, porém sofre com nitidez inferior nas bordas. De qualquer forma, a maior amplitude ao fotografar garante que você capture muito mais dos cenários sem comprometer o resultado final. Claro que à noite a queda na qualidade é consideravelmente maior, mas o modo noturno ajuda a dar uma minimizada.

Macro

Desfoque

A macro poderia ter foco automático para dar maior flexibilidade, então é preciso ter paciência para conseguir boas fotos. A troca da teleobjetiva pela de desfoque foi um retrocesso, já que o desfoque continua igual como antes, porém o zoom digital é inferior ao óptico.

Selfies

A filmadora não é capaz de gravar em 8K, mesmo que tenha sensor de 108 MP. Isso é uma limitação do processador, que também deixou 4K a 60 fps de fora. Você fica limitado a 4K a 30 fps tanto com a traseira quanto com a frontal. Há boa estabilização, enquanto o foco poderia ser um pouco mais ágil. A captura de som é estéreo e de boa qualidade.

O A73 sai da caixa com Android 12 e vai receber quatro atualizações do robozinho e cinco anos de updates de segurança. No entanto, a Samsung não vem garantindo atualizações mensais por aqui e o aparelho estava com patch dois meses atrasados quando testamos.

O sistema é o mesmo de outros intermediários da Samsung e vem bastante recheado de recursos sem comprometer o desempenho. Só não espere ver tudo que está disponível na linha Galaxy S, como é o caso do Samsung Dex que transforma monitores e TVs em estação de trabalho e está ausente no A73.

O Galaxy A73 é um celular intermediário bacana, mas será muito superior ao A52s? Os dois possuem muito em comum como o processador, a tela de 120 Hz, o som estéreo, e parte das câmeras. A diferença fica para a principal que tem resolução superior no A73 e captura fotos mais nítidas. A bateria maior garante algumas horas extras de autonomia, mas recarrega mais rápido no A52s.

O Edge 20 seria uma boa alternativa da Motorola com o mesmo Snapdragon 778G e tela de 6,7 polegadas, mas aqui com taxa de atualização de 144 Hz para fluidez superior. O da Motorola peca por não ter som estéreo ou resistência à água, mas também tem câmera de 108 MP e vem com teleobjetiva com zoom óptico e usa a ultra-wide para macros muito mais nítidas que o rival da Samsung.