O Galaxy M51 fez sucesso por ter bateria gigante de 7.000 mAh e agora temos o seu sucessor que chega trazendo conectividade 5G para a linha M, mas, infelizmente, a Samsung acabou cortando a bateria que era o seu grande diferencial. Será que esta mudança acaba com o destaque dessa linha ou o Galaxy M52 ainda é um celular com muitos atrativos? Vamos conferir.

O Galaxy M52 5G vem em embalagem similar a de outros lançamentos recentes da marca. Ela é na cor branca feita de papel cartão. Além do celular você recebe:

• Carregador de 15W
• Cabo USB no padrão C
• Manuais
• Chavinha para abrir gaveta do cartão SIM e microSD

Design não chega a ser um destaque no M52. Ele tem corpo todo feito de plástico com pequenas linhas na traseira, mas que não possuem textura para aprimorar a pegada. A Samsung também não se preocupou em fazer um aparelho colorido com efeito degradê ou cromático. Ele é encontrado apenas nas cores preta ou branca.

As laterais têm tom cinza e são levemente curvadas. A redução de bateria ajudou a deixar o novo modelo mais fino e leve, enquanto o tamanho é praticamente o mesmo de antes. A parte frontal não apresentou mudanças com relação ao antecessor e continua com furo central para a câmera de selfies e bordas relativamente finas. O bloco de câmeras ficou menor e mais discreto ao perder uma das câmeras.

O leitor biométrico fica na lateral direita integrado ao botão de energia. Ele funciona bem e reconhece rapidamente a digital. Ainda temos a tecla de controle de volume do mesmo lado, enquanto do lado oposto há a gaveta híbrida que permite usar dois chips ou um cartão de memória para expandir o armazenamento. No topo há apenas um microfone, enquanto temos um secundário na parte inferior ao lado da entrada USB-C e alto-falante.

Diferente do A52 5G que tem certificação IP67, este aqui não possui nenhuma resistência contra água ou poeira. Por outro lado, ele tem Wi-Fi de sexta geração que alcança velocidade superior. De resto é o mesmo esperado para a categoria, como Bluetooth 5.0 e NFC.

A tela segue com as mesmas 6,7 polegadas do modelo anterior, assim como a tecnologia do painel continua sendo Super AMOLED Plus, porém, agora temos taxa de 120 Hz para maior fluidez. O nível de brilho é alto e garante boa visibilidade em dias ensolarados. A calibração de cores não é das mais precisas, mas está dentro do esperado para um aparelho da categoria.

O que decepciona é que não há um modo automático de velocidade do painel. Você deve escolher entre 60 ou 120 Hz, diferente dos modelos mais avançados da Samsung que alternam a velocidade quando necessário para ajudar a economizar bateria.

A parte sonora fica por conta de apenas um alto-falante. Este é mais um celular intermediário da Samsung que decepciona por ter som mono, enquanto a Xiaomi vem investindo em som estéreo em aparelhos mais baratos. A potência sonora poderia ser melhor, assim como o equilíbrio entre graves, médios e agudos. O M52 não chega a se destacar em músicas, mas serve para ver filmes.

Este também é mais um celular da Samsung sem entrada padrão para fones de ouvido. A empresa começou a cortar este tipo de conexão nos modelos mais caros e agora vem fazendo o mesmo nos mais baratos. Também não vem fone de ouvido na caixa e nem adaptador.

O desempenho fica por conta da plataforma Snapdragon 778G com processador mais potente que o Snapdragon 730G do Galaxy M51. A quantidade de RAM não aumentou e ainda temos 6 GB para dar conta de segurar os apps e jogos abertos em segundo plano. Em nosso teste de velocidade não vimos uma evolução, mas o M52 entrega bom desempenho no multitarefas.

Em benchmarks temos um salto esperado entre as gerações com pontuações maiores em todos os testes. No caso do AnTuTu chegamos quase ao dobro da pontuação do M51. E jogos?

Rodamos Call of Duty e PUBG na qualidade máxima com filtros ativados e conseguimos boa fluidez. A tela de 120 Hz permite rodar jogos a 120 fps, mas não espere este nível de fluidez em todos.

Você deve estar curioso para saber como ficou a bateria no novo, afinal, este é o grande destaque do modelo anterior. Bem, vamos logo adiantar que a autonomia caiu bastante, e isso já era esperado com o corte de 2.000 mAh. Ainda assim, o M52 é capaz de render o dia todo sem dificuldade, mas talvez implore por carga no começo da noite ao usar a tela em 120 Hz e conectado ao 5G.

Apesar de o aparelho ter suporte a recarga de 25W, a Samsung manda na caixa um carregador mais fraco nesta geração com potência máxima de 15W e isso faz com que o M52 demore quase o mesmo tempo para recarregar, precisando de 1 hora e 43 minutos.

Com 15 minutos de carga temos 15% de bateria recuperados e 31% com meia hora na tomada.

O M52 traz conjunto triplo de câmeras com principal com sensor de 64 MP, secundária com 12 MP e lente ultra-wide e terciária com 5 MP e lente para macros. Sentindo falta de uma câmera? A dedicada para desfoque de fundo foi cortada do conjunto e veremos se fará falta. Na parte frontal temos o mesmo sensor de 32 MP de antes para selfies.

A câmera principal do M52 registra boas fotos sem exagerar na saturação. Há boa nitidez, balanço de branco próximo do ideal e contraste na medida.

Principal | Ultra-wide

A ultra-wide captura muito mais dos cenários sem comprometer tanto a qualidade. A nitidez e contraste são inferiores, mas ainda suficiente para garantir boas fotos para compartilhar nas redes sociais.

O M52 também faz boas fotos noturnas. Ele não sofre com ruídos e a nitidez não é tão comprometida. A ultra-wide está acima da média e não tem uma queda tão drástica na qualidade das fotos.

Macro

Desfoque

Não há câmera dedicada para zoom, apesar do atalho de 2x no app da câmera. Esse zoom é digital e não sacrifica tanto a qualidade de fotos diurnas, porém já sofre em locais mais escuros.

A câmera dedicada para macros não se destaca. Apesar de o sensor não ser tão fraco quanto o de outros intermediários, ele peca por não ter foco automático para permitir sechegar mais perto. O modo retrato apresenta falhas em cenários complexos e sofre ainda mais à noite.

Noturno

A frontal registra boas selfies de dia, mas apresenta suavidade acentuada em locais com luz precária. O modo retrato funciona bem e apresenta poucos erros. No geral, o M52 vai agradar a maioria em selfies.

Selfies

E a filmadora? O M52 grava vídeos em 4K com a traseira, ultra-wide e frontal. Há estabilização eletrônica que ajuda a reduzir os tremidos, mas poderia ser melhor. O foco é ágil e a captura de áudio está acima da média.

A Samsung antes diferenciava a linha Galaxy M da A com a sua interface One UI, mas o M52 vem com mesmo software do A52s e demais lançamentos recentes da coreana.

Temos aqui o Android 11 rodando por baixo da One 3.1. A empresa vem soltando o Android 12 com a One UI 4 para seus modelos top de linha, então ainda deve demorar para o M52 receber.

O pacote de segurança estava defasado alguns meses quando analisamos o aparelho, o que mostra que o M52 não é uma prioridade para a Samsung.

Decepcionado com a perda de bateria do M52? O Galaxy M62 tem imensa bateria de 7.000 mAh e rende quase o dobro do M52. Mas para ter tanta bateria você terá que abrir mão da tela de 120 Hz. Por outro lado, o M62 tem entrada para fone de ouvido, entrega mesmo desempenho e também tem boas câmeras.

Faz questão de celular 5G? O Galaxy A52 é outra ótima alternativa da Samsung. Ele foi mais lento em nosso teste multitarefas, mas sua bateria rende bem, também tem tela de 120 Hz e se destaca pela proteção contra água, som estéreo e entrada para fones.

Um grande rival do M52 é o Edge 20 da Motorola. Ele tem visual mais premium, tela de 144 Hz, desempenhou um pouco mais ágil e melhor câmera para macros. A bateria rende um pouco menos, mas recarrega muito mais rápido.