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LG K10

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral
Introdução e unboxing

A LG perdeu participação de mercado nos últimos anos e, aparentemente, em 2016 percebeu que precisava de um smartphone de médio custo e desempenho, capaz de cutucar seus concorrentes mais fortes - leia Moto G, a linha Galaxy A e também o brasileiro e muito bem acabado Quantum Go. O K10 é esta resposta, com design bastante bonito, vidro perigosamente curvado nas bordas da frente e um acabamento áspero, confortável e de boa pegada, na traseira. Ele vem com um processador MediaTek e um erro bem pesado para 2016: apenas 1 GB de memória RAM, cobrando o mesmo que seus concorrentes (ou mais) que entregam o dobro. Vale a pena? É o que vou explicar nas linhas abaixo.

A embalagem segue o mesmo padrão já adotado pela LG para modelos mais simples, o que significa uma caixa de papelão mais fino, sem separação dos acessórios e que conta apenas com uma "cama" para deixar o smartphone em um nível e os acessórios em outro, mais abaixo. De fábrica você encontra o celular, uma bateria, cabo de dados USB, fone de ouvido bastante simples e um carregador de tomada com porta USB, que carrega de modo bem lento. O motivo disso é sua amperagem de apenas 0,85A, abaixo de seus concorrentes.

Ah, se você comprar a versão com TV digital, encontrará uma pequena antena na caixa e que serve justamente para melhorar a captura dos canais abertos de sua região.

Design

É do lado de fora que fica o maior destaque deste smartphone, sua beleza. De fato, ele é o celular mais bonito em sua faixa de preço, mas há um detalhe que me deixa extremamente preocupado: o vidro está em toda a frente, até nas bordas. Isso significa que sempre o K10 estará com o vidro apoiado em alguma coisa, se você deixar o dispositivo com a tela virada para baixo. Além disso, em todas as quedas, independente da altura, o vidro acertará o chão antes de qualquer proteção da carcaça. Entendeu? Compre uma capinha urgentemente, ou seu celular não vai sobreviver ao acidente de um esbarrão que leva tudo para o chão.


A traseira apresenta uma pegada confortável e em harmonia com a curvatura frontal, encaixando bem nas mãos e ficando por lá com segurança, já que não é lisa e nem escorregadia. Na frente está a tela de 5.3 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels, densidade aproximada de 277 pixels por polegada e que exibe cores com a tecnologia IPS do LCD. O resultado é bastante promissor, com grande ângulo de visão e ótima precisão nas imagens com cores fortes. Está longe de um AMOLED e sua saturação exagerada, mas consegue cumprir com facilidade o papel de exibir tudo da forma mais precisa possível. Ainda por aqui está a câmera frontal de 8 megapixels e abertura f/2.4, que filma em Full HD, junto de sensores para luz e proximidade.


Nas laterais não há nada, mas temos entradas para fone de ouvido e cabo microUSB na parte inferior. Atrás estão todos os botões, com possibilidade de controlar o volume e desligar ou ligar a tela. Acima deles fica a lente para a câmera de 13 megapixels, o flash LED e um alto-falantes, mais abaixo, que infelizmente está extremamente abaixo de seus concorrentes, em qualidade. Ele é facilmente obstruído com o dedo e reproduz áudio com baixa qualidade e volume. É ruim, bem ruim.


A bateria está logo abaixo da tampa, com capacidade de te entregar uma autonomia de aproximadamente 13 horas seguidas de uso, ou um dia inteiro. Para todos os detalhes do consumo de energia do K10, clique aqui e leia o nosso teste de bateria. Junto da bateria estão as duas entradas para SIM card (padrão Nano-SIM) e também o local onde fica o cartão microSD, que pode ser de até 32 GB.


Desempenho e interface gráfica

Por aqui temos um Mediatek MT6753 rodando oito núcleos, com capacidade de desligar cada um de forma independente e isso é uma forma genial da fabricante do processador para economizar energia. Os núcleos rodam em até 1.14 GHz, acompanhado de uma GPU Mali-T720 e apenas 1 GB de memória RAM. Esta quantidade seria aceitável no ano passado, ou no final de 2014, mas hoje seus concorrentes de preço semelhante já trabalham com 2 GB de RAM e este 1 gigabyte extra faz toda a diferença no mundo. Não que o K10 fique lento, ele até é esperto nas animações, mas se você começar a abrir muitos aplicativos (algo próximo de mais de cinco deles ao mesmo tempo), vai notar que engasgos começam a aparecer. Se colocar para atualizar apps no Google Play e continuar usando o aparelho, esta sensação de lentidão fica ainda mais visível.


A interface continua a mesma que a LG colocou nos últimos aparelhos, que agora roda acima do Android 6.0 Marshmallow e que continua com um visual já marcado da empresa. Isso significa que você ainda encontra ícones quadradões, barra de notificações com atalhos bem grandes e espaço de sobra para controle de brilho e volume, mas há melhoras que apareceram no G5 e ficaram de fora daqui. Uma delas, a maior de todas, é que a bandeja de aplicativos ainda conta com separação de widgets e apps. Dá uma sensação de Android 4.0 bem grande, muito grande.

A lista de apps pré-instalados não é muito grande, perfeito para encaixar nos 16 GB de memória interna. Temos, por exemplo, o Facebook, um gerenciador de arquivos, Evernote e o pacote do Google instalados de fábrica. Se você comprar um aparelho em uma operadora, adicione um caminhão de lixo da empresa e seu espaço disponível fica menor, com poluição visual de sobra para todos os lados.

TV é de baixa definição, com pixels bem visíveis
Gerenciamento de canais é inteligente

Há dois apps bem bacanas para o usuário, sendo o primeiro um gerenciador de backup da própria LG. O segundo é um sintonizador de TV digital, que só aparece se você comprar o modelo com este recurso. O aplicativo sintoniza apenas as transmissões via padrão 1seg, que significa baixa resolução para uma tela HD. Não chega a ser um problema para curtir a novela, mas encontrar a bola em uma transmissão de jogo de futebol é uma tarefa bastante difícil. Ainda é possível gravar a programação e fazer uma varredura para encontrar os canais com melhor qualidade de sinal por perto. Tudo isso com a necessidade de colocar um pequeno cotoco em forma de antena, que vai no plugue do fone de ouvido e que melhora a captura do sinal.

Se você é amante de benchmarks, aqui vão alguns resultados:


Jogos

A GPU que está no K10 é exatamente a mesma que já vimos lá no Galaxy S5, só que com pequenas mudanças para uma velocidade pouca coisa inferior. Isso significa que é uma placa gráfica de respeito, mas que esbarra nas limitações da memória RAM. Testei três jogos pesados para ver qual que era a resposta do aparelho: Real Racing 3, Dead Trigger 2 e o Mortal Kombat X. Tanto no Mortal Kombat X, como no Dead Trigger 2, a jogatina foi bem fluída e sem engasgos. Por outro lado, no Real Racing 3, notei algumas quedas na taxa de quadros por segundo em momentos de tela mais povoada, com mais carros dividindo a mesma pista, na mesma curva do meu carro.

Os jogos não estavam com os gráficos no máximo, mas deixei onde o aplicativo acreditou que era o melhor para este dispositivo. A qualidade gráfica dos três jogos estava bem elevada, com grande número de detalhes e algumas texturas em alta resolução, mas pouco abaixo do que eu conseguiria com um hardware mais poderoso.

De qualquer forma, os três jogos rodaram bem, mas o Real Racing 3 conseguiu o pior resultado dos três.

Câmera

A câmera do K10 seria boa, aceitável, mas apenas se a Motorola não tivesse feito bem o trabalho de casa com a terceira geração do Moto G. Junte isso com o bom desempenho que vi no Quantum Go e também no Lenovo Vibe A7010, e o representante da LG fica lá pra baixo. Sim, os 13 megapixels da câmera traseira trabalham bem, mas apenas para deixar o aparelho em um patamar aceitável de 2016. É bom, bacana e nada mais. Não surpreende e não é incrível.

Quando as fotos são tiradas em ambientes com boas condições de luz, o arquivo final fica com boa reprodução de detalhes, mas as cores ficam aparentemente lavadas e quando há diferenças em contraste, esqueça. O K10 não sabe lidar com isso e você ficará com fotos que ou ficam muito escuras em alguns pontos, ou muito claras em outros - alô HDR, cadê você? Quando você tira fotos com baixa condição de luz, o granulado fica visível sem dificuldades e as cores ficam ainda mais lavadas, com intensidade muito menor. Além disso, há um trabalho enorme para o K10 focar quando há pouca luz. Foram poucas as fotos que tirei de noite e que conseguiram focar corretamente.

A câmera frontal é onde realmente temos uma qualidade comparável com a concorrência, até ganhando. São 8 megapixels de resolução e que entregam muitos detalhes para a selfie - desde que você não se importe com um recurso da câmera que remove boa parte dos detalhes do rosto, eliminando sardas, espinhas e até poros.

Pontos fortes e pontos fracos

Pontos fortes

  • Design bonito
  • Tela com ótima qualidade de cores
  • Câmera frontal com alta resolução
  • Android 6.0 Marshmallow de fábrica

Pontos fracos

  • Ter só 1 GB de RAM limita muito o desempenho
  • TV digital é de baixa resolução
  • Vidro até as bordas, que deve quebrar com facilidade
  • Qualidade de fotos da câmera traseira é baixa
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

A LG está cobrando caro demais para um aparelho com apenas 1 GB de memória RAM e TV digital de baixa resolução, junto de uma câmera traseira visivelmente inferior ao que concorrentes conseguem. Mais de R$ 1 mil não é aceitável pelo K10, mas a depreciação do aparelho é forte e hoje (24 de abril de 2016) já é possível encontrar o smartphone por aproximadamente R$ 850, que ainda é um valor alto, mas menos absurdo.

Embalagem e características

Segue o padrão da LG, sem qualidade extra e nem pontos negativos aparentes.

Comodidade

Pegada é confortável tanto na traseira, como na parte frontal.

Facilidade de uso

Interface da LG é de fácil aprendizado, principalmente por evoluir pouco de geração para geração.

Multimídia

Ter apenas 1 GB de memória RAM é um fator limitador por aqui. Nem todos os jogos pesados vão rodar bem.

Votação Geral

Lá fora o K10 tem versões de 1.5 GB e 2 GB de RAM, que seria o mínimo aceitável para uma experiência positiva no Android, além de acompanhar a concorrência que vende os aparelhos por aqui, no Brasil. A tela é muito boa e a câmera frontal também, mas a traseira é pior do que todos os concorrentes e a TV digital é de baixa resolução. Complicado recomendar a compra do K10 em seu preço de lançamento com valores em até R$ 1,2 mil. Se o valor chegar perto dos R$ 800, começa a ficar menos caro.

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