O objetivo da Sony com o Xperia T2 Ultra é de entregar um phablet gigante na mão de quem não está disposto a pagar muito por um aparelho deste tamanho. O gadget lembra o design adotado pela empresa nipônica para aparelhos mais recentes, só que com um corpo plástico na parte traseira. Por dentro há um processador Snapdragon 400 rodando quatro núcleos a 1.4 GHz, uma Adreno 305 e 1 GB de memória RAM. A caixa é bastante fina, mas ainda assim é tão larga quanto seus irmãos mais musculosos.

Embalagem larga, mais do que o necessário

Abrindo a embalagem temos o phablet, cabo de dados USB com ponta microUSB, carregador com porta USB, fone de ouvido com microfone integrado e manuais de instrução. O fone é, por mais estranho que possa parecer, o mesmo que está no Xperia Z2, smartphone muito mais potente e caro do que este aparelho. Por aqui ele é condizente com o valor do dispositivo - não por lá. A embalagem conta com muitos espaços vazios, o que deixa claro que ela poderia ser bem menor e, com isso, economizar no custo de logística.

Acessórios

Por fora o Xperia T2 Ultra Dual adota o design utilizado em outros phablets da Sony, só que com materiais mais simples e baratos na hora de construir, o que deixa o aparelho com uma sensação mais frágil e barato no varejo ou na operadora. Na parte da frente temos uma grande tela IPS LCD de 6 polegadas, resolução 720p (1280 x 720 pixels, ou HD) e densidade aproximada de 245 pixels por polegada. A tela IPS melhorou - MUITO - a qualidade de imagem do Xperia, que pela primeira vez abandona o TFT e adota um padrão muito superior (em precisão de cores, ângulo de visão e no contraste). Ainda na frente estão sensores de luz, proximidade, uma câmera frontal de 1,1 megapixel e que filma em 720p.

Tela de 6 polegadas

Do lado direito está a conexão microUSB e uma pequena porta que esconde a entrada para o cartão microSD (que pode ser de até 32 GB).

Entrada para microSD

No lado oposto estão botões de volume, liga/desliga, um específico para câmera e uma pequenina porta que esconde as duas entradas para chip da operadora (padrão Micro-SIM). Ah, ainda aqui está a entrada para fone de ouvido.

Botões e entrada para dois chips

Não há nada acima e nem abaixo do aparelho. Atrás está a câmera de 13 megapixels que filma em Full HD e que conta com um pequenino flash LED.

Câmera de 13 megapixels

A bateria, que não é acessível, conta com 3.000mAh e que garante até 89 horas de reprodução de música e 1.120 horas em stand-by. De uso, conseguimos dois dias com bastante navegação e redes sociais - trunfo do gerenciamento de energia fantástico que a Sony criou desde modelos mais antigos da linha Xperia.

Assim como qualquer phablet, ainda mais este com tamanha tela, a pegada não é agradável para quem não tem mãos grandes - muito menos se você tentar operar o aparelho com uma única mão, que é uma tarefa impossível. A traseira lisa de plástico serve para duas coisas: ficar marcada com impressões digitais e para deixar tudo mais escorregadio - o que piora a sensação na mão, garantindo que seu aparelho poderá cair com um descuido qualquer.

Grande, muito grande

Suas dimensões são de 165 milímetros de altura, por 83,8 milímetros de largura e 7,7 milímetros de espessura, tudo isso somado aos 171 gramas de peso total. Com todo este tamanho, esqueça a ideia de colocar o celular no bolso da parte traseira da calça, ou de um bolso lateral que não seja muito fundo. Ele está quase do tamanho de um tablet e isso requer uma bolsa para carregar, sem deixar claro que você tem algo grande no bolso.

Pouco mais de 0,7 cm de espessura

O Android roda bem no hardware modesto que acompanha este phablet, que ajuda a baixar seu custo. Temos um processador Qualcomm MSM8928 Snapdragon 400 de quatro núcleos rodando a 1,4 GHz, acompanhado de 1 GB de memória RAM e uma GPU Adreno 305. Com poucos apps rodando ao mesmo tempo, o desempenho é ótimo e não notamos qualquer engasgo do sistema. A versão escolhida do Android para rodar neste aparelho é a 4.3 e há uma interface alterada acima dele, que é uma das mais leves - e que ajuda no bom desempenho, principalmente quando comparamos este phablet com concorrentes da LG e Samsung.

Painéis iniciais

A tela inicial conta com cinco painéis (que podem chegar até sete deles), com espaço de sobra para ícones, widgets, atalhos e todo tipo de personalização permitida no Android. Assim como outros smartphones Xperia, é possível trocar o tema com algumas das opções pré-instaladas ou baixar outras do Google Play.

Lista de apps

A área de notificações é bastante limpa e os ícones de atalho (fixos) são exibidos em pequenos botões que ficam na parte superior. Há espaço, muito espaço, para notificações de todos os tipos. O menu de aplicativos é o mesmo de outros Xperia, com a possibilidade de organizar tudo em pastas e alterar a ordem de ícones de forma manual, por ordem alfabética, por apps mais utilizados e listar apenas os baixados da internet (deixando de lado todos os pré-instalados).

A área de multitask esconde outro recurso que a interface alterada da Sony permite, que é abrir pequenas janelas com apps - da mesma forma como você já faz com o seu computador. Tudo fica suspenso e é possível até alterar livremente o tamanho de uma ou outra janela, como é o caso do navegador. A tela grande favorece este recurso, mas é bastante incômodo utilizar mais de três janelas abertas ao mesmo tempo - começa a faltar espaço, algo que seria inexistente em um tablet de 10 polegadas, por exemplo.

TrackID

De fábrica, temos alguns apps pré-instalados. Há o pacote tradicional do Google (como Gmail, Google Maps e outros) e mais alguns apps terceiros. A lista inclui o já famoso TrackID (que permite reconhecer uma canção ao ouvir um trecho da música), uma central de jogos da Gameloft (com atalho para baixar os games, de graça), serviço de armazenamento em nuvem do Box, rádio FM, navegador de arquivos File Commander e um pequeno visualizador de documentos do Office, o OfficeSuite - que pode editar e criar os textos, planilhas e apresentações.

Gerenciamento de energia

O gerenciamento de bateria é bastante intenso e garante quase que o dobro de autonomia da carga, apenas com algumas alterações em apps e serviços que você pode não utilizar, para fazer a bateria durar mais. Dentro deste gerenciamento, é possível alterar o que será desativado e o que continua funcionando, quando a bateria estiver abaixo dos 20% de energia restantes.

Chorme

O navegador, assim como a maioria dos smartphones mais recentes, conta com uma dupla. Temos um próprio da Sony (que é utilizado na janela flutuante) e o Google Chrome. O Chrome é o mais parrudo e com melhores recursos, já que permite tudo que o outro tem, com a adição de sincronia de senhas, abas e histórico com outros dispositivos. A renderização de páginas é bastante veloz e não notamos qualquer engasgo na navegação.

O Xperia Z T2 Ultra Dual não é o smartphone mais parrudo em gráficos, o que é aceitável por conta de seu valor sugerido. Por dentro, temos uma Adreno 305 e um processador quad-core de 1,4 GHz, com 1 GB de memória RAM. O conjunto é capaz de rodar jogos pesados, como Asphatl 8 - com certas reduções gráficas para manter a alta taxa de quadros por segundo, que dá certo. O título testado, da Gameloft, rodou sem qualquer travamento ou engasgo por parte do sistema operacional.

Sony Xperia T2 Ultra Dual

O tocador de músicas é o mesmo que está em outros smartphones recentes da Sony. Ele entrega uma experiência de uso bastante fluida, com toques minimalistas e até a possibilidade de utilizar a tecnologia ClearAudio+ para melhorar a reprodução da canção. Ele rodou todos os arquivos MP3 que testamos, de qualquer tamanho e ainda exibiu corretamente a capa do álbum.

Sony Xperia T2 Ultra Dual

O player de vídeos foi eficaz na hora de reproduzir arquivos MP4 de alta definição, sem qualquer engasgo. O Netflix rodou com vídeos em FullHD e a qualidade de reprodução de cores, por conta da tela IPS e de tecnologias da Sony (Triluminos display e Mobile BRAVIA engine 2), é excepcional.

Sony Xperia T2 Ultra Dual

O sensor de imagens do Xperia T2 Ultra Dual conta com 13 megapixels de resolução - que resulta em arquivos de até 4128 x 3096 pixels. O resultado é de imagens com ótima qualidade de reprodução de cores e baixo nível de ruído, quando estamos fotografando em boa condição de luz. Para fotos noturnas, há um pouco de ruído - mas em quantidade menor do que temos em phablets de baixo custo concorrentes.

Foto com boa luminosidade

Na hora de filmar, você pode gravar vídeos de resolução Full HD em 30 quadros por segundo. A qualidade final do arquivo é bastante semelhante ao que é registrado em fotos - com algum ruído maior para vídoes gravados de noite.

Foto noturna, sem filtros

Assim como em outros smartphones mais recentes da Sony, há uma série de recursos que podem ser aplicados em filmagens e fotos. Um deles, o mais bacana, é a possibilidade de inserir um pequeno dinossauro que fica caminhando em alguma superfície filmada - tudo em realidade aumentada.

Funções extras para a câmera

Pontos fortes

• Tela grande e IPS
• Alteração do Android é leve
• Câmera de ótima qualidade
• Leve e fino, para um phablet

Pontos fracos

• Traseira ligeiramente oca
• Corpo fica marcado com facilidade
• Grande demais, para mãos pequenas e até para as grandes
• Pouco espaço interno