Track 8
Se você, como eu, está cansado do visual do player do seu iGadget, então vamos ver juntos o Track 8, que promete muitas coisas. O lema do aplicativo é “Sua biblioteca de música não precisa ser normal.”. Concordo plenamente! Também é perfeita para quem quer experimentar a vida de quem utiliza dispositivos que contam com o sistema operacional do Windows, como o Lumia da Nokia.
A organização de arquivos para quem possui muitas músicas é essencial e foi justamente nisso que a desenvolvedora do Track 8 pensou. Além do visual estonteante, conseguimos ter acesso fácil a álbuns, artistas e playlists. Com uma interface “fluida”, podemos executar tarefas com um design muito mais bonito e fácil de usar.
Eu particularmente não estou suportando o player nativo do iOs, pois toda hora pressiono o botão que me direciona para a loja sem querer. Isso acaba irritando. Portanto, o Track 8 é uma mão na roda para mim e espero que para você também.
Quem utiliza o serviço do iTunes Match ficará decepcionado, pois esse serviço é inexistente em aplicativos musicais de terceiros. Mas fora isso, a Ender Labs, que é a desenvolvedora do app, fez um trabalho excelente integrando um player no iPhone e iPad com o mesmo visual de um Windows Phone.
Track 8 está disponível para dispositivos com a versão 5.0 ou posterior do iOs. Se você ficou tentado pela beleza desse aplicativo, terá que desembolsar 2 dólares, cerca de 4 reais, para desfrutar das funcionalidades que ele oferece.
Chega de explicação e vamos logo ao que interessa.
A beleza do Windows Phone no iOs
O iOs é um sistema operacional bonito, intuitivo e rápido, disso não temos dúvida. Mas a grama do vizinho é sempre mais verde, então fazemos de tudo para uma escapadinha e testar coisas novas. O Track 8 explora isso muito bem, trazendo a interface Metro para um aplicativo de música que deixa tudo muito mais organizado.
A primeira coisa que aparece ao iniciar o aplicativo é o menu principal do aplicativo. Nele podemos acessar rapidamente todas as músicas, artistas álbuns e playlists. A imagem de fundo sempre tem relação com a banda que estamos ouvindo ou interagindo. Isso é muito agradável, pois mostra que o aplicativo se adapta automaticamente ao nosso gosto.
Na parte inferior conseguimos ver a música que estávamos ouvindo por último.
Ao selecionar “Songs” podemos ver uma transição muito bonita, com um tom de tecnologia avançada. Na nova janela que é exibida conseguimos tocar todas as músicas apertando em “play all” ou selecionar uma específica. O nome da aba que atualmente estamos é a primeira coisa exibida na tela, para não causar confusão para o usuário.
O aplicativo visivelmente apresenta uma velocidade superior e uma usabilidade inacreditável. O modo de rolagem é bem fluido, dando a sensação de leveza e facilidade. Para as músicas que têm o nome ou título com tamanho que excede a tela, uma barra de rolagem exibe todos os caracteres.
Para voltar é tão fácil como parece, só tocar na seta no canto superior esquerdo.
Novamente na tela principal, o botão “Artists” nos leva para uma guia contendo todos os nossos cantores e cantoras favoritas. O que realmente impressiona é o modo de mostrar as informações, pois para cada artista conseguimos ver quantos álbuns e músicas este possui.
Enquanto vamos trazendo a lista para cima, o botão de reproduzir tudo dá espaço para exibir mais dados.
Em álbuns a interface já é diferente, pois conseguimos ver as imagens dos CDs ao invés de qualquer informação detalhada. Quando a imagem não é encontrada então um breve texto especifica qual álbum estamos visualizando. Na lateral esquerda somos capazes de a ordem alfabética atual.
Para pular para um CD de nome “Californication” devemos tocar na letra vermelha e selecionar o “C”. O menu de letras é bonito assim como a transição de exibição. Os caracteres disponíveis são mostrados em vermelho vivo enquanto as inexistentes possuem um tom mais escuro.
Quando tocamos em um álbum, além de vermos a imagem do CD, podemos saber quantas músicas o mesmo tem e o tempo de execução da lista toda. Ao lado de cada música do álbum conseguimos ver de qual banda pertence e quantos minutos a mesma possui.
Por fim, a opção de “playlists” no menu principal nos dá acesso à todas as listas disponíveis em nosso smartphone. Abaixo de cada lista podemos ver a quantidade de canções que a mesma guarda.
Deslizando para o sucesso
Na tela inicial, conseguimos visualizar mais informações deslizando para a esquerda. A primeira novidade é o histórico, que exibe os álbuns ligados às músicas que escutamos recentemente. Quando selecionamos um, somos direcionados para as informações do álbum.
Na próxima tela podemos ver o “Most played”, que nos exibe o álbum que mais reproduzimos nos últimos tempos, ao contrário do que muitos pensam, o aplicativo não considera todas as reproduções, mas sim somente as mais recentes.
O modo de exibição dessas duas telas é bem simples. A imagem do álbum mais importante é mostrada em tamanho maior e ocupa espaço de dois álbuns menores, que são exibidas abaixo da foto enfatizada.
Barra inferior, pesquisa e configurações
Na barra inferior podemos ver a música que estava sendo tocada. Ao tocar na imagem da mesma, somos levadas para o player diretamente. A lupa, que é o último ícone exibido, nos leva para uma caixa de texto, onde conseguimos buscar artistas, músicas e álbuns. Infelizmente o player nativo do iOs se sai melhor nessa comparação. Não gosto da ideia de tocar em um botão para digitar a pesquisa e ainda apertar em “buscar” para finalizar.
No reprodutor nativo do iGadget, é só deslizar o dedo para baixo para ter acesso à caixa de texto onde podemos pesquisar. Esse método, além de mais fácil, é certamente mais rápido e melhora a interação do usuário com a procura.
Por fim vamos às configurações.
Quando tocamos ao ícone de engrenagem ao lado da lupa, temos acesso a cinco opções: aparência, imagem de fundo, fotos de artistas, social e sobre.
Em “appearance”, somos capazes de mudar a cor de fundo e dos detalhes. Em “wallpaper”, conseguimos mudar a imagem que ocupara a parte de fundo do aplicativo. Em “artist images”, podemos ativar ou desativar a exibição de imagens de artistas no fundo e somente baixar imagens por wifi. Nessa mesma aba, temos acesso a quantidade de cache que foi armazenado e também a opção de limpá-lo, tocando no botão “erase cache”.
Na parte de “social”, conseguimos nos conectar com a conta do Twitter e Last.fm. Por fim, na opção “about”, podemos ler mais sobre o Track 8 e a Ender Labs. Nessa janela, uma mensagem da desenvolvedora é exibida ao topo, dizendo “Track 8 foi carinhosamente criado para você pela Ender Labs no coração da cidade de Salt Lake.
Também podemos acessar o site da desenvolvedora e pedir socorro para o suporte.
Conclusão
Nota 10. Track 8 é um exemplo do que um desenvolvedor deve fazer para satisfazer seus usuários. O modo de interação com o aplicativo é uma coisa que impressiona, tanto pelo design como pela velocidade de resposta. É um sonho para quem enjoou do player nativo do iOs e o paraíso para quem amou a interface do Windows 8 mas não abre mão dos dispositivos da Maçã.
A facilidade de deslizar a tela para alcançar um objetivo é bastante útil para quem tem milhares de música e não sabe como se organizar. A Ender Labs conseguiu o que poucos conseguem: adicionar usabilidade em uma coisa bonita de se ver. Essa é basicamente a fórmula para o sucesso, a união dos dois raramente desaponta. Se você gostou disso tudo, pode pagar o valor simbólico de 4 reais para desfrutar dessa maravilha que foi muito bem pensada.
A única desvantagem é a busca ser um pouco menos privilegiada do que do app nativo do iOs. No Track 8 devemos pressionar o botão de busca para depois digitar, coisa que não acontece com o app de música dos iGadgets. No iPhone, por exemplo, só precisamos deslizar a tela para baixo e inserir a nossa pesquisa.
Considerando todos os detalhes do aplicativo, a opinião final não deixa dúvidas de que sim, podemos utilizar o Track 8 para substituir o aplicativo de música nativo do iOs, que já está feinho e ultrapassado.
Comentários