16 Dezembro 2013
Ainda ontem, falamos aqui sobre o plano das quatro grandes operadoras de bloquear os celulares piratas com um novo sistema capaz de identificá-los pelo número IMEI. O problema é que, pela forma como foi explicado o funcionamento desse sistema, não ficava claro se celulares importados legalmente tambémseriam bloqueados.
Nossos colegas do Gizmodo falaram sobre o tema com a assessoria da Sinditelebrasil, o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, e eis aqui o que eles responderam (e deixaram de responder).
HTC One X+: Quer um? Talvez você precise correr
O foco está nos celulares piratas
Pelo que a Sinditelebrasil deu a entender, as operadoras querem bloquear os aparelhos "made in China" e não os smartphones importados legalmente.
O sindicato explica que se o consumidor comprar um modelo de smartphone fora do Brasil que já tenha sido homologado pela Anatel, não terá nenhuma problema. Isso porque o código IMEI é capaz de identificar o modelo do celular e o sistema deve batê-lo com o banco de dados da Anatel para saber se é um modelo já homologado por aqui. Se for o caso, não importa se ele foi comprado aqui ou em uma galáxia muito distante.
Mas e o os smartphones não lançados no Brasil?
É aí que o negócio complica. E se um modelo de smartphone ainda não foi lançado no Brasil e, consequentemente, não foi homologado pela Anatel? E se você, por exemplo, quiser comprar o iPhone 6 ou o Galaxy S IV antes dele ser lançado no Brasil? Ou um HTC que nem será lançado por aqui?
A Sinditelebrasil não tem essa resposta. Eles afirmam que o sistema ainda está sendo estruturado e que essa questão ainda não foi definida. Mas eles terão que fazê-lo, não apenas em prol dos consumidores que querem importar seus celulares, mas também para que estrangeiros com celulares de fora não tenham problemas em usar seus celulares por aqui.
Se essa questão for bem resolvida, então a mudança pode ser para melhor. Isso porque os celulares xing-ling, de baixa qualidade, pioram a qualidade da rede das operadoras, com constantes quedas nas ligações. E nós sabemos que, por aqui, eles ainda vendem como água.
Comentários