
Economia e mercado 06 Mai
08 de outubro de 2024 12
Partes da Antártida estão perdendo gelo em ritmo acelerado devido às mudanças climáticas. Utilizando imagens de satélite, pesquisadores observaram uma rápida expansão da área coberta por vegetação no continente, levantando preocupações quanto aos eventos de calor extremo que atingem o planeta.
A vida vegetal, principalmente musgos, aumentou em mais de dez vezes nas últimas quatro décadas na Antártida, de acordo com um estudo realizado por cientistas das universidades de Exeter e Hertfordshire, na Inglaterra, e do British Antarctic Survey, publicado na sexta-feira (04) na revista Nature Geoscience.
O estudo aponta que a vegetação atingiu quase 13 km² em 2021. Para comparar, em 1986, a área verde cobria em torno de apenas 1 km² da Península Antártica. A taxa de crescimento da vegetação da região continua acelerando. Os pesquisadores indicam que houve uma aceleração de mais de 30% entre os anos de 2016 e 2021.
“Nossas descobertas confirmam que a influência da mudança climática antropogênica não tem limite em seu alcance”, afirma Thomas Roland, autor do estudo e cientista ambiental da Universidade de Exeter. “Mesmo na Península Antártica — esta região mais extrema e remota — a paisagem está mudando, e esses efeitos são visíveis do espaço”.
Em meados de julho, partes do continente foram atingidas por uma onda de calor recorde que mediu temperaturas subindo até 10 °C acima da média. Recentes ondas de calor também levaram a prejuízos em continentes com densidade populacional significativa.
À medida que o continente se torna mais verde, a formação de solo em sua superfície aumentará, tornando a região mais propensa à invasão de outras espécies, o que pode representar uma ameaça à vida selvagem nativa.
“Sementes, esporos e fragmentos de plantas podem facilmente chegar à Península Antártica através de calçados ou equipamentos de turistas e pesquisadores, ou por meio de rotas mais tradicionais associadas a aves migratórias e ao vento — e, portanto, o risco aqui é claro”, disse Roland, em entrevista concedida à CNN.
O crescimento da vegetação também pode reduzir a capacidade da região em refletir a radiação solar de volta ao espaço, uma vez que superfícies mais escuras absorvem mais calor. Esses impactos provavelmente seriam apenas locais, mas poderiam acelerar a expansão da vida vegetal à medida que o clima continua a aquecer.
Os cientistas agora devem estudar o ritmo em que as plantas crescem na terra recentemente exposta no continente antártico à medida que as geleiras recuam.
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