
Jogos 20 Set
04 de outubro de 2024 0
É praticamente impossível encontrar um jogador que nunca tenha ouvido falar da franquia The Legend of Zelda, uma das séries de maior sucesso e mais longevas da indústria de videogames, atravessando diversas gerações de consoles e fãs.
Ao longo de quase quatro décadas de vida, os jogadores acompanharam a jornada de Link pelo reino de Hyrule, conhecendo criaturas mágicas, inimigos formidáveis e paisagens estonteantes enquanto resgatavam a precisa Zelda.
Então, o que aconteceria se a fórmula fosse invertida e Link precisasse ser resgatado? The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom responde esse questionamento trazendo a princesa em uma aventura inédita pelo reino de Hyrule como protagonista. Será que essa é uma boa ideia? Confira em nossa análise!
Enquanto resgata a princesa Zelda do vilão Ganon, Link desaparece ao cair em uma fenda misteriosa. Quando o pesadelo aparenta ter acabado, a princesa percebe que partes de Hyrule e seus habitantes estão sendo engolidas por este fenômeno estranho.
Após o rei e seus conselheiros serem engolidos por uma fenda e voltarem agindo com comportamento estranho, Zelda é acusada de ser a responsável pelo fenômeno e mandada para o calabouço enquanto aguarda pela sua execução.
Com Link desaparecido e Zelda encarcerada, o destino de Hyrule parece condenado. Porém, a fada Tri aparece para a princesa e entrega um cetro mágico que possibilita a princesa escapar do castelo, embarcar por uma aventura em Hyrule para fechar as fendas e resgatar todos aqueles engolidos por ela, inclusive Link.
A trama de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom segue os jogos clássicos, trazendo uma abordagem mais simples e direta, algo que ajuda a diversificar em relação aos últimos lançamentos Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, mais robustos e complexos.
A leveza do game é o seu diferencial e os personagens secundários dão um show de carisma, tornando a jornada de Zelda emocionante. Ela pode ser terminada em até 20 horas, mas chega por volta de 30 horas para completar todas as missões secundárias.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom não tem jogabilidade idêntica dos outros jogos por um motivo bem óbvio: você não controla o herói Link e sim, a princesa Zelda. Então, é óbvio que ambos terão habilidades diferentes.
Enquanto Link resolve a maioria dos problemas com sua espada, escudo, bomba e arco, Zelda utiliza o Cetro Tri, um artefato mágico que cria “ecos”, que são basicamente cópias de objetos e inimigos. Claro, há um limite para quantas invocações podem ser feitas e cada uma delas possui um custo para equilibrar o jogo.
Por exemplo, em uma determinada parte, eu precisava atravessar uma ponte destruída. Então, lembrei que o cetro havia memorizado uma cama e criei três delas enfileiradas para conseguir atravessar o outro lado. Em outra parte, me deparei com inimigos, usei os ecos para fazer pedras e arremessar neles.
Neste caso, por mais que a comparação pareça louca, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom bebe da fonte de Breath of the Wild e Tears of the Kingdom no sentido de dar liberdade para o jogador utilizar os ecos para resolver os puzzles do jeito que quiser, uma sacada genial.
Inclusive, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom utiliza o sistema de ecos de forma brilhante para implementar a sua jogabilidade no combate. Ao memorizar inimigos, você poderá invocá-los para dar cabo de outros oponentes, sempre lembrando que quanto mais forte, menor o número de invocações.
Apesar de ser um sistema simples, ele funciona bem e tem fácil aprendizado. Inclusive, fiquei surpreso como ele é utilizado de forma criativa nas batalhas contra chefes, algo que não pode faltar em um The Legend of Zelda. Respeitando a tradição, há masmorras espalhadas por Hyrule com puzzle, inimigos e um confronto épico no final.
Além dos ecos serem utilizados nos puzzles, o Cetro do Tri também tem uma habilidade chamada Sincronia para que os objetos sigam o movimento de Zelda, como empurrar uma estátua por um portão bloqueado.
Para quem sente a falta de jogabilidade tradicional da saga, a Espada do Poder permite que Zelda incorpore o espírito do espadachim e lute exatamente como Link. A habilidade não pode ser utilizada sempre, já que há uma barra que precisa ser recarregada, mas serve para matar as saudades de jogar com o herói.
Durante a sua jornada, Zelda precisará explorar diversos cantos de Hyrule para resgatar os cidadãos e fechar as fendas. Para atravessar o mapa, é possível utilizar os ecos para se locomover, pontos de viagem rápida ou até mesmo cavalos. Inclusive, o mapa é um dos melhores da saga, trazendo Dekus, Gorons, Gerudos, Zoras e outras surpresas.
Por último, o jogador poderá utilizar diversos trajes e acessórios para que Zelda ganhe habilidades especiais, como saltar mais alto. No Quiosque dos Sucos, Zelda pode misturar ingredientes obtidos no mapa para ganhar bônus temporários, como resistência a fogo ou eletricidade. Essa é uma das novidades mais divertidas, que farão os jogadores perderem um bom tempo brincando de alquimia.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom volta com a visão de cima dos clássicos, abandonando a terceira pessoa de Breath of the Wild e Tears of the Kingdom. Outro ponto é que os gráficos são mais simples, algo que encaixa como uma luva na proposta do game.
O jogo traz cores vibrantes para ilustrar a aventura e animações bem feitas, com o resultado sendo uma boa homenagem aos jogos clássicos, como The Legend of Zelda: A Link to the Past. O mundo de Hyrule é encantador e detalhado, dentro das limitações do Switch.
Por falar em limitações, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom aparenta ser um título simples de rodar, mas é evidente que o Switch sofre com quedas severas de FPS, principalmente quando ecos são invocados e há alguns inimigos na tela. Isso é mais perceptível que deveria e incomoda em alguns momentos. Espero que uma atualização futura corrija o problema.
Ao longo de quase quatro décadas, a franquia Zelda foi lançada sem tradução para o nosso idioma. Até mesmo títulos recentes do Switch vieram totalmente inglês, algo que critiquei a Nintendo por não olhar para o Brasil.
Agora, eu aplaudo a companhia pelo cuidado com a localização de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom para o português brasileiro, tudo feito com muita criatividade e atenção, com todas as falas e menus traduzidos, algumas até adaptando expressões do nosso idioma, permitindo que uma geração que não fale inglês conheça a franquia e entenda a história.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é um dos melhores títulos da saga e acerta quando decide trazer a princesa como personagem jogável, deixando Link descansar um pouco e apostando em novidade. Outro ponto alto é ser o primeiro jogo da franquia totalmente traduzido para o nosso idioma, com uma localização impecável.
Com uma jogabilidade simples, porém divertidíssima e criativa, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom encerra o ciclo da franquia no Switch e nos deixa esperançosos para um futuro brilhante no próximo console da Nintendo.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom já está disponível para Nintendo Switch. Ele pode ser comprado na eShop por R$ 299.
O jogo traz a princesa Zelda como protagonista e jogabilidade simples, mas divertida e criativa.
A narrativa é envolvente e intrigante, mesmo que não seja complexa.
Com visão de cima, traz um estilo de arte mais simples, mas ainda detalhado e colorido.
Seguindo a tradição da série, traz faixas envolventes e interessantes.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é um dos melhores jogos da franquia e acerta em trazer a princesa como personagem protagonista.
O TudoCelular agradece a Nintendo por ceder uma cópia de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom no Nintendo Switch para esta análise!
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