
Segurança 15 Ago
20 de agosto de 2024 0
Na última semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou emergência de saúde pública global pela doença Mpox, que tem circulado em maior quantidade no continente africano e apareceu em casos na Suécia e outros países pelo mundo.
Quais são as preocupações atuais na área da ciência quanto a esta doença? E como está o cenário de vacinação no mundo? O Detetive TC separou as principais informações sobre o tema e conta a você a seguir.
A Mpox, chamada anteriormente de “varíola dos macacos”, consiste em uma doença classificada como zoonose silvrestre. Ela é causada por um vírus da família dos ortopoxvírus e foi descoberta no ano de 1958, depois da ocorrência de dois surtos de uma patologia similar à varíola comum em colônias de macacos usados para pesquisa.
Em humanos, o primeiro caso é datado de 1970, na República Democrática do Congo. Na época, ela chegou a se disseminar por outros países do continente africano. Após 40 anos sem um novo caso, voltou a surgir na Nigéria, em 2017.
No ano de 2022, houve um novo surto da doença, com casos em outros países. O primeiro identificado foi na Inglaterra, mais especificamente em Londres, quando um homem precisou ser internado com lesões na pele.
O contágio da Mpox acontece por meio do contato com pessoas infectadas. Isso pode ocorrer tanto por meio de fluidos corporais, como as gotículas de saliva, como no toque em lesões de pele ou objetos contaminados.
A doença também é passada por meio de relações sexuais, uma vez que a prática também envolve contato direto com pele e fluidos. Portanto, ela também pode ser considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).
O período de incubação do vírus, após o contágio, vai desde sete até 17 dias. Nesse período, a pessoa contaminada fica sem sintomas.
Os sintomas iniciais variam conforme o paciente e incluem condições como dores no corpo e nas costas, febre de 38,5°C a 40,5°C e íngua em regiões como as virilhas. Na sequência, aparecem as lesões corporais, que podem aparecer na palma das mãos, na sola dos pés e até em órgãos genitais.
No caso das pessoas com imunidade baixa, inclusive aqueles que possuem doenças autoimunes ou realizam tratamentos oncológicos, essas erupções podem aparecer em todo o corpo e evoluir para crostas e bolhas.
O que muda neste atual surto de Mpox em relação ao que ocorreu em 2022 está na presença de uma nova variante mais perigosa. Chamada de “1B”, ela pode ser até 10 vezes mais letal.
A Mpox possui dois tipos. O primeiro grupo – ou Clado 1 – aparece na Bacia do Congo e possui uma mortalidade de 10%. Já o segundo – ou Clado 2 – tem uma mortalidade em torno de 1% e está presente principalmente na África Ocidental.
O surto de 2022 está relacionado com este segundo grupo, o que é menos perigoso. A diferença é que os casos espalhados neste novo cenário se tratam de uma cepa que se originou a partir do primeiro tipo, o mais perigoso.
A variante 1B se caracteriza por ser mais letal que as anteriores. Ela é muito transmissível, porém ainda sem estudos que comprovem uma eventual disseminação mais fácil que a cepa de 2022. A ameaça de morte maior está no fato de ela comprometer com maior gravidade os órgãos considerados vitais.
Apesar de não existir uma vacina desenvolvida especificamente contra o ortopoxvírus que causa a Mpox, existem alguns imunizantes indicados contra a doença, por proteger contra patógenos que possuem a chamada reatividade cruzada, por semelhanças na estrutura do vírus.
A principal indicada consiste na MVA-BN – Vaccinia Ankara Modificado-Bavarian Nordic). Desenvolvida pela companhia dinamarquesa Bavarian Nordic, ela é aplicada em duas doses, dentro de um intervalo de 28 dias.
O problema está na insuficiência de doses para atender todos os países, o que pode limitar a aplicação apenas aos grupos de maior risco, ou seja, os imunossuprimidos ou os que possuem atividade sexual mais vulnerável.
Por sua vez, desde o surto de 2022, o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem desenvolvido o seu próprio imunizante. Considerado uma das prioridades da Rede Vírus – comitê de especialistas em virologia ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Porém, ainda não está pronto para aplicação na população até o momento.
Nesta semana, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou que o Brasil não está entre os que mais precisam cuidar para a doença. Isso porque o nosso país se classifica no nível 1 de emergência da Mpox, o que coloca somente um sinal de alerta.
Além disso, de maneira oficial, não foram detectados casos dentro do território brasileiro até o momento. Mesmo assim, existe a chance de que a patologia chegue em solo nacional, por meio de pessoas que chegam em viagens de nações com uma maior incidência da doença.
O que você tem achado do novo surto de Mpox no mundo? Como poderá se prevenir desta doença? Interaja conosco!
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários