
Tech 09 Abr
31 de maio de 2018 0
Os nossos smartphones possuem tantas tecnologias que às vezes não entendemos como todas funcionam e quais as suas utilidades. Em nosso artigo especial explicamos a evolução das redes de celulares e quais as diferentes entre cada tipo de conexão. Agora chegou a hora de entender como seu smartphone se conecta com outros dispositivos e como isso torna a sua vida melhor.
Entre as várias tecnologias que permitem que seu celular possa enviar e receber informações de outro dispositivo há seis que são mais comuns e presentes na maioria dos telefones atuais: Wi-Fi, Bluetooth, IRDA, USB, NFC e GPS.
Destas tecnologias apenas duas não são tão presentes. O NFC normalmente é encontrado em modelos mais caros, enquanto o IRDA vem sendo abandonados pelas fabricantes, mas ainda é possível encontrar a tecnologia mesmo em aparelhos chineses mais baratos.
O termo Wi-Fi nasceu de uma brincadeira com o termo Hi-Fi (usado para diferenciar equipamentos sonoros de alta qualidade). Sendo uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, a tecnologia permite que smartphones possam se conectar a redes locais sem fio (WLAN) usando o padrão IEEE 802.11.
A conectividade Wi-Fi é bastante popular hoje em dia, sendo encontrada nas casas dos brasileiros, estabelecimentos comerciais e até mesmo nas ruas de grandes cidades. A cada nova geração a tecnologia permite conectar-se a um hotspot cada vez mais distante, mas no começo tínhamos uma conexão limitada e uma área de cobertura curta.
Atualmente, os smartphones vêm de fábrica com suporte aos padrões 802.11b, a, g, n ou ac). Mas o que isso significa?
Padrão | Frequência de operação | Velocidade máxima |
802.11b | 2,4 GHz | 11 Mbps |
802.11a | 5 GHz | 54 Mbps |
802.11g | 2,4 GHz | 54 Mbps |
802.11n | 2,4 GHz ou 5 GHz | 600 Mbps |
802.11ac | 5 GHz | 1300 Mbps |
Como visto acima, o que muda entre cada padrão é a faixa de frequência e velocidade máxima. A faixa de 2,4 GHz é a mais comum atualmente, o que acaba causando interferência em redes residenciais, especialmente para quem mora em condomínio. Caso você possua um roteador dual-band que trabalhe nas faixas de 2,4 GHz e 5 GHz, o recomendado seria a segunda por entregar um sinal mais limpo.
Os dispositivos mais antigos contavam apenas com suporte aos padrões a e b. Os mais recentes trazem suporte aos padrões n e ac. Este último, no entanto, só está disponível em smartphones mais avançados. Ainda é raro ver modelos de entrada com suporte a dual-band.
A desvantagem do padrão 802.11a é está limitado apenas à frequência de 5 GHz, que apesar de ter sinal mais limpo com menor interferência, possui um alcance consideravelmente inferior ao dos padrões que trabalham na faixa de frequência de 5 GHz. Para tentar compensar essa desvantagem, alguns roteadores trazem várias antenas com sinais amplificados.
Se você conta com smartphone com suporte ao padrão 802.11ac, o mais indicado seria conectar em redes 5 GHz disponíveis para ter a melhor velocidade possível. Caso o sinal esteja muito fraco, o recomendado seria mudar para uma rede 2,4 GHz para evitar perda de dados na transmissão.
Nas imagens acima vemos o Galaxy S8 conectado a um roteador 802.11ac dual-band. Há duas redes disponíveis: NET 2.4GHz e NET 5GHz. Nas informações do sistema é informada a velocidade de transferência de cada uma, sendo 130 Mbps para a primeira e 780 Mbps para a segunda.
Tenha em mente que isso não reflete na velocidade da sua Internet. Se você conta com conexão de 50 Mbps, por exemplo, ela continua sendo de 50 Mbps independente de seu smartphone estar conectado na frequência 2,4 GHz ou 5 GHz. No entanto, caso tenha uma velocidade muito alta (200 Mbps ou mais), este roteador só seria capaz de entregar em velocidade de conexão na frequência de 5 GHz.
A maior vantagem de ter um roteador gigabit é poder ter diversos dispositivos conectados em casa e centralizar todos os seus dados na rede interna. Para fazer streaming do seu PC para sua TV com o Steam Link, por exemplo, também é indicado ter um roteador de alta velocidade para não comprometer a qualidade da imagem.
Wi-Fi Direct surgiu através da Wi-Fi Alliance, a associação mundial da indústria encarregada de certificar os kits Wi-Fi. A ideia por traz da tecnologia é que tarefas simples precisam de conexões simples. Por exemplo, você pode querer imprimir um documento em seu smartphone em uma impressora sem fio, compartilhar fotos com outra pessoa na mesma sala ou transmitir vídeo do seu telefone para a TV. Nenhuma dessas coisas exige uma conexão com a Internet, permitindo que a conexão seja feita entre os equipamentos.
Se você tiver um roteador Wi-Fi conectado à Internet, poderá se conectar à rede também. Os dispositivos Wi-Fi Direct podem se conectar uns aos outros sem ter que passar por um ponto de acesso: eles podem estabelecer redes ad-hoc quando necessário, permitindo que você veja quais dispositivos estão disponíveis e escolha a qual você deseja se conectar. Se isso soa muito como o Bluetooth, é porque é.
A tecnologia conta com protocolo próprio de segurança, para evitar que seus vizinhos conectem aos seus equipamentos sem autorização. Assim, o Wi-Fi Direct usa o Wi-Fi Protected Setup e o WPA2 para impedir conexões não autorizadas e manter suas comunicações privadas. Existem duas maneiras de estabelecer uma conexão: com botões físicos (pressione o botão do gadget X e depois o mesmo em um dispositivo Y) ou com os códigos PIN.
O Wi-Fi Direct inclui duas coisas potencialmente úteis: o Discovery Direct Device Wi-Fi e o Discovery Service. O dispositivo não só sabe que existem dispositivos disponíveis, mas também pode saber que tipo de dispositivos existem e quais recursos estão livres. Por exemplo, se você estiver tentando visualizar uma imagem, verá apenas os dispositivos para os quais pode enviar imagens. Se desejar imprimir, verá apenas os dispositivos que estão conectados a impressoras.
As fabricantes não precisam adicionar rádios extras ao seu kit: a ideia é ter o Wi-Fi Direct como parte do chip padrão Wi-Fi. Também é compatível com modelos antigos, portanto, você não precisa descartar seu antigo kit de Wi-Fi. A novidade chegou aos smartphones Android com a versão 4.0 Ice Cream Sandwich.
A Wi-Fi Alliance também é responsável pela tecnologia Miracast, presente em smartphones, TV e outros equipamentos. Assim como o Wi-Fi Direct, esta tecnologia também visa facilitar a comunicação direta entre dois equipamentos, mas tendo o seu foco em transmissão de vídeo e áudio em alta qualidade.
O Miracast é como uma divisão do Wi-Fi Direct, já que ambas compartilham boa parte dos protocolos para funcionar. Grande parte das smart TVs atuais possuem suporte ao Miracast. E caso a sua não venha com esta tecnologia embarcada, é possível adquirir um adaptador para enviar conteúdos do smartphone para a tela maior.
O funcionamento do Miracast é bastante parecido com o do DNLA, também presente em muitos smartphones e outros eletrônicos. O que muda é que o Miracast não obriga que os dois equipamentos estejam na mesma rede Wi-Fi, o que dá maior flexibilidade.
Tanto o Miracast quanto o DLNA surgiram para serem livres e adotados por qualquer fabricante interessada. No entanto, algumas empresas acabam alterando o nome destas tecnologias para buscar um maior apelo comercial, como Smart Share, AllShare, entre outros. A primeira é usada pela LG, enquanto a segunda é adotada pela Samsung.
Essas tecnologias com nomes modificados vêm em formato de menu interno desenvolvido para as TVs da fabricante que centraliza as funções de espelhamento e acesso a conteúdos externos. Dentro dele, há basicamente duas opções de conexão: via USB, ou seja, acessar vídeos e fotos de um pen drive ou HD externo, por exemplo, e também via Wi-Fi Direct.
A placa Wi-Fi dos nossos smartphones é capaz de fazer o processo inverso de conexão. Ou seja, ao invés de buscar um sinal de uma rede para se conectar, o smartphone pode usar a rede móvel para gerar um sinal Wi-Fi. Assim, você pode usar esta Internet em outros dispositivos, como um notebook.
Este tipo de recurso pode aparecer com diversos nomes em aparelhos Android: ancoragem, roteador móvel, roteador Wi-Fi, Hotspot Wi-Fi ou Ponto de Acesso Móvel. Todos são a mesma coisa, mudando apenas de fabricante para fabricante.
O recurso pode ser encontrado em lugares diferentes no sistema, já que cada fabricante gosta de modificar a interface do Android. Usando o Galaxy S8 como exemplo, podemos encontrar o recurso em Configurações > Conexões > Roteador Wi-Fi.
Ao ativar o Roteador Wi-Fi, o smartphone da Samsung usará a rede móvel para gerar o sinal Wi-Fi e distribuir a internet com outros dispositivos ao redor. É gerado um SSID (nome de rede) e também uma senha padrão – que pode ser alterada pelo usuário. Esta senha é necessária para que a conexão seja estabelecida em outros equipamentos.
Também é possível usar a Internet móvel do celular via Bluetooth ou USB. Em alguns aparelhos vemos o nome Ancoragem, enquanto em outros é encontrado o nome usual da tecnologia: tethering. A vantagem de conectar o celular ao notebook via USB é que além de compartilhar a Internet a bateria do smartphone será recarregada ao mesmo tempo.
Esta opção é interessante para quando a placa Wi-Fi do seu notebook está com problema, por exemplo. Assim você pode usar a conexão do celular para navegar. Este recurso não é exclusivo do Android. Celulares com iOS e Windows Phone também permitem compartilhar a conexão com outros dispositivos.
A tecnologia Bluetooth surgiu em 1994, tendo sido desenvolvida pela Ericsson. Ela surgiu a com a necessidade de permitir a troca de dados e arquivos entre dois dispositivos a curta distância. O nome da tecnologia é uma homenagem a um antigo rei da Dinamarca e Noruega, Harold Blatand, também conhecido como Harold Bluetooth.
O Bluetooth usa a mesma frequência de 2,4 GHz do Wi-Fi. No entanto, o alcance aqui é muito menor, já que a conexão é estabelecida pela antena interna de cada telefone. Inicialmente, a tecnologia permitia apenas uma pequena quantidade de dispositivos conectados ao mesmo tempo, mas isso acabou sendo ampliado com as mais recentes gerações.
Os dispositivos mais antigos possuíam um alcance bastante limitado, raramente passando dos 10 metros. Em aparelhos mais recentes é possível ter conexões mais distantes, chegando mesmo a 100 metros. Claro que o número de obstáculos no caminho acaba interferindo no sinal e reduzindo a distância na prática.
Classe | Alcance | Potência máxima |
Classe 1 | Até 100 metros | 100 mW (20 dBm) |
Classe 2 | Até 10 metros | 2,5 mW (4 dBm) |
Classe 3 | Aproximadamente 1 metro | 1 mW (0 dBm) |
No caso de uma conexão entre dispositivos de classe 1 e 2, o alcance do aparelho classe 2 será ampliado. O modelo mais potente possui uma maior sensibilidade, que acaba sendo transmitida na conexão para o modelo inferior. Isso faz com a transferência seja mais efetiva do que dois aparelhos classe 2 realizando trocas de dados, por exemplo.
Versão | Taxa de transmissão |
Versão 1.2 | 1 Mbps |
Versão 2.0 | 3 Mbps |
Versão 3.0 | 24 Mbps |
Versão 4.0 | 25 Mbps |
Versão 5.0 | 50 Mbps |
Entre cada geração não tivemos apenas um ganho em velocidade. Com o Bluetooth 4.0, por exemplo, houve uma redução considerável no consumo de energia ao transferir dados, isso permitiu fazer a bateria durar mais, não apenas em smartphones. Até mesmo em controles de videogames, como no caso do PS4 Slim e PS4 Pro, houve um aumento na autonomia devido à versão mais recente do Bluetooth usada pela Sony.
Na quinta geração da tecnologia, outro grande destaque é a possibilidade de conectar mais de um acessório ao smartphone ao mesmo tempo. Um exemplo seria conectar dois fones de ouvido sem fio e compartilhar a música que você está ouvindo com outra pessoa.
O Bluetooth 5.0 tem dois grandes focos: coexistência e interoperabilidade. Estes são dois pontos fundamentais para o desenvolvimento da Internet das Coisas, onde teremos cada mais dispositivos inteligentes em nossas casas que se comunicam entre si.
Quase todas as grandes melhorias no Bluetooth 5 são exclusivamente para o modo Low Energy (BLE). Introduzido pela primeira vez no Bluetooth 4.0 e aprimorado nas versões v4.1 e v4.2, o BLE é um protocolo totalmente separado do Bluetooth “clássico”. A partir do Bluetooth 4.2, o modo BLE transmite muito menos dados do que o Bluetooth clássico, mas tem um alcance similar, latência muito menor e usa apenas uma fração da energia.
O Bluetooth 5 acrescenta melhorias na operação de baixo consumo de energia, além das conexões opcionais de maior largura de banda ou maior alcance. Por exemplo, traz um aumento de oito vezes na eficiência dos dados de transmissão. Isso significa, essencialmente, oito vezes mais dispositivos conectados. O Bluetooth SIG, órgão responsável pela homologação da tecnologia, imaginou residências e empresas cheias de dispositivos IoT e projetou a especificação Bluetooth 5 para torná-los mais poderosos, úteis e fáceis de conectar.
Atualmente, apenas os mais recentes flagships possuem suporte ao Bluetooth 5.0, enquanto ainda há modelos mais básicos sendo lançados com a primeira versão do Bluetooth 4.
Por mais que a tecnologia Bluetooth tenha evoluído nos últimos anos, seu foco ainda está na conexão ponto a ponto entre dois dispositivos. É aí que entra o Bluetooth Mesh, um padrão que melhora o alcance e permite cobrir prédios inteiros.
A novidade é compatível com as versões 4.0 e 5.0 da tecnologia e ajudará nos avanços da Internet das Coisas. A funcionalidade será basicamente assim: todos os dispositivos em uma casa que contem com conectividade Bluetooth poderão se comunicar abertamente trocando informações ao mesmo tempo – algo parecido com vários equipamentos numa mesma rede Wi-Fi.
A melhor parte é que, quanto mais dispositivos com Bluetooth Mesh tivermos em uma rede, maior será a cobertura da mesma. Este tipo de comunicação não chega a ser algo realmente novo e lembra bastante a tecnologia ZigBee da Philips, usada em lâmpadas inteligentes para que as mesmas se comuniquem entre si e facilite o controle por parte do usuário sem a necessidade de vários roteadores pela casa.
Bluetooth SIG, órgão responsável pelo desenvolvimento desta tecnologia, alega que o uso de redes em mesh será fundamental para o avanço da robótica, automação industrial e Internet das Coisas. Quaisquer dispositivos com Bluetooth 4.0 ou mais recente podem funcionar perfeitamente dentro deste tipo de rede.
A expectativa é que muitos produtos saiam de fábrica com Bluetooth Mesh ativado por padrão ainda este ano.
Near Field Communication (NFC) é uma tecnologia que permite a troca de dados entre dispositivos próximos, assim como o Bluetooth, mas tendo mais foco na segurança. Para que a comunicação seja feita, dois aparelhos com NFC ativados devem ser aproximados um do outro, evitando qualquer tipo de configuração ou pareamento como visto em outras tecnologias.
Baseado em uma comunicação por campo de proximidade, a tecnologia gera um link em frequência de rádio de curta distância. Atualmente o NFC é bastante usado para pagamentos com smartphones, bastando o usuário aproximar o celular a no máximo 10 centímetros de uma maquininha de pagamentos.
Tanto as soluções de pagamentos da Apple, Google e Samsung usam o NFC. No entanto, alguns smartphones da sul-coreana também contam com o MST (Magnetic Secure Transmission). Quais as diferenças entre as duas tecnologias?
Os pagamentos NFC exigem que os comerciantes atualizem seus terminais antigos para terminais de pagamento habilitados para NFC. A transmissão magnética segura (MST) envia um sinal magnético de um dispositivo compatível para o leitor de cartão do terminal de pagamento (para emular a passagem de um cartão de pagamento físico).
Os pagamentos via MST não exigem que o comerciante atualize o terminal de pagamento, disponibilizando o Samsung Pay para uso em quase todos os terminais de pagamento com um leitor de cartão. A plataforma de pagamentos da Samsung usa tanto o NFC quanto o MST para enviar informações de pagamento ao terminal.
Ambas as tecnologias são igualmente seguras, usando um número de cartão digital exclusivo no lugar do número real do seu cartão de pagamento. Suas informações são mantidas em sigilo e segurança, e somente o seu banco e a rede de pagamento do cartão terão informações sobre a transação.
Por funcionar com praticamente qualquer máquina de pagamentos, o Samsung Pay acaba tendo uma abrangência muito maior que o Apple Pay e Google Pay.
Em São Paulo, a tecnologia NFC é usada para consulta e recarga do bilhete de transporte público. É uma facilidade para aqueles que não querem andar com mais um cartão no bolso. Em várias partes do fundo o NFC também é usado para liberar outros tipos de acessos, incluindo trava eletrônicas em residências e centro comerciais.
A tecnologia também é usada para transferência de arquivos entre smartphones ou outros equipamentos. Algumas câmeras digitais permitem enviar as fotos capturadas diferentemente para seu smartphone, para que você possa editá-las e publicar tudo em suas redes sociais.
O NFC também permite conectar dispositivos de áudio. Algumas caixas de som possuem a tecnologia, permitindo que você escute suas músicas em um alto-falante mais potente ao apenas aproximar o celular. São várias facilidades que o NFC traz para as nossas vidas, mas é uma tecnologia que nem sempre é encontrada em modelos mais baratos de smartphones.
Desde o iPhone 6 que vemos a tecnologia presente nos smartphones da Maçã, mas com a chegada do iOS 12 para o segundo semestre teremos uma nova funcionalidade: a possibilidade abrir portas em hotéis. Com esta novidade, não será mais preciso carregar um cartão-chave sempre que você estiver hospedado, precisando apenas do seu celular para entrar e sair do quarto.
Além do Apple Pay, os usuários do iOS terão muito uma maior usabilidade com o NFC. Nada foi confirmado pela empresa ainda, mas há relatos que os funcionários da Apple já testam diversos recursos que serão liberados para as recentes gerações de iPhone.
Já ouviu falar do Yubikey? Ele é um pendrive capaz de fazer autenticação por hardware em aplicativos, o que elimina a necessidade de usar senhas. A novidade já existe há um tempo para ser usada em PCs, onde o usuário precisa acessar o site da fabricante para comprovar a sua identidade.
Agora é possível usar o Yubikey com iPhone via conectividade NFC. O vídeo acima mostra a praticidade que o produto oferece, mas é necessário que o desenvolver de cada app libere o suporte ao gadget. Atualmente apenas o app LastPass é compatível, mas podemos esperar que outros adotem a ideia com a chegada do iOS 12.
Universal Seria Bus (USB) surgiu com a necessidade de unificar os tipos de conexões que encontrávamos em eletrônicos. Antigamente, cada fabricante apostava em uma conexão proprietária, o que exigia um cabo específico para cada equipamento em sua casa. Em alguns casos era exigido também um conhecimento específico, já que a facilidade de plugar e ligar que temos hoje ainda não existia.
Surgiu então o padrão PnP (Plug and Play) que tinha como objetivo facilitar a conexão entre diferentes dispositivos. A proposta era interessante, mas só veio vingar mesmo quando o USB Implementers Forum lançou um novo barramento que fosse comum em todos os eletrônicos – sendo este um consórcio de empresas formado por Microsoft, Intel, Compaq, IBM, NEC, Nortel e DEC.
Com a conexão USB que conhecemos hoje é possível conectar até 127 dispositivos em uma mesma porta usando um hub. Isso mostra o quanto o padrão é flexível. A primeira versão (0.8) foi desenvolvida em 1994, mas não chegou a ser lançada. Depois dela tivemos mais duas versões de teste (0.9 e 0.99) que foram desenvolvidas em 1995.
O padrão USB 1.0 finalmente chegou ao mercado no começo de 1996, sendo encontrado em alguns dispositivos lançados no mesmo ano. Em meados de 1998 surgiu a primeira atualização (1.1), que tinha como melhorias ampliar a velocidade de transferência de dados para 12 Mbps – além de corrigir alguns erros de compatibilidade.
Versão | Lançamento | Velocidade máxima |
USB 1.0 - 1.1 | 1996 - 1998 | 1,5 Mbps - 12 Mbps |
USB 2.0 | 2000 | 480 Mbps |
USB 3.0 | 2008 | 5 Gbps |
USB 3.1 | 2013 | 10 Gbps |
A próxima versão do USB a ser lançada é a 3.2, que promete entregar até 20 Gbps de transferência de dados. Isso será possível graças à capacidade ‘multi lane’ do padrão, que permite usar múltiplas faixas de transmissão de dados. Assim, é possível usar duas faixas de 5 Gbps ou duas de 10 Gbps.
A melhor parte é que os cabos atuais do padrão USB 3.1 são compatíveis. Assim, basta você usar o seu cabo Tipo-C atual com os novos equipamentos com USB 3.2. No entanto, será necessário que a fabricante lance uma atualização de firmware para garantir a retrocompatibilidade.
Os primeiros produtos com USB 3.2 devem chegar ao mercado apenas em meados de 2019 para competir com o Thunderbolt, tecnologia rival desenvolvida em parceria entre Intel e Apple e que consegue alcançar nada menos do que 40 Gbps!
O formato A é o tipo mais comum em computadores, também sendo encontrado em cabos USB que acompanham os smartphones. De um lado temos o padrão A, enquanto do outro encontramos o micro-B ou mini-B – chamados normalmente de microUSB e miniUSB. Este tipo de cabo é baseado na versão 2.0, que entrega velocidade máxima de 480 Mbps.
Smartphones mais avançados trazem porta do Tipo-C, que pode ser tanto de primeira geração quanto de geração mais recente (3.1) com velocidade superior. Algumas fabricantes adotam este formato nas suas pontas do cabo que vem com o smartphone, enquanto outras, como a Samsung, ainda usam o formato A para conectar ao carregador de parede e a portas USB de computadores.
O padrão Tipo-C não entrega uma velocidade maior que o tipo A ou B. Ele tem o diferencial de ser mais compacto (um terço do tamanho) e também por ser reversível. Isso resolve o problema de encontrar o lado certo na hora de encaixar o cabo.
Outra vantagem do padrão Tipo-C está na possibilidade de entregar uma maior carga elétrica, o que ajuda a carregar mais rapidamente o seu smartphone enquanto está conectado ao PC. A velocidade e potência máxima vai depender da versão, no entanto. Além disso, cabos no padrão C também apresentam uma maior durabilidade (algo estimado em torno de 10 mil conexões).
Em 2011 surgiu o padrão USB-OTG para que dispositivos compatíveis possam se comportar como controladores de outros aparelhos. Você pode conectar um teclado ou mouse em seu celular para digitar mais facilmente ou usar a seta do mouse para interagir com algum aplicativo que não seja otimizado para toques na tela.
Para usar o USB-OTG, primeiramente é preciso ter um smartphone compatível. A partir daí você precisará de um adaptador para conectar o periférico, como um HD externo, por exemplo. Alguns modelos de celular já trazem este tipo de adaptador, como a Samsung que fornece o acessório em seus recentes flagships.
Também é possível conectar um controlador de jogos, caso você tenha um modelo que não suporte Bluetooth ou seu smartphone não tenha reconhecido corretamente o controle. São inúmeras as possibilidades de usar e interagir com seu celular usando o USB OTG.
Alguns celulares também podem ser usados como power bank, para recarregar outros smartphones ou dispositivos. A Asus é a que mais investe neste tipo de uso com a linha Zenfone.
Através desse método, também fica mais fácil transferir fotos, vídeos, documentos e músicas entre dois smartphones, sem depender de Bluetooth ou da nuvem. Controlar uma câmera DSLR também é possível ao usar o seu smartphone como tela secundária. E o melhor de tudo é que um cabo OTG tem preço baixo e pode ser encontrado facilmente.
O GPS (Global Positioning System) veio para ficar nos smartphones. Ele permite informar ao aparelho a sua posição, incluindo a informação horária, mesmo sob qualquer condição atmosférica.
Os nossos smartphones são capazes de captar os sinais de quatro satélites para determinar as suas próprias coordenadas. Após isso, ele calcula a distância entre os quatro satélites pelo intervalo de tempo entre o instante local e o instante em que os sinais foram enviados.
O GPS surgiu durante a Guerra do Golfo (1990-1991), como sendo uma tecnologia voltada para fins bélicos, mas que agora se tornou vital para localização. Atualmente temos versões diferentes de GPS presentes nos smartphones. As mais comuns são:
A-GPS: esse é o tipo mais comum de GPS em smartphones. Ele vem da abreviação de GPS assistido, o que permite recebe dados de redes móveis, como 3G ou mesmo GPRS, para ajudar a encontrar a localização do usuário. Ele reduz consideravelmente o tempo para a localização ser realizada, além de ser muito eficiente em centros urbanos com muito interferência de sinais de rádio.
GLONASS: essa é a navegação por base em satélite russo. Ele é estruturado em três segmentos (espacial, usuário e controle) em escala atômica, não contínua e orientada ao horário padrão da cidade de Moscou na Rússia. Ele surgiu como solução alternativa ao NAVSTAR, sendo este controlado pelo governo dos Estados Unidos.
Galileo: essa é a navegação por base em satélite da União Europeia. Ele foi desenvolvido com base em um projeto civil que veio como oposição ao GPS americano e ao GLONASS. O seu diferencial está na maior precisão, segurança aprimorada e com menos incidência de apresentar erros operacionais. Outro diferencial é que este satélite tem um maior alcance que os demais.
BeiDou (também conhecido como Compass): essa é a navegação por base em satélite chinês. A primeira geração é composta por três satélites e oferece serviços de localização para usuários na China e regiões vizinhas desde 2000. A segunda geração, que recebe o nome de BeiDou-2, contará com 35 satélites quando for concluído até 2020. Enquanto isso, os primeiros satélites da terceira geração (BeiDou-3) já foram lançados no final de 2017.
QZSS: essa é a navegação por base em satélite japonês. A solução chegou para resolver a falha de comunicação de GPS em numerosos cânions urbanos, onde somente satélites em altitudes elevadas podem ser vistos. Uma função secundária é o aprimoramento do desempenho, aumentando a precisão e a confiabilidade das soluções de navegação derivadas do GPS. O segundo satélite QZSS foi lançado pelo Japão em meados de 2017.
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