Android 15 Set
Lembra quando os rumores sobre o Snapdragon 845 começaram? Todos eles falavam que o novo chipset da Qualcomm seria o primeiro fabricado em processos de 7 nm, mas isso não aconteceu. O mesmo era dito a respeito do processador topo de linha da Huawei, o Kirin 970, e novamente as previsões foram por água abaixo. A MediaTek também desistiu de tentar lançar um processador com litografia de 7 nm este ano. Assim também como a Samsung e o seu processador Exynos 9810, que acabou sendo anunciado com a segunda geração da tecnologia de 10 nm.
Você percebeu que todas as empresas que fabricam seus próprios processadores tem uma coisa em comum? Todas elas estão evitando os processos de 7 nm em 2017 e fontes na indústria já começam a especular o motivo de tal relutância.
A baixa competitividade
Sabemos que quanto mais empresas no mercado, mais competitivo ele fica. Isso acontece com absolutamente qualquer área de atuação que possa existir mais de duas empresas oferecendo um mesmo serviço. Entretanto, quando esse serviço é novo e ainda muito caro para todas elas, não existem estímulos suficientes para iniciar uma evolução tão brusca.
Assim está sendo o mercado de processadores. As maiores fabricantes ainda não estão prontas para oferecer chips de 7 nm porque eles são caros, precisam de muitos esforços e a competitividade ainda é extremamente baixa (para falar a verdade, inexistente, visto que não existem processadores de smartphones em 7 nm).
A segunda geração de 10 nm
Devido ao adiamento da chegada dos processadores de menor litografia, então as fabricantes tiveram que oferecer os processadores atuais que são construídos em 10 nanômetros, apenas com alguns aprimoramentos. O HiSilicon Kirin 970 da Huawei, por exemplo, manteve o grande poder do chipset anterior mas com melhorias em pontos como gerenciamento de bateria e pós-processamento fotográfico. Bem como o novo Snapdragon 845, que focou (entre várias outras coisas) nas mesmas questões da Huawei.
Os novos modelos de 10 nm definitivamente não são ruins, mas deixarão o mercado de smartphones de 2018 com poucas novidades interessantes. Os maiores diferenciais dos aparelhos do próximo ano não serão o processamento, mas sim o design e as funcionalidades de inteligência artificial, que chegou com tudo na segunda geração de 10 nm.
7 nanômetros para 2018?
Sim, mas segundo as fontes do DigiTimes, para garantir que as empresas não tenham prejuízos elas terão que contar com 120 a 150 milhões de chips fabricados e vendidos. Ainda de acordo com a fonte, "apenas a Apple, Samsung, Qualcomm e MediaTek podem conseguir isso."
Falar que a Huawei não pode realizar as vendas necessárias é extremamente irracional, especialmente quando a empresa se firmou em 2017 como a segunda maior empresa de smartphones do mundo e conseguiu conquistar uma legião de fãs desde o ano passado. Então podemos esperar que a Huawei, ao lado das também gigantes Qualcomm, Samsung, Apple e MediaTek anunciem em 2018 seus chipset construídos em litografia de 7 nanômetros.
A pergunta que fica é: quem vai ser a primeira fabricante a anunciar o processador de 7 nm para smartphones? Vazamentos sugerem que a Huawei anunciará em janeiro seu processador Kirin 980 com nova arquitetura e litografia, apenas quatro meses depois do anúncio do 970! Será?
Comentários