Curiosidade 25 Out
A Meta AI foi lançada no Brasil no dia 9 de outubro deste ano, como o novo chatbot de Inteligência Artificial para as redes sociais da empresa, como o WhatsApp, o Instagram e o Facebook.
No entanto, desde que passou a funcionar em português, no mês de julho, a assistente de IA precisou se adaptar quanto às suas políticas de uso de dados e chegou a gerar memes na internet por algumas respostas equivocadas.
Em meio ao seu funcionamento no país, como as informações dos usuários são usadas pela Meta por meio do seu novo chatbot? Quais são as fontes aproveitadas pela ferramenta para fornecer as respostas? O Detetive TudoCelular apurou os detalhes e explica a você a seguir.
A Meta AI consiste em um robô que utiliza IA generativa para fornecer respostas ao usuário por meio de interação natural com o usuário. É similar ao que podemos encontrar no ChatGPT, da OpenAI, ou no Copilot, da Microsoft.
A diferença está na aplicação. A Meta resolveu inserir a sua assistente de Inteligência Artificial no campo de escrever mensagens e na barra de busca dos seus aplicativos. Isso significa que ela está integrada diretamente às conversas que você tem com seus contatos e aos conteúdos publicados nessas plataformas.
Apesar de a Meta AI ter sido inserida de forma nativa após a atualização do aplicativo, não é possível desativá-la em qualquer dos aplicativos da organização. Somente dá para ignorá-la e não interagir, caso não haja qualquer interesse no uso.
Dada a preocupação com a utilização de dados do usuário para treinar a IA, o Governo Federal chegou a proibir a Meta de realizar a prática – a qual acontecia desde janeiro deste ano –, por meio de um despacho decisório.
Na ocasião, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) se atentou principalmente ao argumento de que a Meta não solicitava de forma explícita o consentimento do usuário para a ação – algo semelhante ao impasse entre a ANPD e o X (Twitter).
O retorno ao uso das informações para treinar a IA se deu apenas no dia 9 de outubro, data na qual lançou a Meta AI no Brasil. Desta vez comunicada aos seus usuários, a justificativa para o retorno se deu com para “ampliar as experiências de IA”, com a vigência de uma Política de Privacidade atualizada.
As informações do usuário usadas para o treinamento, segundo a própria companhia, são estas: nome; nome de usuário do Facebook e do Instagram; foto do perfil; atividade em grupos públicos, páginas e canais; avatares; e publicações, fotos e vídeos compartilhados de forma pública no perfil, bem como Stories ou Reels.
A Meta ainda ressalta que as conversas em si com a Meta AI possuem a mesma criptografia de ponta a ponta existente nas mensagens do WhatsApp. Em outras palavras, a companhia não teria acesso aos conteúdos, os quais ficariam armazenados somente no dispositivo.
Compartilhamento de informações
De acordo com a Central de Privacidade da Meta em relação à IA e aos parceiros, a empresa admite que compartilha “às vezes” as mensagens mandadas para as Ias e as informações gerais do usuário. O exemplo mencionado está na região do indivíduo.
Além disso, a Meta garante que não envia às companhias parceiras as chamadas informações de identificação pessoal, como o nome de usuário – apesar de estar entre os tratados pela empresa.
Em meio a várias tarefas bem executadas e outras com respostas não tão precisas, um questionamento vem à tona: quais são as fontes de informações aproveitadas pela Meta AI para os resultados?
A Meta possui uma página chamada “Como a Meta usa informações para recursos e modelos de IA generativa”, na qual há uma explicação sobre a origem das informações de treinamento.
Segundo a empresa, há uma combinação de fontes. Dentre elas, estão as que estão disponíveis online publicamente e outras que são licenciadas. Além disso, a organização confessa que aproveita publicações ou fotos e legendas compartilhadas nas próprias redes sociais dela. Porém, o conteúdo de mensagens privadas não está na lista.
Em outras palavras, se você incluiu informações suas de contato em um blog aberto, elas poderão estar entre as coletadas pela IA generativa da marca, apesar de não associadas a uma conta específica.
Além disso, na página dos parceiros selecionados, a Meta chega a especificar alguns deles. A lista conta com Google, Microsoft, Finnhub e Wolfram, dentre aqueles que fornecem dados para os resultados da Meta AI.
“Os modelos de IA generativa que fazem nossos recursos funcionar podem não ter as informações mais completas ou recentes. Isso significa que, se você perguntar o placar do jogo de futebol de ontem, talvez a IA não saiba a resposta certa.
É por isso que trabalhamos com outras empresas que são parceiros confiáveis (como a ferramenta de busca da Microsoft, o Bing) para que possamos oferecer a você as informações mais relevantes.”
Meta
Quando um usuário não deseja mais que seus dados pessoais sejam tratados por alguma empresa, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – legislação que rege o tema no Brasil – concede o chamado “direito de oposição”.
Ele consiste em uma solicitação na qual o titular dos dados pode fazer para exigir que uma companhia não utilize mais as suas informações. E para estar em conformidade com as normas brasileiras, a Meta fornece essa opção por meio de formulários online. Porém, em caminhos distintos para cada plataforma.
No WhatsApp, esse pedido pode ser feito por meio deste link, ao mencionar o telefone vinculado à sua conta. Também dá para acessar a página pelo app, por meio do seguinte caminho: Ícone de informações (i) > Saiba Mais > Enviar uma solicitação de objeção.
Já para o Instagram e o Facebook, existe um formulário separado – válido para ambos os serviços –, no qual você precisa apenas inserir o seu endereço de e-mail. Ele está disponível neste link.
Qual é a sua avaliação sobre a Meta AI em relação à uso de dados e à precisão nas respostas? Participe conosco!
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