Um dos grandes dramas do cotidiano das pessoas é o crime de roubo de celulares. Além do medo de segurança da ocorrência em si, quadrilhas têm conseguido acessar as contas bancárias pelos smartphones e tirado o dinheiro.

Em meio a tantos perigos, como manter ao menos os apps de bancos protegidos, caso você tenha tido o seu smartphone furtado? O Detetive TudoCelular explica a você como proceder nesses casos.

Entre os principais exemplos que foram à público, está o caso recente do agente de talentos Bruno de Paula, de 36 anos. Ele contou todo o seu caso na conta do Twitter, no qual teve seu celular roubado em um semáforo da Zona Norte de São Paulo no final de abril.

Como na hora da ocorrência o seu aparelho estava com a tela desbloqueada, os criminosos conseguiram entrar em seus aplicativos bancários e tiraram um total superior a R$ 143 mil de suas contas.

A solução teve de vir somente após a história ganhar repercussão nas redes sociais. Enquanto antes os bancos não quiseram atender à demanda, depois procuraram o rapaz e deram a solução.

Esse tipo de crime tem ocorrido de maneira calculada pelos bandidos, para que eles consigam obter os aparelhos enquanto estiverem destravados — assim, o acesso fica facilitado aos apps e aos dados do usuário.

O roubo acaba acontecendo em locais públicos ou mesmo no trânsito, em momentos nos quais os usuários estão usando o dispositivo. Isso porque os bandidos acabam por obter o portátil sem nenhuma trava de acesso ao sistema em si.

Assim, com o acesso ao aparelho sem o display bloqueado, os criminosos podem procurar por senhas ou outras informações sensíveis presentes no celular, para fazer o acesso nos aplicativos, ou ainda desativar o bloqueio de tela e poder destravar outras vezes posteriormente.

Afinal, como é possível se proteger de ter o acesso aos bancos violado dessa maneira? Há algumas medidas para dificultar o acesso a mais dados, caso tenha o seu smartphone tirado de você. Uma delas está em sempre deixar uma opção de bloqueio de tela configurada, especialmente com um tempo rápido para entrar automaticamente.

Outra dica está em não usar a alternativa de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites, pois isso poderia dar entrada direta a estranhos, em posse dos seus dispositivos. Da mesma forma, não passe esse tipo de informação em anotações, e-mails, mensagens de aplicativos ou qualquer outro meio que seja visualizável no celular.

Procure sempre utilizar senhas fortes e outras ferramentas extras de segurança, como biometria, autenticação de duas etapas e reconhecimento facial, quando disponíveis. Vale também configurar um PIN no chip do celular, para exigir o código sempre que o smartphone for reiniciado.

É válido também deixar a sua recuperação de senha vinculada a um aplicativo autenticador — especialmente se estiver em um aparelho secundário —, ou por e-mail — sem acesso irrestrito no celular —, visto que por SMS talvez não seja tão eficiente, já que o criminoso poderá ter acesso à sua linha após o crime.

Por último, em termos de software, sempre mantenha o sistema operacional do seu celular atualizado, além de desativar as notificações exibidas sem que haja o bloqueio de tela.

Fui roubado(a), e agora?

Caso você já tenha sido vítima de um crime, há outras recomendações para você agir. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a primeira etapa para fazer é apagar os dados do seu celular roubado de maneira remota, seja pela página android.com/find — se for um smartphone Android — ou no icloud.com — se for um iPhone, ao clicar em “Limpar dispositivo” ou “Apagar iPhone”, respectivamente.

O próximo passo consiste em entrar em contato com o canal de atendimento do seu banco, a fim de informar a ocorrência à instituição e solicitar o bloqueio de todas as contas e cartões imediatamente.

Já o Procon-SP reforça que a vítima realize a exclusão remota dos dados o mais rápido possível, uma vez que os golpes podem ser aplicados em pouco tempo por quadrilhas.

“Se roubaram o seu celular, em pouco tempo uma quadrilha vai aplicar golpes na sua conta bancária e te causar prejuízos enormes. Não espere! Defenda-se. Não há tempo para você informar seu banco, corra para o primeiro celular ou computador e apague os dados do seu celular para que o bandido não possa aplicar o golpe.”

Fernando Capez

Diretor executivo do Procon-SP

Você já passou ou conhece alguém que tenha sofrido com esse problema? Qual foi a solução tomada? Conte para a gente no espaço abaixo.