Economia e mercado 28 Mar
Contratar um serviço de internet de empresas tradicionais não é uma tarefa fácil para quem mora em algumas comunidades do Rio de Janeiro. Isso porque a criminalidade passou a oferecer serviços piratas e a afugentar as companhias concorrentes.
De acordo com uma reportagem publicada pela agência de notícias Reuters, os criminosos ameaçam e chegam até a atirar contra os profissionais de empresas de regulamentadas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo investigações da polícia, isso ocorre para que as companhias não consigam instalar a infraestrutura necessária para oferecer seus serviços na região e a população fique refém dos produtos comercializados pelos criminosos.
Em um dos relatos à reportagem, um investigador da polícia conta que um técnico da TIM foi recebido por homens armados e expulso do Morro da Formiga, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto tentou realizar uma instalação no local.
Para oferecer seus próprios serviços de internet, os criminosos acabam roubando materiais e equipamentos das operadoras licenciadas. Dessa forma, os moradores precisam contratar o produto criminoso para não ficarem sem acesso à internet.
Nesse modelo de negócio também é registrada uma perda considerável na qualidade do serviço prestado, deixando o consumidor à mercê de instabilidades na conexão. E o pior, sem poder reclamar com os criminosos ou buscar seus direitos.
Alguns provedores de internet já são alvos de investigações, como é o caso da JPConnect. Em uma operação realizada em janeiro na sede da empresa foram encontrados vários equipamentos que pertenciam às operadoras TIM, Claro, Oi e Vivo.
Em resposta à agência Reuters, o advogado da JPConnect, Eberthe Vieira de Souza Gomes, afirmou que os serviços da operadora são legais e disse também que a empresa ganhou mercado ao oferecer produtos de qualidade.
O presidente da Conexis, entidade que representa as empresas de telecomunicações no país, Marcos Ferrari, destacou que o setor vem sofrendo com constantes ações criminosas, como vandalismo, roubo e até a ‘expulsão’ das empresas de territórios.
O representante afirmou esse tipo de ação deve ser combatida pelas autoridades. Enquanto isso, clientes, funcionários e empresas de telecomunicações seguem "nas mãos" de facções criminosas que atuam no estado.
O que você acha que poderia ser feito para resolver toda essa situação? Conta pra gente nos comentários logo abaixo!
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