
Samsung 01 Jun
05 de junho de 2020 19
O Galaxy Watch Active 2 chegou ao mercado brasileiro no segundo semestre do ano passado, mas sua popularização acontece no momento em que ele é incluído na promoção da linha Galaxy S20, vindo como brinde na compra do smartphone.
A evolução do primeiro Galaxy Watch Active aposta numa experiência mais completa em relógios inteligentes e na conectividade para se diferenciar de rivais de Huawei, Apple e Xiaomi. Mas será que consegue? É isso que você confere nessa análise completa
Há poucos itens na caixa do relógio. Além do Active 2 em si, uma pequena caixa cilíndrica abriga o carregador magnético e seu cabo USB-A e uma pequena caixa com papelaria
A primeira grande mudança do Galaxy Watch Active 2 é que o modelo chega agora em duas variantes, de 40mm e 44mm. O modelo cedido pela Samsung para testes é a versão maior. O corpo do relógio segue a construção dos smarphones, com uma combinação de metal e vidro. O Galaxy Watch Active 2 possui dois botões laterais no lado direito do relógio. Voltar, na parte superior e Home, na inferior. Uma escolha não muito intuitiva, mas que não atrapalha a experiência.
Na frente, uma pequena borda preta que, combinada com a tela AMOLED, passa a impressão de que a área frontal é inteira formada por tela touchescreen. Como não há proteção ao redor do vidro, vale o cuidado com cantos de parede e quinas. A traseira abriga todos os sensores do relógio cercada por um círculo prateado onde é possível ler Samsung Galaxy Watch. As pulseiras são emborrachadas e passam uma sensação de leveza, com 20mm de largura, que podem ser facilmente trocadas.
Na caixa, pouca coisa. Papelaria e informações do relógio embalados num envelope preto, o relógio e o carregador de mesa, que vem em um papel cilíndrico. Destaque para o tamanho compacto da caixa, com 95mm x 85mm x 60mm.
A Samsung se destaca pela qualidade de seus displays, e não é diferente por aqui. O AMOLED mostra sua qualidade com pretos profundos e cores vívidas, com alto contraste, que facilitam a visualização em qualquer hora do dia, mesmo com forte incidência de sol. As bordas são levemente curvadas, mas longe de lembras as telas Edge de smartphones, dando um aspecto elegante ao modelo.
O brilho é ajustável e, mesmo utilizando 50% do brilho, a visualização é bastante confortável para o uso cotidiano, que permite até mesmo ser utilizado como lanterna. Essa combinação permite também uma leitura tranquila das informações e notificações do relógio inteligente.
O Galaxy Watch Active 2 utiliza o Tizen como sistema operacional, que oferece uma das experiências mais completas de uso de relógios, ao lado do watchOS, da Apple. Ele conta com uma interface formada por várias telas que podem ser alternadas com um swipe lateral, e a posição de cada widget é ajustável, e o mesmo vale para as notificações. Deslizar de cima para baixo leva ao menu rápido, com uma série de funções ajustáveis, como parear fones de ouvido, acessar as configurações, modo avião, um modo dedicado para o caso de o modelo entrar na água e um buscador.
Na área de aplicativos, o toque na tela simula o uso de uma coroa circular, e a área de aplicativos é certamente o ponto alto do relógio. O Galaxy Watch Active 2 conta com uma Galaxy Store própria, que permite baixar uma série de aplicativos para o relógio, o que aumenta o leque de funcionalidades. De Strava a Spotify, passando por Uber, Galeria, Player de Músicas e até um app de Rádio.
Esse ponto é, certamente, o que diferencia o relógio da Samsung de outros modelos de sua categoria. Nem mesmo os modelos mais avançados de Huawei e Xiaomi permitem downloads de apps de terceiros de forma oficial. Como os principais modelos de sua categoria, o armazenamento de 4GB permite abrigar músicas e fotos no relógio, e consumir esse conteúdo diretamente. Outra função bem-vinda é o controle de ligações, que permite fazer ou receber chamadas, e o som alto e claro é um dos destaques.
O aplicativo dedicado é o Galaxy Wearable, o mesmo que conecta os Galaxy Buds Plus, por exemplo. Por lá é possível trocar watchfaces – há uma série no próprio relógio, além de um sem número disponível na Galaxy Store – e organizar o relógio diretamente pelo celular, controlando todas as suas funções, bem como atualizar software. Para quem não possui celular Samsung, é necessário baixar, além do aplicativo, um Plug in específico para o relógio, e também o Samsung Health para monitorar os exercícios.
Outro ponto alto do relógio é a integração com os principais aplicativos nativos da Samsung. O relógio conta com Samsung Pay e Bixby nativamente, além de alarmes, Reminder e Samsung Health. O sistema de pagamentos da Samsung leva ao relógio a experiência do celular, permitindo o pagamento por aproximação diretamente no relógio, que funciona normalmente no Brasil.
A Bixby ainda não fala português, mas está presente, e permite realizar uma série de funções pela assistente pessoal da Samsung. O player de música permite controlar áudios e escolher se vai ouvir no fone de ouvido ou no próprio relógio, e calendário, alarmes e outras funções são facilmente sincronizáveis.
Apesar de ter variantes com LTE, que permitem adicionar um eSIM e ter maior autonomia, o modelo testado conta apenas com Wi-Fi. O Bluetooth 5.0 permite que o relógio se conecte, ao mesmo tempo, com celular e com fones de ouvido e caixinhas de som. O pareamento com o Galaxy Buds Plus, curiosamente, demorou para acontecer mesmo os dois modelos sendo da mesma fabricante. Por falar em curiosidade, o relógio detectou mais rapidamente o Redmi AIrDots, da Xiaomi.
Porém, depois de realizado o pareamento, a conexão entre relógio e fone da Samsung acontece automaticamente ao abrir o estojo dos Buds, permitindo fazer exercícios e ouvir música sem precisar do celular.
O nome Active já sugere, por si só, que o relógio conta com um completo leque de monitoramento de exercícios. São nada menos que 41 modalidades diferentes de atividades, que vão das já tradicionais corridas e bicicletas, passando por quase todo o circuito de musculação e até mesmo ioga e treino em circuito. Em corridas, o aplicativo tem um treinador virtual em áudio que, a cada quilômetro percorrido, passa as principais informações para o usuário.
E a integração com o app Samsung Health traz para o relógio funções que vão além da medição de batimentos cardíacos: o controle de sono é preciso e capaz de medir sono leve, pesado, sono REM e minutos acordados. Há medição de estresse, notificações para beber água e um modo dedicado à saúde feminina.
É aqui a notícia triste desse review. O conjunto completo de funções e experiências do relógio esbarra na capacidade de bateria e também no tempo de carregamento. Com notificações ligadas e Always On ligado para “ver as horas” o tempo todo (afinal, é para isso que serve um relógio), a autonomia de bateria dos 400mAh é de dois dias, no máximo.
Você pode dizer que é o dobro do tempo dos Apple Watch, mas nesse quesito ela apanha feio do Huawei Watch GT 2, com seus dez dias de autonomia. Modelos da Xiaomi, como o Amazfit GTS, alcançam facilmente duas semanas longe das tomadas, apesar de terem muito menos funções que o aparelho da Samsung.
E o tempo de recarga também não é dos melhores. Apesar de aceitar carregamento sem fio, o Galaxy Watch Active 2 precisa de mais de duas horas para ir de zero a 100%. Nos nossos testes, foram 2h23min com o carregador magnético de parede, e 2h30min utilizando a recarga sem fio, utilizando um carregador da própria Samsung.
A combinação entre alto tempo de recarga com a baixa autonomia de bateria significa uma coisa: o relógio, em algum momento, vai te deixar na mão. Em tempos de pandemia, com mais tempo em casa, é mais fácil lembrar de recarregar o relógio, mas em situações normais, sobram duas alternativas: carregar enquanto dorme, e perder o monitoramento de sono, ou perder duas horas e meia de notificações e uso do relógio a cada dois dias.
Vale a pena comprar o Galaxy Watch Active 2? É uma questão pessoal, mas vale dizer: se você não liga de recarregar constantemente o relógio, a resposta é sim. Como o modelo está em promoção na compra da linha Galaxy S20, usuários de Samsung terão a extensão da experiência da linha de smartphones diretamente no pulso.
Com preços a partir de R$ 1500 na compra individual, o relógio da Samsung é mais caro que concorrentes de Huawei e Xiaomi, mas capricha nas funções para compensar o alto preço do modelo, que custa o mesmo que um smartphone intermediário.
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