
Samsung 30 Mai
30 de junho de 2018 58
A tecnologia tem evoluído com muita velocidade nas últimas décadas. Já passamos do rádio para escutar músicas no Spotify, das locadoras para assistir filmes na Netflix, dos pedidos de comida no disk-entrega para o iFood e similares. Acompanhar esse ritmo ofegante é uma tarefa que pode deixar muita gente confusa – e sem nenhum tostão na carteira.
É bem o caso das novas TVs QLED da Samsung. Os produtos trazem tecnologias que prometem entregar o futuro, mas o preço não é nem um pouco amigável. Mas, se você está pensando em trocar de televisão durante a Copa do Mundo na Rússia, ou até mesmo depois, o TudoCelular te ajuda a entender se esses televisores são uma boa opção.
Pegamos um modelo da Q7F para testar e usamos por duas semanas. Nos parágrafos abaixo, você poderá ver as nossas impressões sobre o produto. Analisamos não apenas a qualidade da imagem, mas também a conectividade com outros dispositivos, o SteamLink e, claro, a interface. Siga a leitura e esperamos esclarecer - ao menos em parte - suas dúvidas.
A linha Q7 da Samsung tem design especial para quem quer mais do que uma televisão na sala. O produto foi desenhado para integrar a decoração do ambiente, tornando uma peça extra.
O suporte de bancada tem acabamento em alumínio. As bordas da tela são bem pequenas. O televisor ainda pode ser pendurado na parede com um suporte No Gap que deixa a TV parecendo um quadro. O design fino do televisor contribui para isso, com bordas pequenas que funcionam como uma moldura quando a tela está ligada.
Ah, e se você ficou preocupado com a instalação ou troca de cabos na parte de trás, pode ficar tranquilo. Esse modelo já tem a chamada conexão invisível. Trata-se de um dispositivo extra onde você conecta todos os aparelhos - conversor de televisão por assinatura, videogames, reprodutor blu-ray e por aí vai. Ele se conecta por um cabo bem fino à televisão, que tem só esse cabo e mais o fio de energia saindo dela.
Se você fizer a instalação toda certinha, pode até esconder esses dois cabos e tornar a conexão, de fato, invisível. E o dispositivo One Connect, que é onde você liga todos os aparelhos, pode ficar em qualquer lugar da sala, até mesmo escondido. Ou seja, é uma televisão que serve, também, como parte da decoração da sala, se assim você preferir.
Mas não faz muito sentido você ter essa elegância toda e ainda ter um monte de controle remoto espalhado pela casa, né? Por isso, a Q7 tem o controle remoto único, com o qual é possível controlar todos os aparelhos ligados à sua televisão.
É um controle bem simples, com poucos botões, mas várias funções. Dá até para controlar outros aparelhos conectados à TV, como conversor da TV por assinatura, aparelho blu-ray e o sistema de som - dependendo, claro, da compatibilidade do dispositivo com a TV.
Aliás, o televisor reconhece boa parte dos dispositivos conectados pelo HDMI automaticamente. Quando não reconhece, você pode renomear. Chega de memorizar quem é o HDMI 1, 2 e por aí vai.
Também é possível fazer alguns comandos por voz, e em português. Basta apertar e segurar o botão com um microfone e falar, por exemplo, desligar TV, trocar canal ou mudar para Xbox.
Ah sim, e também dá para usar o seu smartphone para controlar a televisão e todos esses dispositivos conectados a ela! A televisão ainda se integra automaticamente ao seu smartphone Galaxy com o app Smart Things, e você pode programar horários para ligar e desligar, por exemplo, por meio de seu celular.
Todos esses comandos e controles são possíveis graças à interface Tizen, o sistema das Smart TVs da Samsung. Nesses modelos mais novos, ele está bastante fluido, com resposta bastante rápida e com muitas opções de aplicativos. Tem todos os principais, como Netflix, Spotify, Deezer, Amazon Prime, Globo Play e muitos outros.
A comparação aqui, é importante observar, foi feita com um modelo Samsung de 2014, uma televisão de 32 polegadas curva. Esse tamanho de tela não tem mais opção de tela curva, para você ter uma ideia. Mas, é o modelo que tenho em casa, então é o que posso usar como métrica.
Além disso, diferente da minha televisão Samsung de 2014, não senti travadas ou demora para carregar processos na Q7. Claro que às vezes ele demora um pouco mais para entender seu comando, especialmente em apps que não são muito bem desenvolvidos. Mas, no geral, o Tizen roda muito bem.
E chegamos à questão mais importante: qualidade da imagem. A tecnologia QLED tem um grande diferencial, que é a garantia contra o burn-in (apesar de LG afirmar que não é bem assim). Mas será que a qualidade da imagem, a vivacidade das cores é melhor que o OLED?
Bom, nós pegamos a Q7 justamente na semana em que começou a Copa. Para assistir futebol, é um belo televisor. Quem tem qualidade de transmissão em 4K pode ver detalhes incríveis, especialmente em imagens mais aproximadas. No enquadramento mais geral já não é tão fácil sentir a diferença, mas dá para notar alguns detalhes no gramado, por exemplo, e acompanhar a bola com mais facilidade, mesmo para quem não tem a visão muito aguçada como um gavião.
O grande ponto fraco da tecnologia aparece em filmes, especialmente aqueles com cenas mais escuras. O preto da QLED não é tão profundo quanto o do OLED. Os pixels não apagam tão bem, e as partes escuras ficam bastante acinzentadas, e até um pouco esverdeadas. Esse problema é ainda pior em imagens de qualidade Full HD, piorando em resoluções menores, ficando ainda mais pixelizadas.
Isso acontece porque a televisão faz ajustes automáticos de contraste (que, mesmo desligado, ainda faz alguns ajustes bem pequenos) e de qualidade da imagem, incluindo cores e nitidez. Na Netflix em 1080p - e até mesmo em Ultra HD -, a presença de legendas clareia toda a imagem, por conta desses ajustes.
Os vídeos em 4K, ao menos, ficam bem bacanas, mesmo os mais escuros. Porém, o preto acinzentado continua ali presente. Não é uma imagem perfeita, mas obviamente é muito superior às televisões antigas. É uma tecnologia que está se aperfeiçoando, e o modelo que testamos é do ano passado.
Você pode trocar os ajustes entre alguns pré-definidos direto no menu de configurações. E também pode personalizar, ligando HDR dinâmico, ativando ou desativando o Digital Clean View e vários outros ajustes finos para buscar a imagem que mais te agrada.
O sistema de áudio é uma questão ainda mais pessoal do que a imagem. O alto-falante da televisão dá para o gasto, mas não vai agradar quem é mais exigente. É possível fazer alguns ajustes com o equalizador, mas é bem limitado. Há algumas opções pré-definidas que podem melhorar o som dependendo do tipo de conteúdo na tela - em futebol, o melhor pareceu ser o padrão, mesmo.
O ideal aqui é usar um sistema de áudio externo, com um home teather ou um soundbar, que te abre ainda mais possibilidades com um som de maior qualidade. Para quem gosta de som de cinema, não tem escapatória: nenhuma televisão vai oferecer áudio com tanta qualidade, mesmo.
Enfim, nada demais. Afinal, quem tem grana para comprar uma TV dessas não deve ter problemas para levar um sistema de som, também.
Aproveitando a Copa do Mundo e o fato que o Brasil passou de fase, você ainda tem tempo de acompanhar os jogos em 4K pelo app do SporTV Não precisa de assinatura, só de uma TV 4K da Samsung compatível. A lista de modelos está no card aqui no topo da tela. Falamos um pouco mais sobre esse aplicativo nesta matéria.
A Q7 também tem suporte ao SteamLink, app que permite conectar seu computador para jogar na telona. A conexão é feita sem fios, só precisa que ambos estejam na mesma rede. Você pode conectar o controle diretamente na televisão ou no computador, mesmo.
Em nossos testes, não reparamos nenhum engasgo e nem atraso. A imagem da tela do computador era exatamente a mesma da TV. E deu para jogar tranquilamente, inclusive o PES 2018, um tipo de jogo que, se tivesse algum lag, seria sentido facilmente.
A tecnologia QLED oferece ótima qualidade de imagem, apesar de ficar um pouco atrás em imagens mais escuras, com um preto não tão profundo quando uma OLED, por exemplo. Ao menos a Samsung oferece 10 anos de garantia contra o efeito chamado burn-in, que é uma espécie de "fantasma" que fica gravado na tela.
Além disso, se você não tem como bancar uma assinatura Ultra HD da Netflix e outros serviços de streaming, assim como um serviço de TV paga em 4K, talvez ainda não seja a hora de investir em um modelo como esse. Se bem que, se você pode bancar a partir de seis mil reais em uma TV, provavelmente pode manter a assinatura mais cara da Netflix.
Se você tem um videogame e pode fazer esse investimento, a Q7 não vai te deixar na mão. Lembrando que você também pode assistir aos vídeos do TudoCelular em 4K! E sem gastar nada a mais por isso, só precisa de uma internet com boa velocidade.E
A Q7F de 2017 tem duas opções de tamanho: 55 e 65 polegadas. São basicamente o mesmo televisor, com a diferença apenas no tamanho da tela. Qualidade de cores, funções e design é tudo igual. Abaixo, você pode conferir a melhor oferta para cada opção de tela no momento em que essa matéria foi produzida.
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