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05 de fevereiro de 2025 2
Depois de alguns rumores, a EA anunciou há alguns dias o lançamento da The Sims Legacy Collection, uma coletânea que traz de volta os dois primeiros jogos da icônica franquia de simulação, juntamente com suas expansões, prometendo compatibilidade com sistemas modernos e uma experiência nostálgica para os fãs.
O TudoCelular teve a chance de experimentar esse relançamento na íntegra e iremos te dizer o que você deve esperar ao adquiri-lo.
Lançado em 2000, The Sims revolucionou o gênero de simulação de vida ao permitir que jogadores criassem e gerenciassem a rotina de personagens virtuais, introduzindo um conceito inovador de interação e progressão social. O jogo rapidamente se tornou um fenômeno cultural, dando início a uma das franquias mais bem-sucedidas da história dos videogames.
Com a chegada de The Sims 2 em 2004, a série expandiu significativamente suas mecânicas, trazendo gráficos tridimensionais, um sistema de genética que permitia a criação de gerações dentro do jogo e interações sociais mais complexas. Essas inovações consolidaram The Sims como referência no gênero e garantiram à franquia um lugar de destaque no mercado.
Com o passar dos anos, a série evoluiu para The Sims 3 e The Sims 4, sendo que este último se tornou gratuito, facilitando o acesso a novos jogadores.
Considerando que estamos falando de um simulador, os jogos não possuem uma história própria, de modo que cabe aos jogadores construir sua própria vida dentro do jogo, escolhendo suas ambições, interesses amorosos, carreiras e por aí vai.
Embora a EA tenha atualizado a compatibilidade para rodar The Sims 1 e The Sims 2 em hardware moderno, a falta de melhorias gráficas é uma das maiores decepções desta coleção.
O suporte a resoluções mais altas e a implementação de uma API de renderização mais moderna (Vulkan) garantem que os jogos rodem de maneira mais estável, mas não há aprimoramentos visuais perceptíveis.
As texturas, tanto de objetos quanto de personagens, permanecem datadas, destacando ainda mais a idade dos jogos. The Sims 1, por exemplo, possui gráficos pixelados e modelagem rudimentar, enquanto The Sims 2, embora tridimensional, apresenta cenários e avatares que poderiam ter recebido um pequeno refinamento para acompanhar os padrões modernos.
A falta de ajustes, como filtros de suavização de serrilhado e melhorias na iluminação, reforça a impressão de que o relançamento foi feito com o mínimo de esforço possível.
Os jogos continuam tão divertidos quanto na época de seus lançamentos, mas também mantêm suas limitações históricas, o que pode frustrar novos jogadores.
Em The Sims 1, a falta de descrições nos itens do modo Construção e Compra torna a escolha de móveis e decorações menos intuitiva. Além disso, a impossibilidade de posicionar objetos na diagonal limita significativamente a criatividade dos jogadores, tornando a experiência de construção menos fluida do que nos títulos mais recentes da franquia.
Já The Sims 2 apresenta um sistema mais avançado e fluido, mas ainda carrega certas limitações da época, como interações menos refinadas em comparação com as versões mais modernas. Durante os testes, percebi que acelerar o tempo das ações do Sim pode causar quedas perceptíveis de desempenho, o que prejudica a imersão. Considerando que testei o jogo em um PC com Ryzen 7 5700X, RTX 3070 e 32GB de RAM, essa instabilidade não deveria ocorrer.
A ausência de melhorias na interface e nos sistemas de jogabilidade faz com que certos aspectos dos jogos pareçam ultrapassados, reforçando a sensação de que a EA perdeu a oportunidade de tornar essa coleção mais acessível para novos jogadores.
A compatibilidade com sistemas modernos é um dos maiores atrativos da coleção, e a adoção da API Vulkan garantiu maior estabilidade. Durante os testes no EA App, não presenciei crashes ou travamentos, o que já é um avanço em relação às versões antigas, que exigiam modificações e ajustes manuais para rodar corretamente.
No entanto, há problemas notáveis. A ausência de um modo janela sem borda prejudica a experiência de quem deseja jogar de forma mais flexível, alternando entre janelas sem minimizar o jogo. Por falar nisso, alternar as janelas em The Sims 2 gera uma tela de loading incômoda, que me fez esperar alguns segundos antes de retomar a jogatina toda vez que alternava a janela.
Ainda que a EA tenha trazido atualizações e correções para os principais bugs conhecidos nos jogos originais, a empresa não se preocupou nem mesmo em adicionar suporte a dispositivos como o ROG Ally e Steam Deck, algo que ajudaria a justificar a compra.
A música sempre foi um dos pontos fortes da franquia The Sims, e as trilhas sonoras icônicas de The Sims 1 e The Sims 2 continuam sendo um deleite nostálgico para os fãs. No entanto, algumas faixas licenciadas que faziam parte das expansões de The Sims 2 foram removidas, incluindo "Suffer Well", "Pocketful of Sunshine" e "La Gallina". A provável razão para essa ausência são questões de licenciamento, mas a EA não forneceu esclarecimentos oficiais sobre o assunto.
Apesar disso, a trilha sonora principal continua cativante e evocando a atmosfera única dos jogos originais. Para quem cresceu ouvindo as melodias de The Sims, essa parte da experiência se mantém fiel às memórias dos jogadores.
A The Sims Legacy Collection é um relançamento que se apoia fortemente na nostalgia, mas sem o devido cuidado para revitalizar os jogos. Apesar de ser uma oportunidade de revisitar clássicos da franquia, a ausência de melhorias gráficas, otimização inconsistente e a falta de conteúdo completo tornam o relançamento uma opção questionável.
Se você é um fã hardcore da franquia e deseja revisitar esses clássicos, pode valer a pena a experiência. No entanto, para novos jogadores, The Sims 4 é uma porta de entrada muito mais amigável, acessível e moderna — e ainda por cima, gratuito.
O lado positivo é que o relançamento garante a preservação dos títulos e permite que uma nova geração tenha acesso a eles.
A Coleção Legacy de The Sims 1 e 2 está disponível para PC no Steam, Epic Games Store e EA App. Os jogos podem ser adquiridos em um bundle conjunto ou individualmente.
Apesar do suporte a resoluções modernas, não há melhorias significativas nas texturas, iluminação ou modelagem de personagens e objetos.
Divertida e nostálgica, mas com limitações históricas que poderiam ter sido corrigidas para uma experiência mais fluida.
Como os jogos marcaram a história dos videogames e introduziram inovações na simulação de vida, esse é um dos pontos mais fortes.
As músicas icônicas continuam excelentes, mas a remoção de faixas licenciadas prejudica um pouco a experiência original.
Problemas de desempenho em The Sims 2 e falta de ajustes modernos, como modo janela sem borda, quebram um pouco a imersão.
Um relançamento voltado para os fãs nostálgicos, mas sem o cuidado necessário para torná-lo indispensável para novos jogadores.
*O TudoCelular agradece a EA e a o Millenium Group por ter nos cedido uma chave da coletânea para esta análise.
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