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Atualização (21/11/24) - JB
O governo federal assinou um acordo de cooperação com a empresa chinesa SpaceSail, que é considerada uma forte concorrente da Starlink de Elon Musk.
Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a parceria ainda prevê a colaboração dos chineses com a Telebras para que sejam realizados estudos sobre a viabilidade do serviço, a identificação de desafios de implementação e mapeamento de regiões que precisam de internet via satélite.
Por enquanto, a SpaceSail ainda não fornece o serviço de internet via satélite de forma comercial, mas, quando disponível, a empresa deve concorrer diretamente com a Starlink no Brasil.
Comentando o assunto, o ministro Juscelino salientou que o Brasil não pode "vetar" nenhuma empresa do segmento.
O Brasil está de braços abertos a todos que possam ofertar serviços de qualidade com preços justos para a população. Não temos veto com ninguém.
Antes de começar a vender seus planos no Brasil, a SpaceSail ainda precisa passar por alguns procedimentos burocráticos para receber a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Esse processo deve ser feito enquanto a chinesa ainda lança seus satélites. Atualmente, a SpaceSail tem 40 em órbita, mas deve chegar a 600 para liberar o serviço comercial de internet.
Recentemente, uma empresa francesa que também vende planos de internet via satélite demonstrou interesse em atuar no Brasil e o governo diz estar de "portas abertas" para a concorrência em um segmento dominado pela Starlink.
Texto original (04/11/24)
O Brasil pode receber serviços de internet via satélites de baixa órbita da empresa comercial chinesa SpaceSail. A informação foi confirmada pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Durante visita à fábrica da companhia em Xangai, o ministro salientou que a constelação da SpaceSail poderá facilitar a conexão de brasileiros que moram em áreas remotas.
Conheci as instalações da empresa, incluindo a fábrica e o centro de controle. Queremos ampliar a oferta de satélites de baixa órbita no Brasil e assim contribuir para a expansão da conectividade e levar Internet a mais brasileiros, principalmente aqueles que vivem em áreas remotas.
Atualmente, a principal fornecedora de internet via satélite no Brasil é a Starlink de Elon Musk, mas, após rusgas do bilionário com o Supremo Tribunal Federal (STF), o governo ampliou a busca por concorrentes para atuar no mercado nacional.
Um exemplo disso é que o ministro Juscelino também já conversou com a Amazon, que é responsável pelo projeto "Kuiper". Segundo planejamento divulgado recentemente, a empresa pretende lançar até 3 mil satélites nos próximos anos para atender inclusive o Brasil.
Outra gigante chinesa que também pretende oferecer o mesmo tipo de serviço é a Geespace, que pertence ao grupo da montadora Geely. A companhia já lançou a sua terceira onda de satélites e a previsão é de que o serviço entre em operação em meados de 2025.
Inicialmente, ela deve atender ao mercado chinês, mas há planos para expansão para outros países em 2026. Com isso, essa ampla concorrência pode derrubar os preços dos planos vendidos no Brasil.
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