Rene Haas, CEO da Arm, espera que a arquitetura passe a ser utilizada em uma quantidade massiva de computadores com Windows. As declarações do executivo são dadas pouco após o lançamento do Snapdragon X Elite, um processador baseado em Arm da Qualcomm que já é usado em notebooks da Dell, Samsung, Acer e mais.

A demanda pelo uso de tecnologias da gigante de hardware em notebooks deve ter um impulso nos próximos anos. A Microsoft revelou planos ambiciosos para o Windows 11 em Arm, e após vários anos investindo em uma versão de seu sistema operacional compatível com a arquitetura, o projeto finalmente está ganhando popularidade.

“A participação de mercado da Arm no Windows — acho que, realmente, nos próximos cinco anos — pode ser maior que 50%”, disse Haas em entrevista à Reuters na segunda-feira (03). Isso poderia significar uma concorrência mais acirrada com a Intel e AMD, maiores fabricantes de processadores do mundo que usam a arquitetura x86.

A Arm se popularizou no segmento de celulares e tablets, mas começou a se difundir em notebooks com impulso da Apple, que substituiu os processadores da Intel (baseados em x86) por seus próprios chips baseados em Arm no Mac.

Para ajudar a tornar o design mais popular no ecossistema do Windows, a Microsoft está introduzindo uma nova categoria de dispositivos alinhadas com o que as empresas chamam de “era da Inteligência Artificial”: o Copilot Plus PC.

Computadores com esse selo atendem aos requisitos para rodar IA diretamente no hardware, dispensando a necessidade de uma conexão com a internet para processamento em nuvem. No momento, apenas dispositivos com Snapdragon X Plus e Snapdragon X Elite — ambos baseados em Arm — possuem esse certificado.

Com o compromisso da Microsoft em transformar o Windows em uma plataforma mais amigável para a arquitetura “rival” da x86, é esperado que a tecnologia mostre suas vantagens em uma ampla gama de notebooks ao longo dos próximos anos. Muitos atribuem a eficiência de energia como uma das melhores qualidades da Arm.

Rene enfatiza a dedicação da gigante de software em ajudar na popularização da arquitetura no Windows. “[A Microsoft foi] muito além de qualquer coisa que tinham [em ferramentas de desenvolvedor] nos últimos dois anos”, disse. “Eles estão muito, muito comprometidos do ponto de vista de software.”

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