Atualização (03/08/2023) - por DT

Desde que Elon Musk comprou o antigo Twitter, a plataforma sofreu várias transformações até "morrer" e acabar se tornando X. Agora, o próximo passo do bilionário deve ser incluir uma área com os mais diversos serviços financeiros dentro da rede social.

De acordo com uma reportagem da Semafor, Musk está procurando uma empresa “gigante de dados financeiros” para construir um centro comercial dentro do aplicativo de plataforma. Um dos destaques desse setor seria a opção de negociar a criptomoeda Dogecoin.

Em abril, X firmou uma parceria com a corretora eToro. Sob os termos do acordo, os usuários agora podem visualizar preços em tempo real para uma gama muito mais ampla de ações, criptomoedas e outros ativos dentro da rede social.

Há algumas semanas atrás, surgiu a informação que o Twitter Payments LLC obteve licenças de transmissores de dinheiro em vários estados dos Estados Unidos. Além disso, depois da chegada da opção de gorjeta no X, a Dogecoin pode se destacar bem.

Contudo, Musk enfrenta problemas com os órgãos reguladores dos EUA e foi acusado de cometer insider trading para valorizar a Dogecoin e poder tirar vantagens econômicas disso. O executivo, claro, nega todas as alegações contra ele.

A promoção implacável de Dogecoin por Elon Musk foi um fator fundamental por trás de todo o crescimento extraordinário da moeda meme no início de 2021. O CEO da Tesla adotou uma variedade de táticas para promover o ativo e até mudou o ícone do antigo Twitter.

Texto original (02/06/2023)

Elon Musk é acusado de insider trading para valorizar Dogecoin

Dos memes aos tribunais. Depois de um bom tempo sendo encarado como brincadeira, o Dogecoin, uma moeda virtual alavancada por Elon Musk, está no centro de uma discussão judicial.

Agora, o presidente da Tesla está sendo acusado de insider trading, isto é, o uso de informações privilegiadas, para negociar e valorizar a criptomoeda a partir de uma ação coletiva aberta por investidores. Segundo a acusação, esses movimentos teriam custado bilhões de dólares a eles em seus investimentos. A indenização pedida é da casa dos US$ 258 bilhões pelos prejuízos.

No processo, apresentado em um tribunal federal de Manhattan na quarta (31), foi dito que Musk se aproveitou de tuítes, pagou influencers, aproveitou uma aparição no programa Saturday Night Live e outras "manobras publicitárias" para negociar sua moeda de forma lucrativa em detrimento dos investidores através das carteiras controladas por Musk e pela Tesla, recheadas de Dogecoins.

Dentre outras ações, o processo cita ainda uma venda de US$ 124 milhões em Dogecoins no último mês de abril, após Musk trocar temporariamente o logo do Twitter pelo cachorro Shiba Inu, marca do Dogecoin, e que elevou o valor da moeda em 30% na ocasião. Em suma, Musk teria lesado os investidores para se autopromover e dar destaque às suas empresas.

A defesa de Musk e da Tesla, representada pelo advogado Alex Spiro, não comentou a situação nem respondeu ao pedido de comentário por parte da imprensa internacional.