15 Outubro 2019
2019 vem sendo um ano de transformações forçadas para a Huawei. Tudo porque Donald Trump a incluiu como moeda de troca na guerra comercial contra a China, e no final do primeiro semestre impediu que empresas estadunidenses fizessem negócios com a fabricante.
Graças a isso ela está impedida de lançar novos smartphones com o Android ou usar serviços Google. O Mate 30 Pro chegou ao mercado com o AOSP, um Android mais puro antes de otimizações da gigante de buscas. Além de lojas alternativas para o fornecimento de aplicativos.
Tudo isso tem feito o desenvolvimento do HarmonyOS se intensificar: a chinesa tinha essa carta na manga desde 2012 segundo informações dela mesma, e já lançou seu primeiro dispositivo com o SO: uma smart TV.
Fato é que ela sempre adaptou seu discurso de acordo com a ocasião: quando as sanções foram revogadas pela primeira vez ela acabou minimizando dizendo que o seu sistema proprietário não seria voltado para smartphones, discurso enterrado agora que o Donald Trump a inseriu na lista negra mais uma vez.
Agora aparentemente mais decidida em fazer o HarmonyOS acontecer, o CEO da Huawei deu uma entrevista à Fortune Magazine. Ren Zhengfei foi otimista ao cravar que nos próximos 36 meses o SO será um forte competidor no mercado hoje dominado por Android e iOS:
Eu acho que vai levar entre dois e três anos. Como parte do time de liderança preciso ser mais conservador ao discutir cronogramas e prazos, caso contrário acabo colocando muita pressão na nossa equipe."
O CEO disse ainda que a fabricante espera um rombo de US$ 10 bilhões em vendas pelo rompimento forçado com o Google. No ano passado a Huawei teve ótimos resultados de mercado e passou a Apple em vendas mundiais, alcançando a segunda posição e perdendo só para a Samsung. A situação em 2019 deverá mudar, com a gigante de Cupertino reconquistando a medalha de prata.
E você, tem um smartphone da Huawei? O que acha das sanções que a empresa vem sofrendo? O HarmonyOS irá vingar? Conte para a gente nos comentários!
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