Serviços surpreenderam as receitas da Apple no último relatório financeiro da companhia, aliviando a perda com os novos iPhones. Desde então, diversos rumores começaram a surgir reforçando que a gigante de Cupertino investiria mais e mais na modalidade.

Com o evento de hoje (25) isso ficou provado, com a chegada de quatro novos serviços. Começamos com o Apple News Plus, mas não paramos aí e logo tivemos a oficialização do Apple Arcade, voltado para o público gamer; então fomos apresentados ao tão rumorado serviço de streaming de vídeo da companhia, e também... ao cartão de crédito dela.

Sim, está chegando o Apple Card, e com ele os usuários terão cashback nas compras: ao usar o Apple Pay para realizar pagamentos 2% do valor retorna para o seu saldo, enquanto compras na Apple Store geram um reembolso de 3%.

Como medida adicional a Apple também irá disponibilizar um cartão físico para transações quando terminais de pagamento não forem compatíveis com a carteira digital dela. O cartão tem uma cara muito Apple com um desenho minimalista que exprime o design da Maçã. Além disso, ele é confeccionado em titânio, e não traz informações sensíveis como número do cartão, data de validade, código de segurança ou a sua assinatura. Todas essas informações ficam disponíveis dentro do app Wallet.

Demonstrando certa preocupação com o uso que os clientes farão com o novo serviço, a empresa também anunciou que não saberá o que cada um compra, quando compra, ou quanto custa. Essas informações ficam armazenadas no próprio smartphone para consulta do usuário, e nem mesmo a parceira dela nessa empreitada - o banco Goldman Sachs - poderá vender dados de consumidores para empresas de marketing de terceiros.

O lançamento do produto nos Estados Unidos acontece a partir de junho. Uma expansão para outras regiões não pode ser descartada visto que a Goldman Sachs tem atuação em diversos países onde a Maçã também atua. O Brasil, infelizmente, não é um deles.

A Apple também ficou devendo informações sobre como os interessados poderão contratar a novidade. Haverá análise de crédito como acontece com a maioria dos cartões do mercado? Já ser um consumidor da empresa pesará na hora de solicitar o produto? São perguntas como essas que geraram algumas dúvidas, que podem ser sanadas em breve.

Vale ressaltar que além de cashback o Apple Card também não cobrará taxas de anuidade, adicionais em compras internacionais, ou quaisquer outras, exceto juros - e mesmo assim, com a promessa de serem reduzidos - quando o pagamento de uma fatura for o mínimo ou abaixo do valor total da mesma.

Chama a atenção que a companhia trabalhe em um serviço com um apelo tão popular, que dá dinheiro de volta e corta muitas taxas. Não estamos reclamando, é claro, mas mostra que mesmo a gigante de Cupertino pode estar preocupada - ou pelo menos querendo entrar na onda - com as fintechs que conseguem penetrar bem na camada jovem da população.

Vide que a Nubank, no Brasil, é uma das mais reconhecidas por isso ao oferecer um produto sem anuidade, e mais recentemente com a Nu Conta, também sem taxas. Mais recentemente a própria start-up Méliuz anunciou o seu cartão de crédito que também oferece cashback.

O Brasil, porém - como mencionado acima - não deve ser um mercado muito visado por ela ao menos inicialmente: conforme colocamos, a Goldman Sachs não opera no país, e se levarmos em conta o tempo que a Maçã levou para trazer o Apple Pay para o país (2018) após o anúncio do mesmo (2014), é bom que os interessados esperem sentados.

E você, o que achou do Apple Card? Curtiu as vantagens dele? Conte para a gente nos comentários!