O Xbox Series S é o console mais modesto da Microsoft na nova geração dos videogames, com a promessa de entregar melhorias sem precisar cobrar caro por isso.

Seria este o melhor custo-benefício do mundo dos jogos no momento? Nós testamos uma unidade dele e vamos responder à questão para você agora, nesta análise completa.

Começamos falando sobre o design do Series S. Como sucessor do Xbox One S, ele mantém a cor branca como a predominante. Agora, este console ficou ainda mais compacto e pode ser uma boa para quem costuma viajar e levar seu videogame na mala, já que ele possui menos de 2 kg.

A parte de cima tem uma grade preta que pode até parecer um leitor de disco, mas ela serve como saída de ar para evitar aquecimentos, de forma bastante silenciosa. E por falar no assunto, aqui não há qualquer drive para mídia física. A Microsoft tirou o recurso para manter o visual menor, assim como o preço dele.

Na frente, você apenas encontrará o botão de energia, uma porta USB 3.0 e o botão de pareamento dos controles. Na parte de trás, ficam as outras conexões. Temos mais dois USBs de alta velocidade, a saída HDMI 2.1, a porta Ethernet e a entrada do cabo que alimenta o console. A grande novidade fica por conta da porta para expansão de armazenamento, mas você precisará de um dispositivo original da Seagate para funcionar ali.

A carcaça em si ficou ainda mais quadrada que o One S. Ou melhor, mais parecida com uma caixa, em simbologia ao nome do videogame. E por falar em caixa, a embalagem do Series S vem com o console, um controle original, o cabo de energia e o de vídeo HDMI como destaques.

Se o Series X tem o melhor desempenho da nova geração, o “irmão” Series S tem um hardware bem mais modesto. Este console até possui o mesmo processador AMD já na arquitetura Zen 2 e com oito núcleos, porém a velocidade do clock é reduzida de 3,8 GHz para 3,6 GHz.

A parte gráfica também teve desenvolvimento da AMD, dentro da microarquitetura RDNA 2. Mas de novo, temos uma queda de performance em relação ao modelo mais avançado. O Series S vem com 4 TFLOPs de potência, um terço do modelo X, porém com uma grande evolução na hora de inicializar e carregar os jogos, que já dá para sentir de maneira clara em comparação ao One S.

As principais especificações deste videogame ainda contam com os 10 GB de memória RAM GDDR6 e os 512 GB de armazenamento em SSD, uma novidade presente nos consoles recentes.

Apesar da mudança no tipo de disco, o espaço ainda pode ser insuficiente para armazenar muitos jogos, principalmente considerando que os títulos otimizados são ainda mais pesados que na geração passada. Fora que o espaço livre é bem abaixo do total e fica em 364 GB apenas. A depender do tamanho dos jogos do seu interesse, você não vai nem conseguir chegar a dez games instalados.

A interface do Xbox Series S segue baseada no Windows e não se diferencia da família antecessora. Em outras palavras, se você já estava acostumado com a plataforma de navegação dos consoles mais antigos da Microsoft, não vai estranhar esta de agora.

Dá para personalizar os atalhos de jogos e apps na tela inicial, bem como alterar a cor do fundo nas configurações. A grande diferença está na seção que mostra apenas os jogos otimizados para a linha Xbox Series.

Para esta geração, o Xbox passou a contar com um controle reformulado em uma série de aspectos, como na latência reduzida, mas que na aparência não vai mudar tanto assim, em relação ao da geração One. Comparado com o antecessor, agora o design está com mais predominância da cor branca e ficou ligeiramente mais compacto e leve. Coisa imperceptível, mesmo.

De qualquer forma, tanto o mais novo é compatível com os consoles antigos, como o antecessor pode ser aproveitado na geração nova. Um ponto positivo, caso você queira economizar enquanto não aparece uma promoção.

O novo joystick do Xbox ainda se diferencia pelo botão “Share”, localizado bem no centro do acessório. Ele serve para fazer capturas de tela e gravações de vídeos com mais agilidade. Os criadores de conteúdo agradecem, por sinal.

Outra mudança está no D-Pad. A Microsoft mudou o direcional em forma de cruz do Xbox One e adicionou um layout em disco. Na prática, você poderá sentir mais os eixos, em especial durante jogos de luta. O problema é que a peça ficou bem mais barulhenta também.

E não foi desta vez que a gigante de Redmond fez um controle recarregável. Isso significa que você ainda ficará dependente das pilhas alcalinas, que duram mais do que a bateria do DualSense do PS5, inclusive. Mas há a opção de investir em pilhas recarregáveis, que podem ser de grande economia a médio e longo prazo.

Apesar de não rodar jogos em 4K nativo, o Series S repete o One S ao executar a imagem na resolução Ultra HD. Contudo, os jogos chegam apenas em 1440p. O grande avanço aqui é a possibilidade de atingir até 120 fps, caso o jogo e a sua TV sejam compatíveis.

A Microsoft também tem trabalhado para acrescentar um catálogo maior aos seus novos consoles. O que podemos destacar é a retrocompatibilidade com os games das gerações anteriores. Assim, ao ter um Xbox Series S, dá para jogar tanto as criações destinadas aos videogames mais recentes, como aproveitar os games que já existiam nos mais antigos.

Mesmo em títulos do passado e sem otimização, já dá para ver que o hardware mais potente do Series S dá conta de manter a taxa de quadros com maior fluidez que no Xbox One. Um exemplo disso é o Forza Motorsport 6 no Series S. Sentimos uma suavidade maior nos movimentos do carro e ao ver a pista passando.

Já no Crash Bandicoot 4, que tem otimização, a definição está melhor, assim como as cores dos cenários. Mas o destaque aqui é o tempo de carregamento, que baixou bem em relação ao console antigo. Rocket League é outro exemplo de maior fluidez no jogo, com melhorias para rodar mais rápido e uma nitidez maior nos cenários.

No FIFA 22, os movimentos dos jogadores estão claramente distintos no Series S em relação ao One, com gestos mais naturais. Até mesmo as quedas dos goleiros exploram mais o novo sistema de captura de imagens com Inteligência Artificial para esta geração.

Você pode sentir melhor as novas tecnologias em games como o DIRT 5, que conta com Ray Tracing nos cenários, para tornar a experiência mais realista. O recém-lançado Dolmen é outro que explora bastante o recurso para dar um tom mais sombrio nos monstros e nos personagens presentes na história.

O aprimoramento de luz e sombra também está presente no King of Fighters XV, mas de maneira mais sutil. De qualquer forma, não deixa de ser uma novidade em um game que só pode ser jogado na nova geração.

Um destaque que não pode ficar de fora é o Game Pass. A assinatura de jogos fornece uma biblioteca recheada de opções por um pagamento mensal ou a um período maior, caso prefira. O programa acaba se aliando ao preço inferior do Series S para aumentar ainda mais a relação custo-benefício deste console.

E já pensando em outra forma de consumir os títulos, a Microsoft liberou nos consoles o beta do Xbox Cloud Gaming, ou apenas xCloud. O Series S não fica de fora e tem suporte para reproduzir os jogos compatíveis pela nuvem.

Mas se prepare para ter uma internet poderosa e desocupada, se quiser curtir uma experiência mais agradável. Ainda assim, este início sofre com quedas gráficas que podem atrapalhar a sua jogatina. Percebemos uma grande dificuldade ao rodar Forza Horizon 5. Por ser um game de alta velocidade, nem sempre os gráficos acompanham os movimentos e podem te fazer errar facilmente.

Outra novidade entre os recursos está no Quick Resume. A funcionalidade permite que você reproduza um jogo de onde parou, mesmo se tiver aberto outro nesse intervalo. Algo possível apenas com o armazenamento em SSD.

Percebemos que muitas vezes você até esquece que um game tinha sido aberto muito antes e tem a surpresa de recomeçar de onde parou.

O Xbox Series S claramente é um console pensado para o digital. Tanto a ausência de leitor de mídia física como o suporte ao xCloud são exemplos disso. O próprio design mais compacto mostra que a Microsoft pensou nele com uma certa portabilidade, em relação ao “irmão” mais potente.

Apesar de não ter o mesmo poder de fogo que o Series X, o S já mostra avanços consistentes em relação ao Xbox One. Agora, temos armazenamento em SSD, que torna tudo muito mais rápido e fluido, além de possibilitar novos recursos ao jogador.

O suporte a 120 fps também deixa a experiência mais fluida e compatível com telas modernas e avançadas, mesmo sem o 4K nativo. A taxa de quadros aliada à latência menor do novo controle tende a deixar a experiência do gamer bastante suave, especialmente em jogos que necessitam de respostas mais rápidas.

Mas além do hardware modesto entre os mais novos, há outros pontos fracos neste Xbox. O principal deles está no baixo armazenamento, o que torna praticamente necessária a expansão de alguma maneira, caso você não queira ficar desinstalando e baixando os jogos toda hora, para desocupar espaço.

A falta de leitor de disco é mais um fator negativo neste console. Usar mídia física nele resolveria o problema do pouco espaço interno, sem contar que muitas vezes o valor fica até menor para o usuário.

Colocando na balança os prós e os contras, o Xbox Series S pode ser considerado o melhor custo-benefício desta geração. Ele é a porta de entrada para quem deseja explorar os games mais modernos, mas não quer pagar muito por isso.

Qual é a sua avaliação sobre o Xbox Series S? Acredita que ele seja o melhor custo-benefício da nova geração de consoles? Dê a sua opinião para a gente no espaço abaixo!