Depois de encerrar as vendas do jogo “Bolsomito 2K18”, outro game gerou polêmica na Steam. Os seus usuários questionaram a Valve sobre o “Rape Day” (“Dia do Estupro”, em tradução literal), um título com foco na violência sexual contra mulheres.

Com página na Steam desde fevereiro, mesmo sem pré-vendas abertas, o jogo teria lançamento em abril. Em sua descrição, a desenvolvedora Desk Lamp deixa claro que a história contém a possibilidade de os jogadores ofenderem de forma verbal, estuprarem ou matarem mulheres. Outras situações incluem violência infantis, necrofilia e incesto.

O questionamento dos usuários se passa pelas infrações as quais seriam cometidas pelo título em seu conteúdo. De acordo com os termos de uso da Valve, é proibida a publicação de jogos que violem a legislação dos locais onde estão disponíveis ou ainda mostrem atos de exploração infantil.

A plataforma da Steam também não permite games que tentem incitar a pessoa a cometer crimes – mesmo que sejam consideradas “trollagens”.

A Valve se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (6) a respeito do tema, no Blog da Steam. A empresa esclareceu que não distribuirá “Rape Day” em seu serviço, por representar custos e riscos desconhecidos.

“Grande parte de nossa política em torno do que distribuímos é, e deve ser, reacionária – nós simplesmente temos que esperar e ver o que nos vem via Steam Direct. Em seguida, temos que fazer um julgamento sobre qualquer risco que ele coloca à Valve, aos nossos parceiros desenvolvedores ou aos nossos clientes. Após a descoberta de fatos e discussões, achamos que o 'Rape Day' representa custos e riscos desconhecidos e, portanto, não estará no Steam.”

Valve

Apesar de não ser disponibilizado na Steam, a desenvolvedora ainda quer lançar o jogo e deverá procurar por um meio de distribuição alternativo.

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