Curiosidade 12 Jun
A Apple anunciou seu primeiro Mac Pro equipado com um processador ARM na WWDC de 2023, e como esperado, a transição acabou limitando a modularidade do computador mais poderoso da marca e impediu que a workstation fosse compatível com placas de vídeo externas. Agora, um executivo da fabricante comentou sobre essa mudança.
Em entrevista ao canal Daring Fireball do YouTube, John Ternus, engenheiro-chefe de hardware da Apple, explica que a workstation “não precisa de uma placa de vídeo externa porque todas as operações são tratadas pelo M2 Ultra”, e a arquitetura unificada do chip garante um aumento de desempenho que dispensaria a necessidade de uma GPU dedicada.
Assim como outros chips projetados pela Apple, o M2 Ultra possui uma arquitetura que unifica a CPU, GPU, RAM e o coprocessador de inteligência artificial — conhecido como “Neural Engine” — em um único chip.
Isso permite que a latência de comunicação entre os componentes seja muito menor do que o observado no Mac Pro com processador da Intel, que possuía uma CPU fisicamente distante da GPU e da memória RAM. O design modular tornava o processo de transferência de dados mais lento e prejudicada o desempenho geral do computador.
Ternus afirma que, caso o novo Mac Pro suportasse placas de vídeo externas, as otimizações poderiam ser afetadas. “Essa não era uma direção que nós queríamos seguir”, disse o executivo. Para contornar a ausência de uma placa gráfica externa, testes de benchmark indicam que o M2 Ultra entrega desempenho próximo da GeForce RTX 4080.
Para os interessados em adquirir a nova estação de trabalho com processador da Apple, o modelo será vendido no Brasil com preços sugeridos a partir de R$ 74.999. A configuração básica inclui 64 GB de memória unificada (RAM), 1 TB de armazenamento em SSD e o M2 Ultra equipado com uma CPU de 24 núcleos e GPU de 60 núcleos.
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