Curiosidade 06 Jul
Mais um caso de uma criança com acesso a celulares/tablets resultou em um prejuízo enorme para os pais. Há alguns meses, uma menina de 11 anos gastou uma quantia equivalente a cerca de R$ 31 mil em libras em compras para o jogo Roblox. O caso teve um final mais feliz para seu pai, Steve Cumming – de 72 anos – e o homem conseguiu o reembolso integral da quantia.
O mesmo, porém, não aconteceu neste caso mais recente e a Apple se recusou a dar reembolso para uma moradora de Connecticut, nos Estados Unidos, que ficou surpresa ao descobrir que seu filho George, de 6 anos, gastou uma quantia de US$ 16 mil – cerca de R$ 80 mil em conversão direta – em compras para o jogo Sonic Force.
Jessica, a mãe do garoto, explica que quando viu as cobranças pela primeira vez em sua fatura do cartão de crédito – todas com origem do PayPal ou da Apple – pensou se tratar de uma fraude, já que a quantia era alta demais para um período curto de tempo. Com isso, entrou em contato com a Chase – empresa responsável pelo cartão de crédito utilizado – e abriu um pedido para análise da fraude.
O pedido de Jessica foi aberto em julho, mas só em outubro teve uma resposta da administradora, que pediu que a mãe entrasse em contato com a Apple. Somente após o primeiro contato com a empresa de Cupertino que ela descobriu a origem das cobranças: o jogo Sonic Force.
No entanto, após alegar que a compra foi feita por acidente, Jessica viu seu pedido negado pela gigante tecnológica – que alegou o fim do prazo de 60 dias para solicitar o reembolso. A mãe ainda destacou que só perdeu esse prazo porque a Chase demorou cerca de três meses para dar uma resposta: “A razão pela qual eu não liguei em 60 dias é porque a Chase me disse que era uma possível fraude – que a PayPal e a Apple.com são as principais acusadas de fraude.”
Após o pedido, a Apple ainda alegou que Jessica deveria ter desativado as configurações de compras dentro de aplicativos da plataforma, procedimento que era desconhecido por ela: “Obviamente, se eu soubesse que havia um cenário para isso, eu não teria permitido que meu garoto de 6 anos gastasse quase US$ 20.000 em taxas por anéis de ouro virtuais.”
A mãe ainda destacou que o filho não tinha conhecimento de que as moedas eram reais e que, neste caso, a Apple deveria ser responsabilizada por facilitar as compras em aplicativos do tipo. “Meu filho não entendia que o dinheiro era real. Ele está jogando um jogo de desenho animado em um mundo que ele sabe que não é real. Por que o dinheiro seria real para ele? Isso exigiria um grande salto cognitivo.”
Após ser confrontado, o menino ainda prometeu pagar o valor de volta à mãe, que brincou e disse que começará a cobrar o valor em quinze anos, quando ele arrumar o primeiro emprego.
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