Um ambicioso projeto que pode levar décadas para ser completado deve permitir que cientistas possam explorar áreas da física até então desconhecidas.

Estamos falando da antimatéria, matéria escura e o Bóson de Higgs. Todos eles poderão ser estudados à fundo caso os planos da CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear) de construir o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo (que deve equipar um chip desenvolvido no Brasil) se concretizem.

Atualmente, o acelerador de partículas que ocupa o posto é o LHC (Large Hadron Collider) com quase 27 Km de extensão – o novo acelerador deve ter por volta de 100 Km.

Conhecido como FCC (Future Circular Collider), ele será construído em uma área subterrânea próximo ao LHC, em torno de Geneva e passando pela Suécia e França

O video acima contém testemunho de vários cientistas que estão trabalhando no projeto, incluindo Peter Higgs. O CERN já é conhecido por produzir descobertas muito interessantes no campo da física relacionado às partículas – uma delas, foi o Bóson de Higgs.

A nova máquina gigantesca será capaz de analisar colisões e resultados de partículas subatômicas, para que cientistas possam estudá-las ainda mais à fundo a fim de descobrir os mistérios desse universo.

Esse tipo de projeto demora tanto para ficar pronto – geralmente são décadas de pesquisa e mais tempo ainda de preparação para que a operação inicie – que muitos cientistas que virão a trabalhar no projeto podem até nem ter nascido ainda. O FCC, por exemplo, tem tempo de duração de projeto estimado em 70 anos.

Com mais de 1300 cientistas envolvidos, a pesquisa que envolve o novo acelerador de partículas conseguirá responder muitas perguntas que foram geradas com estudos feitos no LHC, dúvidas que só poderiam ser sanadas com uma máquina ainda mais poderosa.

Com diversas fases, o projeto tem previsão de finalizar sua primeira etapa em 2040. Na China, cientistas estão planejando construir algo similar por conta própria.