
Curiosidade 19 Abr
23 de abril de 2018 46
O Brasil mal lançou seu primeiro satélite de comunicação em órbita e já está envolvo de polêmicas sobre sua viabilidade e eficácia.
Inicialmente utilizado para levar internet para regiões mais afastadas do país, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) já é alvo de disputas judiciais, e agora seu uso está sendo fortemente criticado pela Internetsul, uma associação de empresas provedoras de internet na região sul.
Para o grupo, usar um satélite ao invés de investir em fibra óptica é jogar dinheiro fora, como declarou Luciano Franz - conselheiro da Internetsul - resumindo a posição da associação diante do programa Internet Para Todos como vem sendo implementada.
Ele critica o valor dos investimentos, que segundo a organização chega a R$ 3 bilhões, e ainda terá custo de manutenção anual de R$ 1 bilhão. Isso porque não basta colocar o satélite em órbita, é necessário ainda instalar antenas receptoras e equipamentos de conversão do sinal, como roteadores.
Dispara, ainda, que esse montante poderia ter sido dado em créditos para provedores instalarem fibra óptica nas regiões-alvo do programa:
Se o MCTIC tivesse, por exemplo, dado esse valor em crédito para os provedores do país usarem fibra óptica nos 500 municípios de menor IDH do Brasil, fazendo um projeto extremamente simples, ficaria com o dinheiro, os juros, os impostos e empregos gerados, além de ter na conta algo em torno de 500 mil novos acessos à banda larga, faríamos facilmente 1000 acessos por município em dois anos"
Do outro lado da história temos a posição estatal, que implementa o projeto.
Uma das missões do SGDC é levar internet para onde a fibra não chega, regiões muitas vezes carentes e que não são atrativas para provedoras no geral, que não estão dispostas a realizar os investimentos necessários.
Na ocasião dos testes finais do satélite, o comandante do Núcleo do Centro de Operações Espaciais, coronel Hélcio Vieira Junior, declarou:
Ele não vai melhorar a internet para todo mundo. O objetivo dele é que a gente consiga levar internet aonde a fibra ótica não chega. Poruqe ele não precisa passar três mil quilômetros de fibra ótica. Vai lá, coloca uma antena de um metro lá no meio do Amazonas, numa tribo de índios, e a gente vai poder fazer tele-educação e telemedicina"
Enquanto o governo sofre duras críticas pela forma como implementa o Internet Para Todos, mais um satélite estrangeiro é autorizado a explorar serviços de telecomunicações no país.
Se trata do Hispasat 30W-6, lançado no começo do mês passado. A permissão da Anatel visa apenas substituir a licença do 30W-4 também da empresa, cuja expiração acontece em junho. Assim, ela terá aval para oferecer seus serviços à empresas privadas e a órgãos governamentais até julho de 2022.
E você, o que acha do Internet Para Todos? O governo faz certo ou errado com o programa? Deixe sua opinião nos comentários!
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