No começo de agosto deste ano, a Samsung apresentou o seu novo monitor gamer Odyssey G32 no Brasil, com uma série de recursos avançados para jogos e até mesmo em seu design.

Mas como é a experiência prática de usar este equipamento na sua jogatina e em demais utilizações? O TudoCelular experimentou o produto nas últimas semanas e detalha a você nesta análise completa.

O design segue o padrão de outros modelos recentes da Samsung. A tela possui bordas ultrafinas em três lados – superior, esquerda e direita –, com uma maior apenas embaixo. Existe somente um botão, localizado na parte inferior, no estilo joystick, para entrar no menu e configurar os recursos do monitor.

O Odyssey G32 tem uma montagem similar ao encontrado no Smart Monitor M8. A base é encaixada no suporte por meio de um pino com chave embutida – ambos são feitos de metal –, e a tela, por meio de um encaixe por travas, as quais fornecem bastante praticidade e firmeza, além de não demandar qualquer ferramenta adicional.

Por meio dessa estrutura, é possível ter ajuste de altura e de inclinação, para deixar na direção perfeita para o seu gosto. Ele também tem a capacidade de girar 90 graus, para mudar a orientação de paisagem para retrato, caso você prefira usá-lo na vertical. Contudo, a mudança na visualização não é automática. Você precisará alterar também na configuração de exibição do Windows.

Na parte de conectividade, além da porta de energia, podemos achar conectores HDMI e DisplayPort, para entrada de imagem, e auxiliar, para saída de som. É importante ressaltar que o G32 não possui alto-falantes embutidos – um ponto negativo, pois demandará dispositivo externo de maneira obrigatória para ouvir qualquer som.

Testamos a variante do monitor com tamanho de 24 polegadas, mas há também uma opção de 27 polegadas no mercado. De qualquer forma, temos aqui uma resolução Full HD, que atende bem a vários tipos de jogos, porém fica limitada quando pensamos que vários games atuais foram feitos com suporte nativo a 4K.

Este se trata de um painel do tipo VA. Ele não decepciona nas cores e no contraste, apesar de que a calibração padrão – “Pessoal” – não entrega a modalidade mais vibrante das tonalidades. Recomendamos a opção “FPS”, que torna a imagem mais equilibrada, sem grande saturação.

Apesar da tecnologia usada, o ângulo de visão é agradável. Há pouca distorção na visualização mais de lado, mesmo que não chegue na qualidade de um IPS, por exemplo. O brilho também fica abaixo do desejado mesmo no nível máximo. Jogadores pouco exigentes não deverão se incomodar, mas aqueles que não abrem mão de uma boa visibilidade certamente vão sentir a falta.

O VA ajuda a chegar no tempo de resposta de 1 ms, o que faz a diferença durante a jogatina. Outro recurso presente aqui que agrada os gamers é a taxa de atualização de 165 Hz. Esta consiste em uma evolução da geração passada, a qual chegava a 144 Hz. O ganho de fluidez e a baixa latência fazem muito a diferença em jogos como CS:GO, por exemplo.

Percebemos uma facilidade maior em conseguir atingir mais rápido os alvos por meio dessa capacidade. Até mesmo na experiência frenética de DOOM Eternal, o baixo atraso permite sobreviver por mais tempo ao tornar mais ágil os desvios dos ataques dos monstros.

O Odyssey G32 traz alguns recursos adicionais ao usuário. Um deles consiste no AMD FreeSync Premium, que ajuda com a baixa compensação da taxa de quadros obrigatória, além das demais tecnologias para fazer o jogo rodar liso e sem tremulação. Contudo, ficou de fora o G-SYNC, para máquinas equipadas com hardware da NVIDIA

Vimos essa tecnologia fazer a diferença nele até em títulos sem grande fama por ser pesado, como na nova versão de PC do Sackboy: Uma Grande Aventura. Algumas instabilidades em cutscenes de começo de fase são mitigadas com a ferramenta.

Outra funcionalidade existente aqui é o Eye Saver Mode, que diminui a luz azul para dar um maior conforto aos olhos. Para completar, está o Flicker FreePlay, que ajuda você a se concentrar mais no game ao tirar qualquer oscilação que possa distraí-lo. Ele é bom para jogos que demandam maior atenção nos movimentos.

O Odyssey G32 oferece um conjunto bem encorpado de tecnologias em um tamanho bastante acessível a qualquer ambiente. O design agrada pela construção robusta e pela montagem bastante prática, sem a necessidade de parafusos e outras ferramentas.

A possibilidade de girar, inclinar e ajustar a altura permite que você encontre a posição ideal para o seu uso. Além disso, as entradas são suficientes para você conectar em diferentes PCs. Falta a presença de alto-falantes embutidos, para dispensar a obrigatoriedade de conectar um dispositivo externo para saída de som.

Na parte de imagem, o saldo é satisfatório. Apesar do tipo de painel e do brilho abaixo do agradável, as cores não decepcionam e as funcionalidades pensadas em jogos – como a alta taxa de atualização e a baixa latência – garantem uma jogatina fluida e com rápido tempo de resposta.

Nos extras, destacamos a presença do FreeSync Premium, um recurso da AMD cada vez mais presente e necessário em equipamentos gamer para melhorar a suavidade das imagens.

Vale a pena?

A Samsung lançou o monitor Odyssey G32 no Brasil pelo preço sugerido de R$ 1.959, para esta variante de 24 polegadas, e R$ 2.359, para a de 27 polegadas. Atualmente, ele pode ser achado a partir de R$ 1.500 no mercado nacional.

Recomendamos ele para quem possui hardware da AMD e deseja uma elevada frequência de atualização. Já se você possui um conjunto da NVIDIA, uma opção similar é o ASUS VG248QG. Ele está disponível por praticamente o mesmo valor, só que suporta G-SYNC. Aqui também há tela de 24 polegadas e taxa de 165 Hz, porém o painel é TN.

Já se você deseja um com FreeSync que traga maior custo-benefício, uma alternativa pode ser o AOC G2 Hero. Além da tecnologia da AMD e das 24 polegadas, está presente neste a latência de 1 ms. Porém, a baixa fica para a taxa de atualização, que chega a 144 Hz.

E aí, você curtiu o monitor gamer da Samsung? Quais foram as suas impressões sobre ele? Diga para a gente!