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Xiaomi MI 9

Review
Custo - benefício
Embalagem e características
Comodidade
Facilidade de uso
Multimídia
Votação Geral

O Xiaomi Mi 9 teve sua versão global oficializada em plena MWC19, marcando a estreia da companhia chinesa na frente ao lado de uma versão 5G do flagship Mi Mix 3.

Após realizarmos um unboxing diferenciado direto de Barcelona, chegou a hora de conferir tudo sobre o aparelho que promete ser o mais novo queridinho dos importadores, oferecendo até então o melhor custo-benefício do mercado de smartphones topo de linha.

Lançado por 449 euros em sua versão mais simples (exatamente metade do valor cobrado pela Samsung pelo Galaxy S10 Plus em solo europeu), o Mi 9 se mostrou muito mais do que um aparelho rápido, reforçando que a Xiaomi realmente tem uma política focada em entregar a melhor experiência pelo menor preço possível.

Acessórios

A embalagem do Mi 9 é uma caixa na cor prateada com o número do modelo em tamanho grande na frente, mudando de cor de acordo com a incidência de luz. Os acessórios dentro dela são bem guardados, com espaços individuais para cada um. São eles:

  • Adaptador de tomada
  • Cabo de dados e energia
  • Extrator da gaveta de chips
  • Adaptador P2/USB-C
  • Capinha protetora
  • Manuais

Infelizmente, mais uma vez nada de fones de ouvido por aqui, mas ao menos temos uma capinha protetora para evitar danos ao corpo quase que inteiramente acabado em vidro.

Design e construção

Um pouco diferente do Mi 8, o novo notch em formato de gota permite que sobre mais espaço para a tela, não chamaria de solução perfeita dentre as alternativas possíveis atualmente, mas não deixa de ser um avanço, principalmente porque as bordas também estão menores.

Mas na redução do entalhe na tela temos o primeiro preço pago, a ausência de um sensor dedicado (ToF) para desbloqueio facial que está presente no modelo anterior.

Calma que não houve apenas remoção de recurso, tem uma novidade na lateral direita, o botão dedicado a ativar o assistente do Google, aqui ele serviu para nos fazer passar alguma raiva, semelhante ao que o botão para Bixby faz com usuários de uma certa marca coreana. Mas pode lhe ser útil, quem sou eu para julgar, é melhor sobrar do que faltar.

O primeiro grande destaque apontado pela marca chinesa é o leitor biométrico da tela. Na busca por um preço agressivo se utilizou um já meio defasado sensor óptico, que em teoria funcionaria mais lentamente que o ultrassônico presente em rivais como o Galaxy S10, mas na prática não vimos problemas.

Em nossos testes observamos poucas falhas no reconhecimento e um certo atraso apenas no primeiro uso ao ligar o aparelho. Para ajudar a mente a gravar o ponto certo, sempre que o aparelho tem a tela virada para cima a área do sensor se ilumina, uma ajuda bem-vinda, já que na tela você não terá as saliências dos leitores antigos.

As laterais do aparelho são de metal com o restante do corpo em vidro. A Xiaomi apostou no Gorilla Glass 6 para a traseira, com uma versão inferior na tela. Quem precisa de lógica, não é mesmo? Sem falar que ainda tem a capinha de silicone.

Fechamos a parte do design observando algo incômodo, que é a câmera tripla saltada. Ao colocar o smartphone em alguma superfície lisa e rígida você sempre terá a impressão de que pode estar arranhando o vidro que protege as lentes. Aqui você vê o Mi 9 ao lado do iPhone XS. Pelo menos temos um também resistente vidro safira, mas até quando ele vai garantir fotos e vídeos sem aberrações causadas por riscos, só o tempo dirá.

Desempenho e jogos

Hora de falar do segundo ponto destacado pela Xiaomi, e aqui tivemos boas surpresas.

O Mi 9 consegue números brutos de desempenho em benchmark muito superiores aos rivais com Exynos 9820 e Kirin 980, graças ao poderoso Snapdragon 855 projetado pela Qualcomm. No AnTuTu conseguimos uma pontuação maior inclusive que o anterior líder iPhone XS.

E em nosso teste padrão de velocidade o Mi 9 subiu ao topo do ranking de smartphones Android, e isso mesmo com “apenas” 6 GB. Como exibido na captura de tela acima, foram necessários apenas 48 segundos para concluir todo o teste, tempo que corresponde apenas à primeira volta do Galaxy S10e, superando com alguma folga o Galaxy S10 Plus.

Observe que ele segurou todos os aplicativos em segundo plano, ficando bem à frente do agora terceiro colocado Mate 20 Pro. Um mérito também do gerenciamento da MIUI, que voltaremos a falar melhor um pouco mais adiante.

Em jogos, como não se poderia esperar outro resultado, tivemos fluidez com gráficos no máximo nos principais títulos do mercado. Testamos títulos como PUBG Mobile, Fortnite, Asphalt 9, Vainglory e Street Fighter IV, além de jogos mais simples como Subway Surfers e Clash Royale.

Em qualquer caso, você terá desempenho de sobra por alguns bons anos.

Bateria

E se houve investimento em potência, não se pode dizer o mesmo da bateria, ao invés de aumentar capacidade a Xiaomi reduziu. O resultado não poderia ser diferente, menos autonomia que o Mi 8 em nosso teste padrão, com menos tempo de uso direto com tela ligada, reduzindo em mais de uma hora o momento em que você precisará voltar até a tomada mais próxima.

Ele superou por pouco o iPhone XS, mas ficou bem abaixo do que oferece o S10+ em autonomia, ainda assim garantindo um dia inteiro de uso moderado.

Por outro lado, a recarga está bem mais rápida, caindo de quase 2 horas para 1 hora e 14 minutos. E esse tempo pode ser reduzido, já que o Mi 9 suporta carregadores de 27W, bem mais potentes que a versão de 18W que acompanha o pacote.

Valendo lembrar que também tem o suporte para recarga rápida sem fio de melhor desempenho até agora no mercado.

Câmeras

Fizemos capturas com a câmera no modo 48 megapixels para avaliar se o ganho de qualidade compensa o dobro no tamanho do arquivo. As fotos com 48 MP apresentam um pouco mais de saturação e contraste, o que pode incomodar um pouco quem busca imagens mais realistas, mas certamente deve agradar aos adeptos de filtros e edições no Snapseed.

A nitidez também se mostra melhor, então se você não tiver problemas com espaço na memória interna é bem válido capturar na resolução máxima. Mas nem tudo são flores para o Mi 9, já que ao buscar exibir mais detalhes, acaba com uma imagem menos suave também.

Sobre a câmera ultra-wide, o Mi 9 vai bem, mas se você quer capturar quase o que a visão humana consegue alcançar, o Galaxy S10 Plus faz melhor.

Mi 9 (à esquerda) e Galaxy S10 Plus (à direita)

Partindo para o modo retrato o Samsung também leva vantagem, tanto por um recorte melhor para o desfoque, como por garantir também mais nitidez e ângulo maior. Já na sefie a nitidez é do Mi 9, mas o recorte é do S10 Plus.

Mi 9 (à esquerda) e Galaxy S10 Plus (à direita)

Em cenas noturnas o Mi 9 consegue trabalhar melhor com os diferentes pontos de iluminação, sem as aberrações do S10 Plus, que apesar da abertura em vantagem teórica não exibe os detalhes ao longe. Isso para não falar que o smartphone chinês ainda conta com um útil modo noturno, visto em aparelhos como Pixel do Google ou Mate da Huawei, e que a coreana infelizmente deixou de lado.

Mi 9 (à esquerda) e Galaxy S10 Plus (à direita)

Em selfies noturnas ambos têm suas qualidades e defeitos. Enquanto o Mi 9 oferece nitidez e melhores cores e contraste no primeiro plano, o S10 Plus fez uso de abertura de lente menor para exibir mais detalhes ao longe.

Mi 9 (à esquerda) e Galaxy S10 Plus (à direita)

E para fechar a parte de câmera temos os testes de filmagem, que a Xiaomi fez questão de enaltecer como líder no ranking DxOMark nesse quesito.

A gravação se mostrou de boa qualidade, tanto no modo normal quanto em wide, com estabilização funcionando muito bem. Mas atenção, se resolver ativar o modo 4K@60 é melhor apoiar muito bem o smartphone ou as tremidas serão bem presentes.

Na frontal também temos uma boa qualidade em vídeo, mas com o branco estourando um pouco em fundos iluminados. E outro detalhe importante é que o áudio gravado fica bom, mas a reprodução no próprio aparelho é bem fraca por conta da ausência de alto falantes estéreos.

Partindo para vídeos noturnos, é preciso contar com uma boa iluminação artificial ou os registros serão bem decepcionantes, com um nível de ruído bastante alto.

Os que gostam de gravação em super câmera lenta terão facilidade na gravação do efeito, mas tendo que se contentar com resolução apenas em HD.

Software

A MIUI 10 roda sobre o atual Android 9 Pie e como primeiro destaque podemos citar o popular e desejado modo escuro, que ajuda a economizar carga na bateria.

Se você preferir deixar os tradicionais botões de navegação de lado os gestos estão presentes. E funcionam até mesmo no sensor de digitais, com comandos ao arrastar para cima ou para os lados.

Com a “Exibição de ambiente” ativada você verá notificações mesmo quando a tela estiver desligada, com direito até a opções coloridas. Mas se você preza por autonomia, recomendamos deixar esse extra desativado. Até porque a Mi 9 conta com um LED exclusivo para notificações, um extra cada vez mais raro, à semelhança da porta P2 para fones de ouvido.

Finalmente, um aplicativo que não se encontra em muitos rivais é o de controle remoto universal, que funciona em conjunto com o emissor infravermelho. Com ele você pode desligar os aparelhos de TV em lojas no Shopping, ou apenas controlar todos os eletrônicos da casa, sem depender de uma coleção de controles que insistem em se esconder quando você mais precisa.

Vale a pena?

O Android mais rápido do mercado poderia se valer apenas desse aspecto para vender bem, mas ainda traz uma tela grande com leitor biométrico integrado, bateria que recarrega rapidamente para oferecer um dia de uso e vários extras interessantes, tais como LED para notificações e sensor infravermelho com aplicativo de controle remoto universal.

A câmera tripla está inegavelmente entre as melhores do mercado, como afirmou o DxOMark, fazendo bonito em cenários noturnos e gravação de vídeo, sem esquecer da qualidade extra nas fotos de 48 megapixels que conseguem bater o rival Galaxy S10 Plus em muitos cenários.

A ausência de proteção contra água, alto-falantes estéreo ou brindes como um fones de ouvido não são suficientes para ofuscar o título que o Mi 9 merecidamente detém neste início de 2019: o de melhor top de linha em custo benefício, sendo oferecido pela metade do preço do rival Galaxy S10 Plus que, diante do Xiaomi, têm sérias dificuldades em justificar o alto valor.

Pontos positivos

  • Ótimo conjunto de câmeras;
  • Ótima tela com leitor de digitais integrado;
  • Desempenho suficiente para todo tipo de tarefa;
  • Emissor IR para controle universal;
  • Custo-benefício completamente fora de série.

Pontos negativos

  • Ausência de certificação de resistência;
  • Áudio mono;
  • Ausência da porta P2;
  • Sem fones de ouvido na caixa.
Avaliação final do Tudocelular
Custo - benefício

Melhor custo-benefício dentre os flagships de 2019. Ponto.

Embalagem e características

Temos carregador potente e capinha protetora como ótimos pontos, mas ausência de fones de ouvido incomoda.

Comodidade

Bom aproveitamento frontal e corpo ergonômico, porém escorregadio devido aos materiais utilizados.

Facilidade de uso

Interface MIUI é bastante intuitiva, mas pode confundir aqueles acostumados ao Android mais

Multimídia

Temos uma ótima tela, mas infelizmente o Mi 9 é um dos poucos flagships a ainda contar com alto-falante mono.

Votação Geral

Desconsiderando a ausência de IP68 e de fones de ouvido na caixa, e o áudio mono, o Mi 9 é praticamente um produto sem defeitos, principalmente considerando seu preço que equivale a modelos intermediários de outras marcas.

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